Foi há mais de 25 anos que Jeremy Brett nos apresentou Sherlock Holmes. «O» Sherlock Holmes. O maníaco, depressivo, analítico, compulsivo, sarcástico, apaixonado, solitário Sherlock Holmes. Jeremy Brett tem sido desde então, a representação ideal do génio dedutivo criado por Sir Arthur Conan Doyle.

Tal era a perfeição que o mito se fez verdade. Dizia Jeremy Brett que muitos actores diziam que, se representassem Sherlock por muito tempo, o personagem lhes roubava a alma. Terá sido o que lhe aconteceu.

15 anos depois da sua morte, e várias tentativas menos felizes de representar Sherlock Holmes depois (na tv e, mais recentemente, no cinema), surge em terras de Sua Majestade uma nova série televisiva. O nome, Sherlock Holmes, é por si só provocativo. Vem da BBC e isso a mim, fã confesso, só me aguçou o apetite.

Sherlock Holmes 2010

Mini-série. 3 episódios. Cerca de hora e meia cada um. Preparados? A acção decorre na Londres do Século XXI. E que bem que ela se dá por lá. Poderá apaixonar miúdos pelo clássico da literatura inglesa? E porque não?

Depois de sermos apresentados ao Dr. Watson, depois deste ser apresentado a Holmes, de sabermos que Holmes toca violino (não sabiam?), de passarmos por Mycroft, de ouvirmos falar de Moriarty, enfim, de corrermos por alguns becos londrinos, de apanharmos meia dúzia de táxis, depois de tudo isto, fica a sensação de que, estamos a ver Sherlock Holmes novamente. Finalmente. É um Holmes moderno, tal como o outro. Escreve sms’s em vez de cartas e tem um web site: The Science of Deduction. Estabeleceu-se como um consulting detective. O único no mundo. Assim parece efectivamente.

Benedict Cumberbatch está a ser um muito bom Sherlock Holmes. Tem uma expressão própria, cerca daquela que o seu personagem afirma como sua, a de sociopata. A qualquer minuto, pode saltar da cadeira e recitar um poema de Byron ou baixando a cabeça, fazer o mesmo, com o mesmo impacto. Martin Freeman é também um bom Watson, mas temo que a curta duração da série não o vá deixar mostrar ao mundo, a importância do personagem.

Não avançando mais para não cair em spoilers, fica a nota: Televisões do meu pais, não percam a oportunidade de mostrar às gentes de Portugal, mais uma grande produção da BBC: Sherlock Holmes.


6 thoughts on “Sherlock Holmes. Finalmente.

  1. Também fiquei agradavelmente surpreendido com a série. Só tive mesmo pena que fosse “mini”. Bem que podiam fazer disto uma coisinha um pouco mais longa.

  2. Emprestas aqui à minha famelga, que anda estourada da m***a da mudança de casa e mesmo a precisar de algo para distrair a mente da tareia que o corpinho tem levado? Querem jantar na 6ª? beijos e invejas, pelo post anterior e outras coisas.

  3. Deixo só uma pequena mas talvez pertinente correcção. A série chama-se apenas “Sherlock” e não “Sherlock Holmes”.

    Aproveito para aconselhar “Jekyll” (2007) do mesmo autor, Steven Moffat (também criador de “Coupling” e actual responsável por “Doctor Who”). “Jekyll” teve 6 episódios e é uma adaptação das personagens de Robert Louis Stevenson ao século XXI.

  4. Boas Rui. Obrigado pela correcção. Trato disso asap.
    Quanto a “Jekyll”, está na lista mas o tempo não estica. Pelo menos, não o tempo livre.

    Ana B. Na boa. Tão breve a gente se encontre. E que tal uma jantarada um destes dias?

    Ricardo, pode ser que com tanta gente a gostar, a BBC se proponha a fazer mais uns quantos episódios mas pelo que tenho lido, custa a crer…

    António, quem já viu, partilha da mesma opinião.

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