Já mais do que uma vez “ameaçei” escrever sobre a minha vida profissional. Ainda não o fiz. Tenho-me contido. Parece-me ser uma opção de senso. Em principio, bom-senso. Hoje porém, vou abrir uma exepção para relatar uma conversa que se revelou uma verdadeira lição de vida resumida num pequeno conto. Entre um copo de agua e um café (e algumas angustias que não o sendo sempre me vão chateando), sai-se o Paulo com esta:

Numa manhã de Inverno, daquelas campestres, em que até o vento parece feito de pedras de gelo, está um passarinho, muito muito pequenino, na ponta de um ramo ao cimo de uma arvore. Tal era o frio e o gelo que o passarinho cai ao chão e com uns pius-pius quase inaudiveis vê já a vida a fugir… Um camponês que passa, levando a sua vaca de volta ao curral, ouve o lamento do pequeno passaro e tem pena da pobre criatura que na intempérie está quase morta de frio. Vendo que a sua vaca tinha poucos metros atrás deixado uma grande bosta tem uma daquelas ideias que só uma pessoa do campo teria. Pega no passarinho e espeta com ele mesmo no meio da bosta da vaca deixando só a cabeça de fora. Sentido que fez uma boa acção segue então à sua vida… Não demorou para que o passaro, no quente, se sentisse melhor, tanto que já chilreava de contente. Eis senão quando, um gato matreiro que por ali perto passava o ouvio a cantar e vendo-o ali, bem quietinho no meio da bosta, sem pensar duas vezes dá um pulo e pimba, lá comeu o passarinho.

A moral desta estória é simples de entender: Nem sempre quem te põe na merda te quer mal e nem sempre quem de lá te tira te quer bem. Por via das dúvidas, se estiveres na merda mas quentinho, não faças piu-piu.

p.s. Não é meu habito escrever utilizando os chamados “palavrões” mas como facilmente entenderão pelo conteúdo, não haveria outra forma de expressar tão bela ideia.