Certo. Gostamos de concertos mas nas bancadas. Sim, nas bancadas pode-se curtir um concerto. Ainda que haja quem pense que não. Quando não há bancadas, bem, normalmente não há concerto. Para nós bem entendido.

Mas ontem foi Madonna e então lá fomos direitinhos à Bela Vista (ainda me custa a acreditar mas enfim) ao final da tarde. E antes que alguém pergunte, não, não ficamos junto ao palco. Claro que não. Para isso teríamos que ter chegado pelo menos 6 horas antes. Não chegámos mas conscientemente.

Estranhamente não encontro comentários à actuação de Robyn que esteve bem à altura do concerto que veio abrir provando que a pop Sueca, pelo menos a que ela faz, é pop a sério.


Apesar de por cá ser mais conhecida pelo seu trabalho mais recente, Robyn já cá anda há uns anos e se calhar, só não é mais conhecida porque à altura estava em concorrência directa com a então chamada princesa da pop, Britney Spears.

Voltando à Madonna, gostei do espectáculo. Bastante. A senhora é, indiscutivelmente, a Rainha da Pop. Mas, e quando há um mas nem sempre é por boa razão, o concerto de Madonna em Lisboa soube a pouco. E soube a pouco por várias razões.

Cénico ao rubro como se espera de qualquer digressão de Madonna, achei que foi por vezes pouco cantado. Os playbacks, ainda que parte assumida do show, levam grande parte das musicas, muitas vezes, aquelas partes em que esperávamos ouvir Madonna de viva voz (em Die Another Day Madonna foi mudar de roupa…).

Coisas como a versão hard rock de Bordeline também soaram a estranhas mas, sendo reconhecidas as notas, a legião de fãs logo apanha o novo ritmo e canta e dança. Bom gosto (ou bom senso) ter mantido Vogue tal como ela sempre foi.

Madonna saiu de palco numa atitude de deusa. Não esperava que Madonna chegasse junto ao microfone de lágrima ao canto do olho dizendo aos portugueses o quão triste estava por o concerto ter acabado mas, para um concerto com 75.000 pessoas, pelo menos um encore não lhe ficava nada mal. Já às portas da Quinta da Bela Vista ainda quase se podiam ouvir os choros quase histéricos de quem junto ao palco esperava pela diva que já tinha saído, com direito a escolta policial, em alta velocidade.

Foi precisamente à nossa saída que se fez sentir a parte quente da noite, o verdadeiro calor humano que, quisesse qualquer pessoa de não pesado porte sentir-se verdadeiramente no ar, bastava ir com a multidão que lentamente se arrastava e levantar os pés do chão.

E sim, nitidamente havia por lá gays aos milhares (mais eles de mão dada do que elas aos beijos mas sobre isso falaremos mais tarde) mas também havia muita gente straight. Que mania esta de estarem sempre com a pôrra dos rótulos (e sim, vale para os dois lados).

p.s. Psssttt. Marco. Lembras-te de um tipo preto, grande e cheio de correntes de ouro que dizia “He’s on the jazz, man!“? Pois, pensa no espectáculo e não na música. Just by the jazz, man, just by the jazz...

6 thoughts on “Sim, fomos ver o concerto da Madonna em Lisboa

  1. Eu também lá estive…gostei do concerto, gostei da madonna, detestei a organização, detestei a fila para entrar…Mas como li no publico de domingo um concerto da Madonna é um concerto da Madonna. Ponto.
    As férias foram boas ??

  2. Tb fui! Gostei, mas confesso que no Atlântico foi muito melhor!
    Não sou grande fã dela como “cantora” (ela nem canta grande espingarda!) mas gosto muito dela como mulher-espectáculo!! Nisso vale o €!! Muito boa (e em vários sentidos!!!)

    E pázinho, ela NUNCA volta!! Coisas de DIVA……

    Game Over!!!!

  3. Pedro, sejamos realistas, num concerto programado ao milímetro não há espaço para improvisação e muito menos encores, nem que seja porque a “cassete” não tinha mais faixas :p.
    Achei um bom espectáculo multimédia, pobre musicalmente devido a arranjos infelizes em algumas musicas. Nota negativa para a organização (estou com vontade de fazer um post sobre a everything is new).

  4. Ana, não senti qualquer problema à entrada. Cerca das 19hoo entrámos na boa. Já a saída… Foi o que se viu. As férias ainda estão a ser boas…

    SS, sim, a gaja é boa e isso é indiscutível mas como muitas vezes acontece, acho que ela está a deixar a coisa ir contando com o quão boa é e se calhar faz com que as opiniões sobre o show sejam como a tua ou seja, yep… foi fixe… As divas tendem a ter futuros tristes… Ainda que lembrados, tristes.

    José Marques, acho que é mais pela cena da cassete. Sabes que há concertos com tanto ou maior envolvimento onde o encore, ainda que já previsto, existe. Fica bem… A multimédia, sim, está aprovada mas trocava algumas luzes por mais cantoria.

  5. tb la estive…achei fraca a prestação de Madonna, desafinou demias para a profissional que é e pelo respeito ao publico que lhe aumentou a conta bancaria…as minhas expectativas estavam altas, devorei o album meses antes, acho fabulosa a produção de timbaland e vai dai o espectaculo ficou aquem do desejado..qto a Robyn , excede em tudo , força, ritmo e pena que nada resultassea nivel visual…colocaram-na a tocar antes da hora prevista o que fez com que muito do publico nao desse por ela…enfim…

    a espera foi longa , e do meu 165 pouco vi sem ser em pontas …. muito tempo de pé …e muita poeira…apesar de tudo ja posso morrer , tb estive na MADONNA

  6. Eu tb fui ver Madonna…
    Uma semana antes alguém se quis “desfazer” de um bilhetinho e eu zás!! Comprei-o!
    Lamentavelmente, a desgraça de uns…É a sorte dos outros..O preço foi razoavel.
    Fui uma das 63.000 pessoas que viu o concerto “aos trancos & barrancos”! Porque as restantes 10.000 tiveram direito a pulseirinha para interagirem com Madonna!!
    A fila para entrar era fenomenal, ainda gastei lá um tempinho precioso, por isso a Robyn passou-me um pouco ao lado! Mas ainda deu para a ouvir dizer: “Are you ready for Madonna?”
    Sendo um concerto super programado era de esperar que o Game Over fosse isso mesmo! Mas nós estamos sempre à espera de um encore!
    Tb a achei um pouco desafinada, mas como estava embalada no ritmo não dei mta importância. E ao contrário de alguns, eu gostei dos novos “arranjos”.
    No fim, gostei do show. Se bem que já tinha estado a pouquissimos metros dela aquando da abertura dos European Music Awards em Lisboa e vibrei mais, ainda que ela só tenha cantado uma musiquinha!
    Mas pronto.. tb estive no parque da Bela Vista!
    Fiquem bem.

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