Fomos ontem assistir à ante-estreia da nova co-produção SIC / UTOPIA Filmes. Sabem como distinguir uma ante-estreia de uma estreia? Numa ante-estreia há muitas jovens promotoras a distribuir trufas de chocolate da Olá. Grande coisa – dizem alguns – No Jumbo também há promotoras da Olá. É verdade. Mas nesta ante-estreia elas tinham todas mais de 1,75m…
O Grande Auditório do Centro Cultural de Belem estava quase quase cheio para assistir a esta adaptação livre do romance de Eça de Queiroz passada nos nossos dias. Sabiam que o Rui Unas está de barba??? Como disse o Francisco Penim antes do inicio da projecção (que estava marcada para as 21h30 mas só começou perto das 10h20), é um filme comercial mas Portugal necessita de mais filmes comerciais e não sómente de filmes que ganhem prémios em festivais de cinema no estrangeiro.
A acção está em Lisboa e até aqui tudo bem mas cai num bairro social, cheio de hip-hop e gangs que roubam e quase matam e coisas dessas… E isso já está visto. Para mim, é o ponto negativo do filme. Há certamente mais realidades sociais na cidade de Lisboa que possam ser cenário mas também não quero ir por ai. Este foi o cenário escolhido. Espero que no proximo filme, comercial, o cenário possa mudar.
O argumento e conhecido de quem leu o livro mas facilmente é “apanhado” por quem não conhece a obra de Eça. A tentação é grande para um jovem padre e, apesar de se chamar principalmente Amélia, assume muitos outros nomes. Quase todos quantos se ouvem. O crime porém não é esse apesar de igualmente julgável no tribunal da moralidade. O crime está na forma como Amaro quer tratar daquilo a que chama “um problema” e na visão egoista que dá de si mesmo.
Depois os actores… Nuno Mello igual a si mesmo. E uma supresa também para quem a entender. Rui Unas e Diogo Morgado candidatam-se ao casal amoroso do ano como o par Gay do bairro. Esteriotipado q.b.. Nicolau é o verdadeiro mau da fita. Jorge Corrula é um padre modernaço que vê a imagem da Santa despida de preconceitos. Amaaaroooooo… Soraia Chaves tem estilo para a coisa. Como Amélia é talvez um pouco radical mas enfim… Já vimos certamente outras modelos a fazerem piores figuras no ecran.
Pois que mais não digo (não que tenha dito grande coisa mas o filme só estreia para a semana) a não ser que vale a pena ir às salas de cinema para ver este filme português. E não é só por ser português.
p.s. Depois da exibição houve uma festa no bar MAO na 24 mas pela quantidade de equipas de reportagem que estavam à porta, imagino que o espaço estaria cheio. Fomos para casa.
um filme espetacular
gostari de ver esti film porque nao vi…