É lamechice? Sim, eu sei. E depois? Se em algum sitio posso ser lamechas, posso ser o que quiser, esse sitio é aqui, no meu sitio.

Senti tanto a tua falta. Nada de mais. Não estavas, como não estiveste já noutras ocasiões. O trabalho levou-te e ainda não te trouxe de volta. Voltarás não tarda, eu sei. Mas esta noite, sem saber ainda bem porquê, senti tanto a tua falta.

Jantámos, rimos e sim, deixámos passar um pouco a hora… Sabes como é, deixamos sempre. Já com ela deitada, cantámos… E de repente, que raio, a fazer um esforço enorme para que ela não notasse, para que ela não sentisse (e sabes como ela sente essas coisas), que eu queria tanto que ali estivesses, no sofá, já com os olhos meio fechados, à espera que eu te tapasse (porque eu é que te sei tapar). Só porque sim, sem nenhuma razão em particular (porque não me parece que aquilo a que se chama amor possa ser objecto de observação racional). Senti tanto a tua falta…

Há noites assim. Há vidas assim.

Amo-te. Muito.

2 thoughts on “Senti tanto a tua falta…

  1. Não é lamechas, é old fashioned, esta coisa das declarações de amor. Mas nestas coisas devíamos aprender tanto com a História e, já que se fazem regressar tantas modas anteriores, porque não esta? É que esta é das boas…

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