Sim, sabemos hoje que Star Wars, o começo de toda a saga, é na realidade (teóricos da conspiração, venham de lá as vossa teorias) o episodio IV, mas foi com a perspectiva de quem nada sabe sobre Star Wars que disse à Patrícia para ver este primeiro filme.
E assim foi. Os três (bem, os quatro que o gato Browser fez questão de acompanhar a aventura ainda que com os olhos fechados) no sofá, depois de um dia muito activo, pizza, agua e 7Up. Que comece a sessão.
1977 está bem presente e quanto a isso não há duvidas mas ainda assim, a Patrícia aguentou firme (mais que qualquer um de nós) até ao fim, colocando constantes questões, dando opiniões e até sugestões sobre o que se deveria passar a seguir.
Já temos como certo que, a próxima sessão, Star Wars: O Império contra-ataca, terá uma baixa na audiência. A Susana já deixou claro que nesse dia, ainda que não tenha já data marcada, ela tem algo de muito importante para fazer e não poderá estar presente… Um destes dias tentaremos Star Trek: O Filme (The Motion Picture, 1979). Quem sabe não estará ali uma trekkie por descobrir…
Já sabes (se calhar não sabias, mas agora já) que advogo que nada como começar a “evangelização” o mais cedo possível, pelo que é com uma vénia que saúdo a tua iniciativa. E fazes bem em tentar a abordagem ao trekkie world pelo “Motion Picture” de ’79 porque assim, a menos que alguma coisa de errado aconteça, é menos uma trekkie no Mundo. ;)
Pronto, pronto, reconheço que se o “Universo” Star Trek tivesse começado como o do J. J. Abrams, eu seria hoje um Star Trekkie Wars man…
O primeiro filme do Star Trek é dos meus favoritos, embora seja um pouco lento…
Mas toda a teoria por detrás do filme é brilhante. Altamente recomendável.
Não desfazendo todo o lado mais cerebral de “Star Trek: the Motion Picture”, não é exactamente uma peça cinematográfica brilhante. Ou seja, isto é uma forma simpática de dizer que o filme me aborrece um bom bocado :-)
Uma alternativa mais interessante seria – talvez – apostar numa primeira sessão do episódio “Space Seed”, e depois saltar directamente para o “Wrath of Khan”.
Especialmente porque a série original tem um certo carisma que os filmes clássicos perdem (o que pode fascinar mais que as longas metragens), e a continuidade desses filmes apenas começa a ser mesmo vincada a partir deste segundo.
Grande Paulo, sim sim sim… Já sabemos. Ainda assim, és sempre bem vindo. Sei que dai outra coisa não seria de esperar… Nota no entanto que a trekkie a perder-se seria a Susana que por sua vez, no que a Star Wars se refere, já abandonou o barco. E nota, falamos de alguém que gostou verdadeiramente de Childrens of Dune o que a revela como sendo de alguma estranha forma, uma fã de hard-core scify…
Tiago e Sergio, as vossas opiniões são dispares e de alguma forma vejo-me levado a concordar com o Sergio pelo menos num ponto: A Ira de Khan é melhor filme. Aliás, é talvez o melhor filme Star Trek (não vou aqui incluir a abordagem J.J. Abrams).
No entanto, acho que a começar, deve ser pelo começo. Tenho porém noção de que começar pela TOS era capaz de afastar a jovem Trekkie que há na Patrícia. A série não está desenhada, minimamente, para a forma de ver o mundo aos olhos de uma criança de 9 anos (mesmo que sejam 9 a dar para os 14).
Mas oh Pedro, eu tinha era mesmo esperança que a trekkie a perder-se fosse a Patrícia… Olha que eu vi o “Motion Picture” quando saiu, pelo que nessa altura andava pela mesma idade que tem agora a tua filha e aquilo ficou-me na memória como valente seca que só aprendi a apreciar devidamente vários anos mais tarde. Por isso, força, vai em frente e “dá-lhe” com o “Motion Picture” que pode ser que ela volte a olhar para o Star Trek só daqui a uns 15 anos. ;)
(E não lhe mostres a abordagem J.J. que ainda pode gostar…)