Porque é um tema recorrente e que muito preocupa todos quantos pensam numa presença digital, não posso deixar de aqui focar o tema das ofensas nas redes sociais.

Perguntando ao Google, encontrarão certamente milhares de páginas entre artigos, blog posts, white papers e outros mais, onde o tema das ofensas nas redes sociais é o assunto principal. Numa realidade do instante, onde tudo é tão rápido, por vezes há quem pense que as ofensas nas redes sociais podem passar impunes.

“Ninguém viu”, “Já esqueceram” ou “Não tem likes” são expressões que surgem por vezes perante uma publicação menos própria, não reflectida, ofensiva. Normalmente seguidas de “Dá para apagar?”. Não dá. E esse é efectivamente um dos pontos de valor deste meu post:

Não se apagam as ofensas nas redes sociais.

Apaga-se o tweet, apaga-se o blog post, a publicação no Facebook ou a fotografia do Instagram mas, acreditem, não se apagam as ofensas nas redes sociais. Haverá sempre quem lembre, haverá sempre quem tenha feito o print screen. Quem tenha partilhado, quem tenha feito o retweet.

O outro ponto de valor deste post é dar-vos a conhecer o fantástico Dites-le avec des fleurs. Porque ditas com flores, até as ofensas nas redes sociais se levam de forma diferente.

Não sei se a vossa mãe concordaria (caso conheça a rede social em questão) mas vejam, que quadro lindo não daria esta imagem, para colocar na sala, mesmo ao lado do Menino da Lágrima?

Ofensa nas Redes Sociais Pedro Rebelo

p.s. Eu vi a tua mãe no Tinder. Para bom entendedor, meia palavra basta.

“Abduções é palavra que raramente se ouve e que para alguns de nós, quando ouvida, de imediato nos remete ao universo de X-Files (Ficheiros Secretos em Portugal). De igual modo, carros voadores, ainda que um termo mais comum para apreciadores de ficção cientifica ou mesmo para quem leva com ela sem apreciar, remete igualmente para uma visão ficcionada de um futuro que insiste em não chegar mas que é esperado há muito.

Abduções, carros voadores e fotografia

Ontem conheci a obra do fotografo Renaud Marion, mais precisamente, a sua série de fotografias iniciada no inicio de 2013 que intitulou de Air Drive (obrigado Jorge Rosa. Cheguei lá através do link para os Flying Citroen Cars do Jacob Munkhammar).

fotografia de Renaud Marion

Esta série, com os seus carros vintage, modelos automóveis de outras épocas, com as suas cores  e tons, transporta-me (não fosse esse o sentido de um automóvel e, eventualmente, de uma fotografia) a um imaginário que poderei chamar de retro-futurista, um espaço roçando um steampunk moderno, movido a diesel e não a carvão.

fotografia de Renaud Marion

Numa referência à cultura pop nacional, Air Drive lembra-me a Grande Cidade de Claxon, a série portuguesa da década de 90, e a cada nova fotografia espero ver António Cordeiro a aparecer num qualquer canto, taciturno, encolhido na sua gabardine.

fotografia de Renaud Marion

Da França para Portugal

Mas Air Drive lembrou-me ainda outra coisa. A magnifica série fotográfica que o meu amigo Pedro Moura Pinheiro, fotógrafo exquisite e extraordinaire, tem realizado desde 2008 e que chamou de Pixel Abductions (já aqui referida em tempos).

leisure hover on the promenade

Numa técnica semelhante, Pedro Moura Pinheiro leva-me também a um outro tempo, talvez a um outro espaço, que pela diferença no sujeito da fotografia, no enquadramento e na cor, me lembra narrativas distópicas (e note-se, eu gosto de distopias), futuros tecnológicamente avançados e dispositivos de controlo.

Looking for a new place to stay.

O candeeiro, em si objecto estranho na noite, não natural, está lá para dar luz mas não para iluminar caminhos, iluminar vidas. O candeeiro, objecto não identificado, dará visibilidade ao corpo (quase inexistente na série) mas só em caso de necessidade e não do corpo em si mas da máquina que está por trás, por cima, que regula e observa o cumprimento.

three scouts

Mas enfim, isto seria entrar na percepção e entendimento da estética (enquanto experiência sensível) de quem vê. Prefiro que vejam, olvidando os meus pre-conceitos. Depois, voltem cá e digam o que acham.

Dizem para ai que é o fim do mundo… 2012 e os Maias e mais não sei o quê. O fim do mundo não tem nada que ver com isso. Star Trek meets Dr. Who. Isso sim é o fim do mundo.

Star Trek meets Dr. Who comics

Já que falei em Borgs no post anterior, fica a referência ao que entendo como Ultimate Geekery: a equipa de Star Trek TNG (The Next Generation) junta-se ao Dr. Who para combater a ameaça dos Borg e dos Cybermen.

Ora digam lá que não é algo de outro mundo?

Já vai no segundo numero (eu aguardo ansiosamente pela edição de compilação capa rija que deve sair um dia – deve não deve) deste comic da IDW o que prova que a loucura é efectivamente uma condição partilhada.

Capa do 2 numero da aventura Star Trek TNG meets Dr. Who

Há mais imagens e outros detalhes do crossover Star Trek Dr. Who no site Star Trek. com

Nota para um futuro próximo: Patrícia, um destes dias atacamos o Dr. Who parece-te bem?

Por mais que as Artes e Culturas me fascinem, por mais que a atitude outsider me cative, certas manifestações artisticas continuam a deixar-me perplexo quanto às suas verdadeiras intenções… Eventualmente os artistas dirão que isso não interessa para nada mas pronto, não deixo de pensar no assunto…

Neste caso a arte anda em torno de bonecas insufláveis e o conceito de  sexo self service… Tudo isto, à beira da estrada…

Self Service Sex

Self Service Sex

Self Service Sex

Uma intervenção do grupo PMS Collective nas estradas da Polónia.