… quero as minhas chibatadas ou mais uma viagem à Suíça. Já fui e já voltei e não vos dizia nada não é? Mauzinho… Pois é. Fomos até à Suíça (ninguém acertou na pergunta do Flickr) mais propriamente até Geneve para que a Patrícia brincasse na neve. Ao fim e ao cabo a rapariga passou as férias do Verão a desenhar bonecos de neve na areia da praia…

Mais uma vez a Easyjet trabalhou bem. Na hora marcada o avião levanta do aeroporto de Lisboa e a Patrícia, nada com ela… Estávamos nós a fazer uma grande festa com o baptismo de voo da miúda e eis que ela nos deu uma daquelas respostas que só ela dá: Sim, sim. Agora estou a ver o meu livro. Isto enquanto lá fora o avião descolava com o seu ruido e trepidar típico. Nada. Para ela era mesmo só mais uma viagem. Pouco depois já lá estávamos. Pelo menos sempre sorriu quando viu as primeiras montanhas cobertas de neve…


Geneve não estava igual à que conhecemos alguns anos atrás (será o Sindroma Pós-Nova Iorque???). Pareceu-nos mais escura (sim, da outra vez fomos no Verão) e não tão bem cuidada. Detalhes como o chão mais sujo de beatas e pastilhas elásticas são por vezes o suficiente para abalar uma imagem que se tem de um sitio quase imaculado não vos parece? Mas a ideia era acima de tudo ir com a Patrícia para a neve e Geneve parecia-nos o sitio ideal. Bem, a cidade em si não tinha neve (não é assim tão costumeira como se possa julgar) mas todas as montanhas que a rodeiam estava bem cobertas. O plano estava em acção. Mas ainda tínhamos tempo. Primeiro havia que desfrutar um pouco do descanso das férias. Um ou dois dias de passeio por ali e depois lá seguiríamos para a montanha. Geneve tem jardins e parques mas nada que nos deixe de boca aberta. É também uma cidade rica em museus (muito da nossa anterior visita) mas a grande maioria deles não serão os mais atractivos para uma criança de 3 anos. Ainda assim, uma tarde passada no Museu de História Natural da cidade foi uma agradável surpresa. 5 pisos de tudo o que é animal, da pré-história à actualidade. A Patrícia gostou e isso já nos deixou contentes.

Geneve tem mais um problema. Toda a gente fala francês. Bem, alguns falam alemão (o que também não ajuda) mas são muito poucos. Francês é o idioma que impera por ali e o pior é que ninguém fala inglês. Eles percebem porque nós falávamos para eles em inglês e eles respondiam só que respondiam em francês. Chatos. A sério. O maior problema da Suíça estará sem dúvida nos Suíços.

Almost thereA neve. Equipados dos pés à cabeça saimos para a estação de comboio central de Geneve (5 minutos de casa). Bilhetes comprados no dia anterior que a experiência de ser Português também nos ensina algumas coisas. As filas nas bilheteiras são sempre mais que muitas pois o comboio parece ser o meio de transporte favorito destas gentes (seguido de perto pela bicicleta pasteleira e pela trotinete). Directamente para a linha certa o comboio chega com a pontualidade esperada na terra dos relógios. 15 minutos de viagem é quanto basta para sentir o ar mais frio. Sair de um comboio para apanhar outro, o típico, o pequenino que nos levará às entranhas dos Alpes. O primeiro desaire. O bilhete dizia que o comboio saia da Linha 2. Esquecia-se de dizer que era noutra estação que não aquela. Ainda chegamos a tempo de o ver na curva mas o próximo só uma hora depois. Já no comboio com destino a St. Cergue (mui famosa estancia por aquelas bandas) caimos na asneira de perguntar ao revisor qual a estação indicada para descer. Que St. Cergue é muito confuso, que para crianças talvez não seja o melhor, que isto e que aquilo… Que desçam em La Givrine que é melhor. Assim fizemos. Estranhámos a coisa ser um pouco deserta mas enfim, lá nos fizemos a caminho. Luvas apertadas, barretes na cabeça, cuidado com o gelo e começamos a subir. Não se via vivalma. Uma cancela e uma casa de guarda. prontamente sai de lá um tipo que num francês muito muito arranhado só nos sabe dizer que o restaurante fica a 45 minutos de caminho (????). Mas quem é que quer o restaurante? 45 minutos??? Deve estar bêbado ou algo do género… Adiante.

20080118_152445_0644_eUma paisagem por vezes estonteante de mares de branco ponteados a verde e negro, um silêncio daqueles que nos filmes é sempre mau sinal e um ar meio enevoado. Era tudo o que tínhamos pela frente. O tipo tinha razão. 45 minutos. Mais ao passo de 3 anos, com algumas birras e bolas de neve pelo meio. 2 quilómetros e meio a andar na neve. Nada. Não se vê ninguém. Ao longe lá se avistou de quando em vez um caminhante solitário ou um par corajoso mas sempre ao longe, muito longe. como é que isto é possível? Isto não era uma estância de ski? Pois… Chegámos ao tal restaurante. Vazio. Fechado. Aparentemente abandonado no meio da neve, num pico a fazer companhia à bandeira helvética que teimava em esvoaçar para ninguém. Ninguém menos nós que lá estávamos. E alguns outros (poucos, muito poucos) que passavam ao longe, muito longe… Mas agora nada disso interessava. Viemos fazer um boneco de neve, carregados de cenouras para o nariz e cachecóis para o pescoço e não haveria de ser uma calma de morte e um manto fantasmagórico que nos iria impedir. Digo mais, soubéssemos ao que íamos e a paisagem teria sido ainda mais espectacular. E assim estivesse o tal restaurante a funcionar para beber um chocolate quente… 20080118_141031_0571_e Fizemos o boneco (aquilo dá bem mais trabalho do que nós pensávamos), rebolámos na neve, caimos e voltamos a levantar, mandámos bolas uns aos outros, tirámos fotografias e voltámos ao caminho… A Patrícia ainda ficou triste porque não podia levar para casa um pouco de neve no bolso como a avó lhe tinha pedido mas depois de uma breve explicação sobre os vários estados da agua lá se convenceu de que a avó ficaria contente com uns chocolates…

A viagem de volta foi mais soft. Saber onde fica o destino torna a coisa mais fácil e quando a caminhada é acompanhada de um cai-levanta constante (a neve junto ao caminho chegava facilmente ao joelho e um passo mais à frente e estava pela cintura) torna-se mais divertida. Junto à estação de comboio de La Givrine um café com gente (bem, a dona do café e estar lá ou não estar era mais ou menos a mesma coisa) e chocolate quente à vista. Novo desaire. Uma vez mais vimos o comboio passar por nós deixando-nos prontos para mais uma hora de espera. O dia tinha sido proveitoso.

Mas a Suíça tem também outras coisas de boa fama (Não. Essas são na Suécia). Come-se bem por aqui. Provámos as famosas Raclettes suíças, as verdadeiras, com carnes fartas grelhando sobre a chapa a acompanhar a batata cozida servida com pele que cobrimos com queijo derretido no minuto… Um mimo. Os fondues são igualmente famosos e aqueles que menos se conhecem por cá são os Röstis. Não sabem o que são? Nem eu sabia… Batata frita tipo palha, quase esmagada e gratinada fazendo um tipo de panqueca. Originalmente era comida ao pequeno almoço mas com o passar dos tempos e com a adição de outros elementos com cebola, ervas finas e as famosas salsichas, passou a prato principal e símbolo nacional. Também não nos escaparam. Depois de tanta coisa boa há que referir a passagem obrigatória pelo Starbucks. Ok, eu sei que há quem pense que é um simbolo do mal, da globalização, do fim dos pequenos cafés, do … Do raio que os parta. Só quem anda por essas cidades geladas sabe como é bom ter a certeza de que há um sitio onde beber um café que já conhecemos, um chocolate quente 5 estrelas, sempre igual, uns bolos de fatia deliciosos e tudo isso num ambiente que sabemos como funciona… Há sempre quem durma a um canto, quem leia noutro e quem navegue na Internet… E há sempre, sempre, quem fale inglês… Mas do Starbucks falaremos outro dia.

20080117_171208_0451_eConhecemos também uma pequena e maravilhosa pastelaria (assim que descubra a anotação, ponho aqui a rua), onde não só fomos muito simpaticamente bem servidos como comemos um brownie divinal e um café au lait (ou como disse a dona da casa, vraiment un lait au café) perfeito. Tudo ao som de Chopin…

Resumindo que a coisa já vai longa, a viagem correu muito bem. Esperávamos mais birras da Patrícia mas a linguagem universal dos desenhos animados (mesmo quando falados em francês) acalmou os momentos de maior saudade (a miúda passou o tempo a perguntar pelo gato). Que raios, até a Pantera Cor de Rosa que pouco fala, quando abria a boca lá vinham pernas de rã… O regresso a casa foi o costume. 3 malas de porão (quando foi uma só para lá) e não pagámos excesso de peso porque a rapariga do check-in foi simpática.

Conclusão: Para o ano que vem há mais neve. Mas talvez não em Geneve. Chamonix???

… do La Féria? Nós pedimos e lá fomos ver o referido musical na versão La Féria.
Entendo em parte a grande aversão que muita gente tem aos espectáculos deste tipo. A grande maioria das pessoas só os viu na televisão e eu sou o primeiro a dizer que não há pachorra para tal. A sério. Na televisão, estes musicais de palco e as revistas e o diabo a sete dentro do género não despertam qualquer interesse. Mas no palco do teatro a coisa é diferente acreditem.

Vale a pena ver um para experimentar. Não custa. Não doi. Se não gostarem, não voltam. Ora e Jesus Christ Superstar é uma boa aposta. Trata-se de um clássico da década de 70 criado por Andrew Lloyd Weber e Tim Rice que muita gente conhece (se não a peça ou o filme, pelo menos a banda sonora) e lembra nas vozes de Ted Neeley (Jesus), Carl Anderson (Judas) e Yvonne Elliman (Maria Madalena). Polémico na altura, talvez se mantenha um pouco ainda nos dias de hoje mas já ninguém pensa no assunto.

A sala estava cheia (inclusive com algumas excursões de velhinhas – sem qualquer sentido depreciativo – que riam e comentavam a pouca roupa que por vezes havia em palco) e o espectáculo não tardou. A encenação estava digna de um La Féria nos seus melhores momentos. A música ao vivo deu um complemento (seria só por si a base?) a tudo o resto que se tratava antes de mais, de vozes. Tenho ouvido e lido muita gente a falar mil maravilhas sobre o excelente Jesus Cristo mas sinceramente, sou capaz de apostar que mais de metade da sala não entendeu um só verso que este Cristo tenha cantado em falsete. Eram por demais exagerados. E o problema de Cristo não ficava por ai. O seu registo de fado não tem nada a ver com a peça em si, com o espírito rock do musical e nem mesmo com a música que o acompanha… Sem mais comentários, metam lá o Cristo na prateleira ou encharquem-no do bom e velho bagaço que ele está a precisar. Já agora e para terminar a apreciação sobre tão celestial personagem, nos agradecimentos ao público, quando já todos em palco sorriam e se mexiam mais freneticamente lembrando ai sim, um tal espírito rebelde dos seventies, ainda o raio do Cristo estava de braços abertos olhando aos céus e agradecendo ao Pai… Tivesse eu um tomate e estreava-me logo ali

Jesus Christ Superstar La Féria (1)
Agora o resto que tal como em muitas outras coisas na vida, contem o melhor. Judas. No original (não o mais velhinho ok?) o Judas era negro. Aqui nem por isso mas tem voz e que voz. Tem a voz com que se pode imaginar um Judas que trata Jesus Cristo por tu, que diz amar o homem revolucionário que ele é e não o filho de Deus, Deus na terra que diz ser. Este Judas tem voz de trovão. Pedro Bargado é um nome a reter. A Maria Madalena é outra que tal. Sara Lima representa a prostituta, a amante, a irmã, a Maria Madalena do Make Love Not War. E representa-a bem. Bonita sem ser coquete, com feições a condizer com o papel, Sara Lima eleva a voz mesmo quando quase sussurra junto a Cristo. E depois chega Pilatos. Sendo breve aparição na primeira parte, na segunda ele dá o mote aquando das chibatadas. Ele lava as mãos é certo mas nem por isso deixa de sentir o que está prestes a acontecer e nota-se bem na sua voz.

E ainda toda a companhia. O espectáculo foi muito bom. Talvez não o que mais gostei dentro do género mas muito bom.

Não sei se será. Para ser um update ao menos que valha a pena não? Já fui e já voltei, já mandei umas larachas no Flickr, já pus a leitura em dia e deixei por ai alguns comentários mas escrever aqui alguma coisa de jeito, ’tá quieto. E ainda não é hoje. Tenho passado os dias em volta do código do WordPress e variados plugins (não se preocupem os visitantes que nada muda por aqui. Trata-se de um projecto profissional) e as noites agarrado às fotografias que estão por imprimir. O que é que sobra? Ler a The Economist no metro para casa e “A filosofia segundo Woody Allen” de casa para o trabalho.

Hoje ainda arrisquei sair de máquina em punho pelas ruas mas admito que faltou inspiração e há dias assim, em que sem inspiração não há nada para ninguém. Não desespero que ela há-de aparecer. A ver se não tarda. Desde que não me agarre muito ao teclado para não sair porcaria. Upps. Desculpa filha. Prometi que não dizia mais porcaria. Upps… Outra vez. Vou dormir.

Pois que comprei uma nova máquina cá para casa. Não estou a falar da Nespresso Cube. Trata-se de um novo computador portátil. E ainda não foi desta que comprei o tal do Mac.


Razões? Várias, mas entre elas a principal foi mesmo o preço. A conta é simples: para ter uma máquina Apple com a capacidade da que comprei precisava de gastar cerca do dobro do que o que gastei. Podia optar por gastar só mais 400 ou 500 euros e comprar um Mac mas seria mesmo só para dizer que tinha um Mac e não a máquina que tenho. Se comprei um computador bonito como um Mac? Não. Teria ido para um Sony Vaio ou um LG. Então afinal o que é que comprei? Um Asus. Na Ásia, tal como refere a publicidade da marca, são considerados os melhores (bem, o sucesso dos Vaio no Japão arruína qualquer argumento baseado em localização geográfica mas enfim) mas no resto do mundo nem são assim tão falados. Por cá a Asus é principalmente conhecida e reconhecida pelas motherboards para máquinas desktop. Quanto a portáteis, até às recentes campanhas publicitárias, estavam para o mercado nacional como a Dell ou seja, vendidos maioritariamente a empresas. Li e voltei a ler, páginas e páginas de sites mais ou menos fiáveis e, entre as opções disponíveis lá decidi: Um Asus z53sv. A designação do modelo é logo para começar um tanto ou quanto confusa.

Devido ao facto da Asus fazer acordos com algumas empresas de distribuição para vender certos modelos um pouco mais baratos, podemos encontrar a mesma máquina (ou muito, muito semelhante) com nomes diferentes em lojas diferentes. O Asus z53sv é conhecido no mercado geral como Asus f3sv. E o que tem de tão bom este modelo? Façamos então uma pequena análise de conteúdo:

Processador Intel Core 2 Duo 7500 (Santa Rosa) 2.2
2 Gigas de Memória RAM (upgradable a 4)
250 Gigas de disco
Placa gráfica nVidia GeForce 8600GS com 256 megas
Rede Wifi 802.11 a/b/g/n
Bluetooth

Para alem do acima descrito o z53sv (f3sv) traz ainda uma câmara incorporada de 1.3 megapixéis, um leitor gravador de DVD com a tecnologia Lightscribe, um leitor de cartões multi-formato, 4 entradas USB, uma entrada Firewire, uma saída VGA, uma saída S-Video e uma saída DVI e uma muito apreciada entrada para cadeado Kensignton.

Ou seja, a máquina está bem equipada. Tivesse uma autonomia maior (com a bateria de origem em modo de poupança de energia saca-se no máximo um período de 2 horas com wifi ligado) e isto era quase uma pequena maravilha.

A construção e acabamento também não são de criticar. Com um aspecto sólido não foge muito ao agora tradicional preto e alumínio. Não sendo a minha escolha estética (o full black dos Thinkpad continua a ser o meu preferido) não me choca. O teclado é grande e prático e as teclas de função estão muito bem definidas. Para juntar a estas, o z53sv (f3sv) tem ainda uma série de botões adicionais junto ao botão de power que permitem aceder de forma rápida a algumas funcionalidades implementadas pelo software Asus como seja a tecnologia Splendid Video Intelligent Technology (que permite mudar entre vários modos de vídeo com melhoramentos de imagem), ao browser ou até mesmo ao Windows Media Center.


Relativamente a software vem equipada de origem com o Windows Vista Home Premium que, apesar de anunciado “Em Português”, permite ao utilizador na primeira utilização da máquina, indicar qual o idioma em que o sistema deverá funcionar. Ao contrário da moda corrente e ainda bem, o z53sv (f2sv) não traz uma partição de recuperação de sistema (que quase invariavelmente o utilizador acaba por formatar para libertar espaço em disco) mas traz um DVD de instalação com o sistema configurado de origem. Posso confirmar que a sua utilização é bastante linear e efectivamente funciona. Ainda no que a software se refere vem instalado também um grande número de aplicações Asus que, passando-se bem sem elas, também não incomodam e podem até facilitar a vida a alguns utilizadores (o Power4Gear por exemplo permite ter alguns modos de gestão de energia diferentes e melhorados relativamente aos originais do sistema da Microsoft) e ainda outras tais como o pacote de gravação de cd’s e dvd’s Nero 7.

A primeira utilização foi de updates como recomendado. Assim que arranca reconhece a rede Wifi da família. 40 updates de sistema recomendados. 140 Megas. Instalação do anti-virus, e do pacote de produtividade Office 2007 (sim, legal). Tudo bem configurado, instala-se a aplicação para gerar imagens do sistema (a minha forma favorita de backup). A partir daqui já se podem instalar as coisitas mais pequenas. Nada se queixa. Tudo corre às mil maravilhas.

Por norma, sempre que compro um PC novo a primeira coisa que faço é formatar e instalar de novo. Desta vez optei por não o fazer. Li em muitos fóruns que alguns utilizadores compram máquinas novas com o Windows Vista e apressam-se a formatar as ditas e a instalar a versão anterior do Windows. A alguns a coisa corre bem mas a outros nem por isso. Algumas destas novas máquinas já são construídas a pensar no novo sistema e os fabricantes muitas vezes não se preocupam a optimizar nem tão pouco a criar drivers para os sistemas anteriores. A minha impressão até ao momento é que isto não é tão mau assim. Não é tão lento quanto dizem (mesmo com todas as luzinhas ligadas) apesar de ter a consciência de que esta máquina com o Windows XP bem configurado seria de certeza mais rápida. Enfim, o XP já cá está há uns aninhos mas lembro-me bem quando ele apareceu as criticas que se lhe faziam… Vamos esperar pelo Windows Vista Service Pack 1 a ver no que dá.

Na continuação do relato da nossa viagem a Londres, começo exactamente onde tinha ficado: A tarde de Sexta-feira. Terminado que estava o cruzeiro do Bateaux London resolvemos continuar junto ao rio e o próximo ponto obrigatório era sem duvida o London Eye também conhecido como a roda do Millennium (não, não tem nada a ver ok?).

The London Eye capsuleNa nossa anterior viagem a terras de Sua Majestade ainda não existia tal coisa. Inaugurada a 31 de Dezembro de 1999 (dai o tal Millennium), a London Eye era à data a maior roda de observação do Mundo com os seus 135 metros de altura. A fila para lá entrar era imensa mas entende-se porquê. Como se trata de um dos maiores atractivos turísticos de Londres a segurança é redobrada. Toda a gente é revistada à entrada dos pés à cabeça. A roda leva um máximo de 800 pessoas em cada volta divididas pelas 32 cápsulas (que pesam cada uma só por si algo como 10 toneladas) e cada volta dura cerca de 30 minutos. A Susana queixou-se de que era tempo a mais mas está convencida de que a viagem durou ai uns 15 minutos o que quer dizer que a coisa se leva bem. 26 cm por segundo foi a velocidade que os engenheiros acharam como a mais correcta para ver convenientemente a paisagem que se estende quase por 40 Km. A viagem que começou com o Sol ainda alto terminou já com o fim-de-tarde. Mais um passeio a guardar de memória e em algumas fotografias mais no sitio do costume

West End we go. A noite caia e uma viagem a Londres não seria uma viagem a Londres sem um espectáculo no West End. Da outra vez vimos no Theatre Royal Drury Lane uma exibição de Miss Saigon que nunca iremos esquecer. Queriamos repetir a dose de emoção. A escolha caiu sobre Wicked. Este famoso espectáculo da Broadway estava em exibição em Nova Iorque quando lá estivemos mas como não havia tempo para tudo, passou. Em Londres não passaria. Wicked in the West EndDirectos ao Apollo Victoria Theatre onde os bilhetes já nos aguardavam ainda deu tempo para uma passagem pela Victoria Station para apreciar o reboliço de uma das grandes estações de comboio europeias… De volta à sala. Enquanto abre e não abre aprecia-se o Hall. Nem de propósito, todo verde… Ah, pois, o verde… Vocês ainda não sabem. Wicked é “a história não contada das bruxas de Oz”, que é como quem diz, conta-nos a história de Glinda a bruxa boa e de Elphaba a bruxa… Verde. Lembram-se de “O feiticeiro de OZ“? Não? Não há problema. A história de Wicked conta-vos tudo. E acreditem (mesmo aqueles que viram vezes sem fim a historia da pequena Dorothy) que nem tudo, aliás, muito pouco é o que parece. Wicked vem contar-nos o que se passou para que a bruxa má do Oeste ficasse assim tão má e vem também desvendar o segredo da sua morte. Até lá chegar há muito que rir (que este é um musical bem humorado) e algumas coisas em que pensar que a moral também aqui tem lugar marcado. Numa encenação fantástica (como aliás outra coisa não seria de esperar no West End) e uma produção de outro mundo (aqui os cenários são realmente cenários), as vozes soam como encantadas… A meninice das duas bruxas está presente em cada nota mas as suas vozes podem fazer tremer quando é essa a intenção. A sala (igualmente fantástica e super lotada) vibra. A viagem já está paga. O espectáculo acaba e nós saimos com a clara certeza de que estes momentos são únicos. Outra certeza ainda é a de havemos de voltar.

A noite acaba novamente em Victoria Station. Uns hamburgers sentados a ver quem passa. A viagem continua…