Certo. Para quem não tem sido assim tão produtivo em termos de escrita nos últimos tempos, entrar a matar com um titulo como este também não é muito abonatório mas, que se lixe a coisa. Porque é que não se fazem mais sapatos de homem normais ou pelo menos, porque é que não estão à venda nos sítios normais tipo sapatarias? Bem, pelo menos não nas sapatarias dos Centros Comerciais da Margem Sul.

Encurtando o que poderia ser muito, muito longo, no passado Sábado enfiei-me em dois famosos centros comerciais da margem sul nomeadamente no Fórum Almada e no Rio Sul em busca de um par de sapatos.

Infelizmente, o meu ultimo par de sapatos Kenneth Cole está prestes a encontrar o Criador e mais infelizmente ainda, não se conseguem comprar por cá nem a Kenneth Cole os envia para este lado do Atlântico. Considerando que só voltarei a Nova Iorque no ano que vem decidi que tinha mesmo que ser, que tinha que comprar um par de sapatos. Nada de especial. Pretos. De preferência com atacadores.

Antes de conhecer os Kenneth Cole tinha especial predilecção por um fabricante de calçado nacional: Armando Silva. Bom desenho, boa pele, boa sola. Pensei eu que não seria difícil encontrar algo do género. Triste engano. Pelo menos, nos centros comerciais da margem sul.

Não só a grande maioria das sapatarias só vendem sapatos de mulher (e sobre o mau gosto que por ai impera desta feita farei silêncio) como as poucas que vendem sapatos de homem os limitam a um qualquer canto ao fundo, muitas vezes já quase atrás do balcão, com uma ou duas prateleiras e não mais. Sapatos dourados e prateados não faltam. Estilo. Muito estilo. E fivelas no calcanhar ou pele de cobra avermelhada. E todos ou pelo menos quase todos, desenhados de forma a puderem ser utilizados como ferramenta ideal para matar baratas nos cantos dos quartos.

Na mais improvável das opções vislumbrei um par de sapatos que me parecia normal (para os padrões estabelecidos na zona). Entrei, peguei e perguntei se não teria aquele modelo no numero 41. A resposta não seria melhor enquadrada se tivesse sido combinada. “Nesse modelo não tenho o 41 mas se quiser experimentar o 40…“. Desisti.

Próxima paragem será a Baixa Lisboeta. Ali, entre a Jandaia a Luis XV e outras mais cujo nome não lembro, onde até descobrir os prazeres de Nova Iorque comprava todo o meu calçado (meritória excepção feita às minhas botas e ténis CAT).

26 thoughts on “Sapatos de homem. Será assim tão difícil?

  1. joaquim fernandes, tenho perfeita noção da qualidade do calçado português aliás, como refiro, até conhecer a marca Kenneth Cole os meus sapatos favoritos eram de um criador/fabricante português (seguidos de perto, muito perto pela George’s). Ainda assim, tal como também referi, não são fáceis de encontrar pelos centros comerciais e a brand Gino Bianchi que desse fabricante tinha um visual mais vanguardista exagera agora no estilizado tornando a escolha mais complicada…

  2. @Pedro: Estou mesmo nas ilhas, e sim, há lojas de calçado, obviamente. No entanto, e para teres uma ideia, andei uma semana inteira à procura de um par de sapatos que gostasse (ie. que não desse para matar baratas nos cantos ou que não tivesse berloques feios) para o meu tamanho.

    A maior parte das lojas dizia-me que encomendava, mas “leva sempre 2-3 semanas”. É o preço da insularidade ;)

  3. Catano, isto de sapatos dá que falar!!!

    Tou com o Pintas! Tu complicas sempre um bocadinho!!!

    Beijos!!!

    Para quando uma visita?!?

  4. Birdmaster, passarinho… Eu complico? Grande coisa. Tu reclamas… Eu complico primeiro que é para não ter que reclamar depois…
    Eu já nem embirro com o preço (desde que não me falem em sapatos Prada a 500 euros e de um gosto por demais duvidoso). Só queria mesmo encontrar uns que eu gostasse… Quanto a jovens atenciosas… Bem, se for para me proporem o 40 porque não há o modelo que quero em 41… Deixa lá isso amigo.

  5. loira, e nem sequer falo de saltos altos porque senão, tínhamos conversa para mais 15 dias…

  6. Eu também tinha o mesmo problema que tu até descobrir os Stonefly http://www.stonefly.it/ São italianos, com um design ao mesmo tempo clássico com um toque de moderno e são SUPER MEGA CONFORTÁVEIS. Já não compro de outra marca. Vendem-se no Corte Inglés.

  7. Billy pá
    ra de te lastimar e prolonga a vida dos teus sapatos entregando-os num artista do calçado.A oficina fica numa casinha minuscula na Calçada das Necessidades nº 60-B – á Estrela e paralela á Av. Infante Santo.
    O cliente mais VIP é o nosso Presidente da Républica, cliente de hà muitos anos. A oficina é perto da casa do PR. Há mais VIPS. Experimenta que não te arrependes. è o Sr António e o telefone é 213963077. E os teus amigos também devem lá ir. Ele inclusive transforma os sapatos. Por exemplo botas de senhora com saltos muito altos e bicudos se a pele for boa ele consegue dar-lhe a volta e põe outros saltos e diminui o bico, etc..etc.
    Faz-lhe uma visita.
    Ana Paula

  8. Bruno Figueiredo, se bem me lembro falámos sobre esses sapatos quando estivemos no El Corte Inglés… Sim, parecem efectivamente muito confortáveis mas depois entra a questão do gosto estético e de estilo pessoal. No meu caso acho-os informais de mais para o que costumo usar…

    Ana Paula, antes de mais, um beijo enorme. A sugestão é muito boa e vou ter em conta para o próximo par que trouxer de Nova Iorque. Infelizmente os que tenho agora acho que já estão para além de qualquer salvação…

    Pessoal, a quem possa interessar: Se a Ana Paula diz que é uma boa ideia, eu assino por baixo.

  9. Moras na Margem Sul?

    Acho que vou mandar no Twitter uma ideia de fazer um encontro pelo Twitter, o primeiro as far as I know.

    Lol.

    O Almada tem coisas bacanas, mas o Rio Sul até informática não tem…

    Rui

  10. Pedro, podes enxugar as lágrimas que, como te disse há pouco ao telefone, nós devemos voltar a NY em Dezembro. A confirmar trago-te uma prendinha de natal (já é o segundo par que te trago de lá…é pelas T-Shirts :)).

    Temos que ver se sincronizamos uma das nossas idas a NY… ou então não, desta forma todos os anos podemos pedir um ao outro coisas :)

    Um abraço,
    João e Vera

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