Não tenho sido o mais correcto dos gajos que costumas visitar na net pois não? Eu sei que isto de manter um site como este não é uma obrigação (no dia em que assim o entender lá terei que fechar portas) mas também sei que a vida aqui neste Universo está cada vez mais parecida com a vida IRL (In Real Life) e tal como IRL, quando nos afastamos um pouco deveriamos dizer aqueles com quem nos encontramos diáriamente que nos vamos afastar. Uma questão de bom senso e boa educação…

Yeap. Tenho estado a gozar umas pequenas férias. Daquelas em que, tal como já disse ao João, o computador serve unica e exclusivamente para garantir a dose semanal de Lost, 24 e outras que tais… E no resto do tempo? Se eu vos disser que essencialmente tenho comido… Pois. A Susana já ditou as regras: Dieta. A partir de quarta-feira é mais é bife grelhado e peixe cozido, muita alfaçe e muito queijo fresco. Ainda não me consciencializei da parte em que não posso beber vinho… Para ser sincero também não me estou a ver a passar a semana sem comer uma bela massada com natas e queijo mas enfim. Tendo em conta a pequena fortuna que tive que gastar esta semana em fatos novos pois os que tinha não me serviam… Sim, que se num fim-de-semana foi Armamar junto ao Douro, logo no outro a seguir foi junto ao Guadiana, mais precisamente em Amieira de Portel, uma das aldeias ribeirinhas d’As Terras do Grande Lago que é como quem diz, a albufeira do Alqueva (prometo as fotos para breve). Terras da mãe e a convite do tio lá fomos nós para o ensopado de borrego da Pascoa. Uma vez que cá por casa ninguém come borrego, foi um fartote de febras e entremeadas com muito pão alentejano e tinto à mistura… Até encher.

Lands of the great lake (Terras do grande lago)

De volta às terras de bom Tejo, entre o sofá e os restaurantes que por aqui vão aparecendo, com algumas passagens pelas lojas da tradição onde alfaiates e costureiras já não estranham os arranjos que pedimos, ainda gozámos a valer com duas idas ao cinema (coisa rara desde que a Patricia nasceu. Quando pensamos que iamos três vezes por semana antes dela nascer). Primeiro o Infiltrado (onde fiquei sem saber se o Denzel afinal era um gajo porreiro ou não) e depois V for Vendetta. Eis que com este fico a gostar cada vez mais da jovem Natalie e fico ainda com um desejo grande de adquirir este poster. Tivémos ainda tempo para descobrir pérolas como A outra façe da lua onde se passa um belo fim de tarde ou o pernil do David da Buraca.

Para terminar a conversa que já vai longa, posso aqui deixar em primeira mão a grande novidade: Depois de encher o bandulho de pizza até fartar, de garantir mais umas horas de preguiça quase total com a compra da edição especial de Um Coração Selvagem do Lynch, fomos até ao Decathlon onde comprámos uma bicicleta de manutenção? Isto dá para acreditar?

Na passada sexta-feira fomos assistir a Ligações Perigosas (Les Liaisons Dangereuses) de Choderlos de Laclos onde os fantásticos Vicomte de Valmont e Marquise de Merteuil jogam um com o outro um jogo mortal de sedução e sexo. Os Fatias de Cá no Palacio Pancas Palha que nos dão champanhe à entrada enquanto aguardamos nos salões por aquilo que lá vem. Da cortesã à inocente Cecile, assistimos durante 3 horas a uma cena pré-Bastilha mas que nos dias que correm, cada vez mais pensamos comum. Quem não os conheçe que os vá conheçer. Vale bem a pena. Isto sem contar que sai de lá bem comido e bem bebido…

O Sabado foi de Rodizio Alentejano na Quinta da Vitória – Sobreda da Caparica. Pois. Alentejano? Ahh sim… Estavam lá umas coisas, para o lado do buffet, que se pareciam com migas alentejanas… E o vinho… Era alentejano. Mas o Alentejo acabava ai. Era um Rodizio. Mas não rodou muita coisa. Exeptuando um dos empregados que primava pela simpatia (mas nem assim pela carne que nos trazia), a maioria dos restantes nem por isso. Tivemos em vias de clamar pelo gerente mas depois chegámos rapidamente à conclusão que era preferivel gritar por mais comida. O gerente se tanto, traria o livro amarelo e isso não nos iria saciar… A relembrar para não voltar tão cedo.

O Domingo começou cedo com uma sessão de Harry Potter pelas 10 da matina no Cinema Londres. Porquê tão cedo? Benesses de trabalhar para “O Grupo”. Muito agradeço porque até gostei do filme. Mas confesso que a Hermione já me parece grandinha para o papel… A noite deu a conheçer La musgaña através do album Temas Profanos. Encantado mas sei que só para apreciadores. A partir destes ainda fui parar a Mestisay e à voz de Olga Cerpa. Tenho mesmo que lá voltar. Terminou com uma constipação. E mais não digo. Pelo menos hoje.

É impressão minha ou temos por ai mais um filme para ver? Sou suspeito por gostar muito de bd. Há quem diga que todos os homens são suspeitos por gostarem muito da Charlize Theron. D’uma forma ou de outra, o que interessa é que está para estrear em Dezembro o Aeon Flux e basta visitar o site para crescer agua na boca.

Já lá estamos?

Fomos ontem assistir à ante-estreia da nova co-produção SIC / UTOPIA Filmes. Sabem como distinguir uma ante-estreia de uma estreia? Numa ante-estreia há muitas jovens promotoras a distribuir trufas de chocolate da Olá. Grande coisa – dizem alguns – No Jumbo também há promotoras da Olá. É verdade. Mas nesta ante-estreia elas tinham todas mais de 1,75m…

crime  do padre amaro
O Grande Auditório do Centro Cultural de Belem estava quase quase cheio para assistir a esta adaptação livre do romance de Eça de Queiroz passada nos nossos dias. Sabiam que o Rui Unas está de barba??? Como disse o Francisco Penim antes do inicio da projecção (que estava marcada para as 21h30 mas só começou perto das 10h20), é um filme comercial mas Portugal necessita de mais filmes comerciais e não sómente de filmes que ganhem prémios em festivais de cinema no estrangeiro.
A acção está em Lisboa e até aqui tudo bem mas cai num bairro social, cheio de hip-hop e gangs que roubam e quase matam e coisas dessas… E isso já está visto. Para mim, é o ponto negativo do filme. Há certamente mais realidades sociais na cidade de Lisboa que possam ser cenário mas também não quero ir por ai. Este foi o cenário escolhido. Espero que no proximo filme, comercial, o cenário possa mudar.
O argumento e conhecido de quem leu o livro mas facilmente é “apanhado” por quem não conhece a obra de Eça. A tentação é grande para um jovem padre e, apesar de se chamar principalmente Amélia, assume muitos outros nomes. Quase todos quantos se ouvem. O crime porém não é esse apesar de igualmente julgável no tribunal da moralidade. O crime está na forma como Amaro quer tratar daquilo a que chama “um problema” e na visão egoista que dá de si mesmo.
Depois os actores… Nuno Mello igual a si mesmo. E uma supresa também para quem a entender. Rui Unas e Diogo Morgado candidatam-se ao casal amoroso do ano como o par Gay do bairro. Esteriotipado q.b.. Nicolau é o verdadeiro mau da fita. Jorge Corrula é um padre modernaço que vê a imagem da Santa despida de preconceitos. Amaaaroooooo… Soraia Chaves tem estilo para a coisa. Como Amélia é talvez um pouco radical mas enfim… Já vimos certamente outras modelos a fazerem piores figuras no ecran.

Pois que mais não digo (não que tenha dito grande coisa mas o filme só estreia para a semana) a não ser que vale a pena ir às salas de cinema para ver este filme português. E não é só por ser português.

p.s. Depois da exibição houve uma festa no bar MAO na 24 mas pela quantidade de equipas de reportagem que estavam à porta, imagino que o espaço estaria cheio. Fomos para casa.

e o Firefly e isso…
Serenity Poster in Lisbon Streets
Este é um dos (poucos) posters que se podem encontrar na cidade de Lisboa a publicitar o filme. Existem pelo menos mais dois, do mesmo estilo gráfico, com outros dos personagens. E ponto.
Aqui e aqui estão exemplos do que se pode encontrar por essa Europa fora no que respeita à divulgação deste filme.

A pergunta que se impõe é: Porque é que um fenómeno mundial tem tido tão pouca divulgação entre nós?