Fomos ver “Jogos de Poder” que foi o nome dado em Portugal a “Charlie Wilson’s War“. antes de mais a questão: Mas porque fazem eles isto? Porque mudam de forma tão radical o titulo dos filmes? Bem fazem os tipos como o George Lucas quando proibem os seus filmes de terem outros nomes que não aqueles que ele lhe dá… Ponto. Adiante.


Jogos de Poder. Grande filme. Soft Hollywood meets soft Oliver Stone. Contado daquela forma custa a acreditar que a coisa se tenha mesmo passado assim. “Jogos de Poder” conta a história de como um congressista norte-americano (representado por Tom Hanks) sem grande desempenho politico para além do desenrasca, uma sulista milionária (a fantástica Julia Roberts a envelhecer com a graça de um vinho requintado) com queda para o radicalismo de direita e um agente da CIA na prateleira (um fenomenal Philip Seymour Hoffman, alma de todo o filme), conseguem mudar a história do mundo. dizer que um Homem faz a diferença já é um lugar comum mas por vezes, faz. E talvez na história da invasão soviética ao Afeganistão tenha feito.

Charlie Wilson era congressista norte-americano a 25 de Dezembro de 1979 quando a União Soviética invadiu o Afeganistão. O problema poderia ter-lhe passado quase ao lado não fosse um pedido de uma das suas muitas paixões (o homem era um bon-vivant) para que visitasse o Paquistão e desta forma tivesse um conhecimento mais próximo da tragédia humana que a invasão estava a causar… Assim fez. E a história mudou.

Charlie Wilson’s WarOs diálogos entre a mui loira Julia e o meio grogue Tom são dignos de um episódio de “Os Homens do Presidente” tal como as saidas estarordinárias de Hoffman. Não será alheio o facto de terem argumentistas em comum certamente mas não estamos muito habituados a tal qualidade de escrita em filmes politicos no cinema que se faz ultimamente. Num concentrado de menos de 100 minutos o realizador Mike Nichols consegue de brilhantemente apresentar de forma bastante acessivel alguns problemas politicos da altura, cuja complexidade deu e dará ainda muito que falar…

Como quase sempre, as minhas “reviews” não são para vos mostrar o mundo mas sómente para desbravar terreno aos nobres exploradores mas fica ainda uma nota final sobre este filme que infelizmente me parece irá passar um pouco desprecebido: Quando Charlie e Gus conversam com vista sobre DC sobre um tal rapazinho e um certo mestre zen, parece que passa ao longe um avião sobre eles… Vão ver o filme e entendam como quiserem…

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