… que a escuridão pode por vezes ser cantada na luz. E por vezes pode também ser o mais são dos desejos.
Música
A guy can always say “Don’t you just loooove BritPop???” And nobody would understand… That’s living…
Ele há dias assim, e como terá dito por engano um senhor que foi presidente nos States, “May you live in interesting times”… Ele há dias assim em que logo de manhã nos apetece dizer ao chefe uma série de verdades que já lhe deviamos ter dito no final do dia anterior. Talvez até há muito, muito tempo atrás. Não dizemos. Infelizmente, por vezes chegamos a pensar que o trabalho que fazemos serve só para pagar a renda. Entretanto liga-se o radio e alguém nos diz:
(…) This is how it works
You’re young until you’re not
You love until you don’t
You try until you can’t
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath (…)
Obrigado uma vez mais Regina Spektor.
Sabem aqueles dias em que começam com o ler de um e-mail onde alguem vos diz: Estás a precisar de mudar de emprego? Hoje o dia começou mais ou menos assim… Antes disso, uma outra manifestação do mesmo sentimento. Ghost of a Corporate Future da Regina Spektor. Foi há bem mais de um ano que aqui referi aqui esta canção (façam-me o favor de visitar o link e ler com atenção a letra da música) e hoje ao ouvir a dita novamente reconheço mais uma daquelas canções que não podem ser apagadas com o tempo, que existirão sempre e a fazer sentido, enquanto o mundo girar (ver o videoclip de God’s away on business ali em baixo e tentar entender o conceito). Acho que também estou a precisar de férias. Daquelas em que se chega a casa mais cansado do que se partiu mas que valem cada bolha no pé. NYC minus 22 dias penso eu…
Acho que amanhã vos escrevo sobre Heroes. Que tal a ideia? Uma cheerleader que se mata 22 vezes no mesmo dia enquanto um amigo regista a coisa em video digital? E que tal congressistas que voam em calças de pijama ou web-strippers com alter-egos assassinos? Parece-lhes bem?

Ora bem, vamos lá imaginar um grupo de gatos conhecidos como Jellicle Cats que costuma encontrar-se uma vez por ano num certo ferro-velho para o seu “Baile Anual dos Jellicle”. É sempre no fim deste baile que é dado a um dos gatos o direito a entrar num tipo de Paraiso dos gatos e começar uma nova vida. Como era de esperar, alguns dos gatos propõem-se à dádiva com apresentações fantásticas das suas habilidades. Outros são propostos. Durante cerca de duas horas e pouco (com um intervalo pelo meio, vemos desfilar no palco (e não só) maravilhosas caracterizações associadas a fatos muito bem desenhados, em coreografias bastante animadas e num único cenário (o tal ferro velho) mostrando assim que certo tipo de simplicidade continua a funcionar. Ah e tal mas afinal é só isso??? E depois a gata velha vai p’ró céu e coisa e tal e acaba??? Pois. Sim. A Grizabella (tipo Liza Minelli), à la cantora de cabaret já na reforma é a escolhida pelo velho Deuteronomio (o mais velho dos gatos Jellicle) para ir lá para cima. E canta (e encanta) com Memory e só pela música já valia o espectaculo mas se a isso juntar o show de danca e acrobacia do casal de gatos malandros que é Mungojerrie e Rumpelteazer, o estilo “eu sou o maior” do gato Rum Tum Tugger, a representação teatral do velho Gus e o seu Growltiger, a sensualidade de Bombalurina a gata vermelha quando canta com Demeter sua amiga a historia do mau da fita Macavity… Continue reading