Pois que não tem nada a ver uma coisa com a outra exeptuando o facto de termos visto a todos no mesmo dia. Vamos por partes. No passado Domingo, logo depois do almoço fomos até à nova FIL para visitar a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Ao fim e ao cabo nós gostamos de viajar e até esperávamos ver algo de interessante (ainda que soubessemos de antemão que não é assim que escolhemos os nossos destinos ou marcamos as nossas estadias). E não é que nos enganámos? Quatro pavilhões inteirinhos (sendo que um deles era dedicado à Gastronomia e não o visitámos) e aquilo que mais se ouvia era “…dão canetas e autocolantes…”. A publicidade dizia-nos que tinha uma area internacional que ocupava 1/4 da feira… Pois… Como gosta o português do Brasil… Da Europa tinhamos um stand por cada provincia espanhola e depois… Stands onde se viam alguns folhetos em folhas A4 coloridas apresentando excursões de autocarro à Bulgária ou à Croácia (gente, nem fora nem dentro) e pouco mais. Valeu pelo stand da Irlanda com bastante informação take-away… Pergunto-me onde teriam ficado os expositores da Austria, Suiça, Holanda, Noruega… Saimos depressa…

O facto da Patricia estar em casa com a avó Vicência (que mais uma vez deu uma ajudinha indo acampar lá em casa) deixou-nos algum tempo livre antes do espectaculo da noite e assim aproveitámos ainda para ir ver Déjá Vu. É um techno-thriller. Apesar do fim ser já esperado, a forma como o realizador lá chegou foi inteligente deixando-nos um pouco no ar até à viagem final. Sim, o big brother está por lá mas desta vez não é mau de todo. Passivo, mas não é mau. E isso é já uma diferença e um toque de originalidade. Àqueles que possam pensar no filme como mais uma charopada comercial de Hollywood aconselha-se uma visualização atenta. Fugindo à tipica necessidade de velocidade furiosa de Tony Scott, este filme dá-nos muita conversa e por vezes algumas dissertações interessantes sobre o destino e as implicações daquela vontade tão humana de mexer com ele. O Denzel Washington faz de policia (Não? A sério? É a primeira vez.) e está muito bem. O Val Kilmer… Bem… Está quase tão gordo como o Travolta no Swordfish. Pensando bem, está mais.

Os STOMP… Bem, aquilo ali é barulho de qualidade. Deveria ter sido a ultima apresentação no Casino de Lisboa (aconselha-se um cafézinho no Arena Lounge) mas fomos informados logo ao inicio do espectaculo de que devido ao sucesso do mesmo, as exibições irão continuar até 25 de Fevereiro. Assim sendo, aproveitem porque vale bem a pena. Ali a orquestra é composta por baldes, isqueiros, tampas de caixotes do lixo e vassouras, garrafões e lava-loiças (sim, lava-loiças), botas e mais botas. Muitas botas. Eles saltam e voltam a saltar e num passe de magia, que é como quem diz, num estalar de dedos (ou mil), faz-se música. Duas horas. Sem parar. E tendo em conta que não se ouve palavra (o Oi com que se cumprimentam não consta do dicionário) é incrivel como nos fazem rir também sem parar. O espectaculo de rua em que se baseiam tornou-se grande e é estrela tal qual o cinema mudo. Os STOMP surgiram já Chaplin tinha morrido há 15 anos mas estou quase certo de que, se ele os pode ver e ouvir, gosta com certeza.

12 thoughts on “Os STOMP e a BTL… Déjá Vu.

  1. Os STOMP são os maiores :-)
    Também como pessoas, claro está jogam na liga de “gandas malucos”, mas são do melhor. Sim, estou a gabar-me porque conheci alguns deles…
    E nunca mais vou olhar para o lixo de mesma maneira.

  2. Digo-te mais… Na copa do andar onde trabalho acumulam-se garrafões de agua daqueles grandes para as maquinetas… Já os tentaram levar mas eu não deixo. Quero formar uma orquestra…

  3. Quando sai de casa ainda era cedo para fazer tanto barulho mas por aqui (no deserto entenda-se) já não há quem me possa ouvir com tanto bater de canetas (a Sakura Micron 0.5 preta já foi…).

  4. Bem, eu fisicamente não bato em nada. Tenho noção da minha total e nórdica falta de ritmo, tanto mais invejo os tipos que conseguem fazer música do nada. Hoje espero ficar a saber como fica mistura de Stomp com gospel :-) depois conto-te…

  5. OK, fiquei oficialmente impressionada, aqueles tipos além de conseguirem fazer música do nada também sabem fazer música no sentido mais clássico, ou seja, cantar. A Melanie (rapariga preta) já foi cantora e pensa regressar brevemente àquelas lides – tem uma voz fantástica e poderosa, Warren e Jabal também safam-se muito bem cada um a sua maneira. Alguns dos que estão em Lisboa agora (e depois no Porto 27 Fev – 4 Mar no Coliseu) podem ser vistos aqui http://www.stomp.co.uk/03_performers.htm
    Todos têm vida e alegria contagiantes e até às altas horas de manhã, o que é pouco compatível com a minha vidinha 9 to 5… OOoooo…
    Mas raios, fazer música de improviso batendo com anéis num radiador é obra.

  6. E o que achaste do Paul Bend??? Eu pura e simplesmente já me partia todo a rir só de o ver chegar ao palco… Sim, são realmente um espectaculo… Vidinha 9 to 5 hein??? Sortuda… Queres trabalhar no Deserto?

  7. Não obrigada, prefiro o sítio a 20 mins a pé da casa :PPPPPP
    Paul Bend tem a mesma figurinha e gestos fora do palco… Mas sabias que eles rodam nos papeis? Um dia fazem uma coisa, outro dia outra mas cada vez que vemos um cast – parece que foram feitos mesmo para este papel. Ex. a Melanie faz o papel do Troy (breakdancer loiro), John (o tipo com mohawk) faz de “mestre de cerimónias”, etc. – aliás eu vi um especáculo e tu provavelente viste o mesmo mas não igual, porque nunca são iguais. O grupo que está cá são 12 peerformers, destes em cada espectáculo entram 8 e rodam papeis.

    Aha, no Arena Lounge, até 15 de Fevereiro, aconselha-se espectacúlo duma dama francesa ex-Cirque Soleil e ex-Miss França de nome Laurence Jardin, nefastamente obrigada a dar 5 espectáculos por noite todas as noites (é uma violência, mas faz com que seja fácil de “apanhar”). http://www.uau.pt/descricao.php?cat=noticias&id=47

  8. Huuummm… Por muito que gostasse não sei se volto ao Arena Lounge tão cedo. A proxima visita a casas de jogo será à do Estoril para ver o FOUR – Espirito dos Elementos… Tendo em consideração que a Patricia ainda não vai a casinos (nota no “ainda”), as saidas estão sempre limitadas… De qualquer forma anotei a sugestão… Nunca se sabe.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*