Não que o que escrevo abaixo se aplique única e exclusivamente à escrita manual, de papel e caneta. Mas é particularmente sobre essa que quero escrever e por isso o titulo.
Acabei à pouco de ler o artigo “Who’s Reading Your Moleskine?” no site inkmuse. Lembrou-me todas as interrogações que fui tendo sobre a privacidade das minhas notas pelas largas dezenas de pequenos cadernos e blocos que tenho espalhado ao longo da vida. A grande questão é mesmo se somos sinceros quando escrevemos. Não me refiro aquela carta em que reclamamos a valer por termos 60 contos de gás para pagar (fica para mais tarde) e em que escrevemos com todas as letras e ainda soletramos (para melhor nos entenderem) os nomes feios que lhes queremos chamar. Refiro-me aos cadernos, aos diários, aos guardanapos de café… A todos aqueles pedacitos de papel onde despejamos vivas, ódios e desgostos de amor… E depois? Será que algum dia alguem vai ler isto? Que irão pensar de mim? Terei eu (des)escrito, palavra por palavra, tudo o que me ia no coração quando esperava por uma prenda e recebia outra? Terei aplicado bem a métrica quando despejei a tinta em forma de todas as palavras que queria ter gritado quando não recebi o aumento que esperava? Talvez não não é? Nunca se sabe quando alguem (tipo, quem paga o ordenado) lê por acaso os desabafos de quem cá anda… Tudo isto para dizer que gostei do artigo.
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Num registo diferente, ontem estive todo o dia em formação de uma aplicação que me pareceu bastante agradável: Test Director da Mercury. Trata-se de uma ferramenta para gestão de testes (não de erros como alguns pensam). Com a correcta implementação pode ser bastante útil. Gostei particularmente da forma como está acessivel ao user. Eu que nunca a tinha visto, facilmente me encontrei de imediato a realizar quase todas as operações que poderiam eventualmente interessar quer a um tester quer a um developer… Muito bom. A quem possa interessar a minha opinião: Gostei.