Não que o que escrevo abaixo se aplique única e exclusivamente à escrita manual, de papel e caneta. Mas é particularmente sobre essa que quero escrever e por isso o titulo.

Acabei à pouco de ler o artigo “Who’s Reading Your Moleskine?” no site inkmuse. Lembrou-me todas as interrogações que fui tendo sobre a privacidade das minhas notas pelas largas dezenas de pequenos cadernos e blocos que tenho espalhado ao longo da vida. A grande questão é mesmo se somos sinceros quando escrevemos. Não me refiro aquela carta em que reclamamos a valer por termos 60 contos de gás para pagar (fica para mais tarde) e em que escrevemos com todas as letras e ainda soletramos (para melhor nos entenderem) os nomes feios que lhes queremos chamar. Refiro-me aos cadernos, aos diários, aos guardanapos de café… A todos aqueles pedacitos de papel onde despejamos vivas, ódios e desgostos de amor… E depois? Será que algum dia alguem vai ler isto? Que irão pensar de mim? Terei eu (des)escrito, palavra por palavra, tudo o que me ia no coração quando esperava por uma prenda e recebia outra? Terei aplicado bem a métrica quando despejei a tinta em forma de todas as palavras que queria ter gritado quando não recebi o aumento que esperava? Talvez não não é? Nunca se sabe quando alguem (tipo, quem paga o ordenado) lê por acaso os desabafos de quem cá anda… Tudo isto para dizer que gostei do artigo.

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Num registo diferente, ontem estive todo o dia em formação de uma aplicação que me pareceu bastante agradável: Test Director da Mercury. Trata-se de uma ferramenta para gestão de testes (não de erros como alguns pensam). Com a correcta implementação pode ser bastante útil. Gostei particularmente da forma como está acessivel ao user. Eu que nunca a tinha visto, facilmente me encontrei de imediato a realizar quase todas as operações que poderiam eventualmente interessar quer a um tester quer a um developer… Muito bom. A quem possa interessar a minha opinião: Gostei.

Este fim-de-semana que passou foi mais um de corre-corre. Sábado: Festa de Natal da AXA Portugal (os novos patrões da Susana uma vez que a Seguro Directo deixou de pertencer ao BCP que a vendeu à CGD antes desta a vender à AXA). Foi no CNEMA de Santarem. Esta festa serviu também para a integração dos novos colaboradores (SGD) no espirito da Companhia (AXA). Aquilo que de inicio me parecia um pouco forçado acabou por se revelar uma agradavel supresa, um dia bem passado, divertido e interessante (Zé, esta é especial para ti ok?). Na nossa mesa ficou uma jovem (Ana Margarida de seu nome) da AXA que parecia estar realmente impressionada com a atitude SGD. Eu já deixei a SGD à 6 anos e continuo a dizer o mesmo. Não há casa como aquela. Correndo o risco de cair num lugar comum, o tempo dirá… May we live in interesting times. Não cheguei a provar o tinto. Ele estava lá. Não bebi porque não quis.

O Coiro

O Domingo foi de circo. Sim, Natal tem circo cá pelos nossos lados. Ainda antes da Patricia nascer já tinha e agora tem em dobro (ou triplo como parece ser este ano). Coliseu dos Recreios, duas da tarde, palhaços, trapezistas e passarocos. A Patricia riu imenso e nós também. Frase a reter: “Não tenha meeedooo.”.

Xmas Circus

O fim de tarde fechou no frio de Lisboa em busca de uma qualquer casa de chá onde pela Baixa se pudesse passar um bocadinho. A cidade que eu amo continua sem perceber que hoje em dia os lisboetas voltaram a casa e também por cá gostam de passear ao Domingo. Não há nada aberto que não sejam lojas. Ficamo-nos pela arvore e pelas luzes da praça. As castanhas estavam cruas (nem todas. Algumas estavam assadas mas essa tinham bicho.).

Millennium Xmas treeAs coisas continuam a não estar a 100%. As férias acabaram mas nem por isso o descanso chegou. Tal como um habitué cá do sitio, também eu estou com problemas em montar a arvore de Natal. Falta de tempo. Por norma cá em casa, a arvore é algo para se montar em familia, nas calmas e ouvir música… Nas calmas. Pois. Entre roupeiros e arcas congeladoras, carros novos à mistura (não és a única com essas preocupações) e prendas, nem tem sobrado tempo para me inteirar das novas séries que para ai polulam… Dificilmente tem sobrado tempo para as menos novas quanto mais… Fica a nota que o Lost já só continua em Janeiro (estou a gostar mas estes intervalos matam-me) e que o Alias já foi cancelado. Sem comentários.

Amanhã tenho que arranjar tempo para vos falar de comes e bebes que os registos estão em atraso. Temos pelo menos um dois italianos e um cafézinho ali para os lados do Chiado.

Grande parte (35.58%) dos visitantes do browserd.com usam a resolução de 1024×768 pixeis seguidos de muito perto pelos que usam 1280×1024 (31.09%). A velhinha 800×600 aparece num distante 3º lugar (com apenas 9.36%). Isto a propósito de um trabalhinho que lançamos agora há pouco… Mais um site com 759 pixeis de largura. E essa era uma preocupação fundamental por quem iniciou o design. Aceito. Tudo muito correcto. Mas lembro-me que, quem iniciou o design do referido site também dizia que não se preocupava minimamente com o Firefox. Era tremendamente residual dizia… Sei que não é o que se passa no resto do mundo mas tomando uma vez mais o browserd.com como exemplo, 53.18% dos seus visitantantes usam Firefox contra os 45.60% que usam o Internet Explorer… Não tivesse eu pensado nisso…

À pála de coisas estranhas como Clientes, eis-me a passear pelas teorias da navegabilidade em sitios estranhos tais como: Navigation Basics – How to build beter web site navigation, Usability News – Influence of Training and Exposure on the Usage of Breadcrumb Navigation e Breadcrumb Navigation: Further Investigation of Usage tambem no mesmo sitio ou ainda pdf’s quase esotéricos sobre o mesmo assunto… Yuuuppppiiii. Sinto-me a voltar às origens da coisa. Não tarda ainda me apanham aqui a fazer posts sobre usabilidade e coisas do género. E como eu gosto do tema…

Na passada sexta-feira cometi um daqueles erros que trazem “amador” colado na testa: respondi pelo Cliente. E depois levei nas orelhas. Depois de algum tempo nestas coisas da Net, por vezes pode cair-se no erro de tomar como “senso-comum” aquilo que mais não é do que o nosso “bom-senso”. E depois aprendemos o quão apertadas deveriamos deixar as mãos do Cliente. Como raio pode um Cliente adivinhar que, num site com uma moldura cromática de 3 cores (a saber: branco, cinza e rosa) não fica bem um gráfico (Powerpoint made) com três colunas coloridas (a saber: azul, amarelo e vermelho) e com background degradê… E como pode um Cliente saber que um parágrafo inteiro a bold e itálico em fonte tamanho 8, além de dificilmente legivel, não é de bom tom? E porque raio não corrigi eu o Cliente???
Mais um daqueles casos para dizer: Daaaa-ssseeeeee….