Só mesmo duas pequenas considerações sobre o artigo “Os Padrinhos das Redes Sociais”, publicado na Meios & Publicidade que me caiu hoje em cima da mesa:

Padrinhos das Redes Sociais na Meios & Publicidade

Alguns media continuam a insistir na ideia de que o caso Ensitel só teve a repercussão que teve porque a Maria João Nogueira é a responsável do Sapo Blogs e como tal, acham eles, tem acesso a tudo quanto são pessoas influentes na web nacional. É uma verdade que a Maria João tem acesso a tudo quanto são pessoas influentes na web nacional e, certamente, internacional também mas, convenhamos, outras pessoas também terão. E não me refiro só à Ensitel. Imaginem que um qualquer dos muito falados “animadores” do caso Ensitel tinha passado por problema semelhante. Será que não conseguiriam a mesma divulgação? E que eu saiba, nem todos são responsáveis no Sapo Blogs.

Metam os olhos no mundo que vos rodeia e nos já inúmeros casos que por ai há e logo verão que, ainda que para alguns seja mais fácil poder dizer ao Cliente “Não se preocupe. Isto só aconteceu porque a Maria João Nogueira é do Sapo…”, a verdade é que hoje em dia, tendo a razão e não abusando dela, é relativamente fácil gerar um “Caso Ensitel”. E outros muito além…

Ainda assim, gosto de ver, um medium da especialidade a dar destaque ao tema. Pergunto-me quantos directores e responsáveis de marketing e comunicação de grandes empresas o terão lido. E se depois de o lerem, chamaram os seus colaboradores e disseram: “Ora vamos lá então falar sobre essa coisa das redes sociais…”

8 thoughts on “Os padrinhos das redes sociais? Pois…

  1. Adoro uma revista “Meios e Publicidade” que não tem versão online, ou digital. Vai na volta e devia chamar-se “Meio e Publicidade” :)

    Não li o artigo, mas já o disse antes, o caso deveu-se a um conjunto de circunstâncias, sendo a de menor importância o facto de eu trabalhar onde trabalho.

    Não querer ver isso é uma de duas coisas:
    – Sinal de pouca honestidade.
    – Sinal de ignorância (ou pressa na leitura dos factos, vá).

    Mas, reforço, não li o artigo, nem sabia que ia ser escrito, os senhores não me contactaram :)

  2. Ora isso é que eu não sabia… Não foste ouvida? tsstss… Que belo serviço…
    Tende a confirmar uma ideia que eu cá tenho e que espelho com a frase “Não se preocupe. Isto só aconteceu porque a Maria João Nogueira é do Sapo…””…

    Ah, e tem versão online sim senhora… Onde podes ver uma espécie de índice do que a versão em papel trará… Que é como quem diz, se os títulos forem bons o suficiente… Não me estico mais, vá lá saber quem anda por aqui a ler hoje…

    Já te envio o artigo…

  3. Acho que os media devem separar o que é a aquisição de um telemóvel pessoal e o respectivo desenrolar da história, do que é profissional. Eventualmente até terá um telemóvel de serviço da própria empresa, que por acaso, também tem uma rede móvel. Isto é uma parte da história.

    O que se passou com a empresa em causa, não foi o aviso para apagar os posts no blog pessoal da Maria João (MJ), mas o que os internautas classificaram de censura na página de Facebook da própria empresa. Outro factor que acho relevante de salientar, é que em lado nenhum a MJ comentou o que quer que seja excepto no seu próprio blog.

    Um artigo coerente tem as duas partes envolvidas e um ou mais especialistas que comentam de forma isenta.

  4. Caro Luís, antes de mais bem vindo aqui ao browserd.com.

    Agora o tema em questão: Mas que raio terá que ver o facto da Maria João ter “um telemóvel de serviço da própria empresa, que por acaso, também tem uma rede móvel” com o assunto? Nada. Isso é o mesmo que dizer “eventualmente o Pedro Rebelo até tem um cartão de crédito da instituição onde trabalha” relativamente à minha situação com o Barclays há uns anos atrás (desculpem a referência mas é um caso que, por razões óbvias, conheço bem).

    Não percebo bem o que queres dizer com “não foi o aviso para apagar os posts no blog pessoal da Maria João (MJ), mas o que os internautas classificaram de censura na página de Facebook da própria empresa”. Convenhamos, o assunto não foi o Facebook nem o “assalto” ao mesmo por parte dos utilizadores. O assunto foi efectivamente a tentativa de censura. Entender o contrário parece ser a opinião dos consultores que, querendo vender a sua “protecção”, assustam as empresas com o argumento “Veja lá o que lhe pode acontecer”. O importante é que as empresas, e já agora, os tais consultores, aprendam de vez que o cerne da questão está na transparência. Se ouve uma tentativa de censura, plenamente consciente ou não, então que se assuma e, se assim for entendido, que se redimam.

    Por ultimo, referes-te ao artigo da Meios & Publicidade? É que se é esse o caso, permite-me que te informe que a Maria João Nogueira não foi ouvida e como tal, as duas partes envolvidas… Só se for a Ensitel e… Os tais consultores… Vê lá no site dela o post de hoje.

    Quanto aos especialistas no campo, bem, louvando-lhes todo o valor (que efectivamente lhes dou), reservo-me o direito de repensar a questão da isenção. Nos dias que correm, é difícil por demais…

    Volta sempre.

  5. Na altura que desenhei o site do M&P (sim, fui eu que desenhei e fiz o HTML/CSS há já alguns anos atrás) o site tinha uma secção com a edição em papel, que incluía todos os artigos lá transcritos. Infelizmente parece que removeram essa parte, que estava na sidebar, e trocaram por anúncios de publicidade…

  6. Boas Ivo. Pois que talvez eles tenham tido uma visão e entendido que tinham melhor futuro assim… Já nos dá uma ideia do que esperar…

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