19. O muito antigo jogo GO tem, na sua versão mais popular, uma grelha de 19 por 19 casas.
GO é um jogo de estratégia para dois jogadores, em que essa mesma estratégia deve ter em conta um panorama global do tabuleiro, mesmo quando focados em disputas mais localizadas, e a interacção entre todas as peças, mesmo as mais distantes umas das outras.
Manter o balanço e saber gerir as diversas tensões que surgem em todo o plano de jogo é essencial, com a noção clara de que as jogadas numa ponta do tabuleiro podem influenciar as futuras jogadas na ponta oposta.
O jogador nunca pode esquecer que as decisões tomadas no inicio do jogo podem moldar situações a surgir centenas de jogadas à frente.
Outro ponto fundamental é ter a noção de que, por vezes, o jogador deve admitir algumas baixas tácticas se estas lhe conferirem uma vantagem estratégica.
Neste jogo, contrariamente a outros jogos igualmente famosos (como o Xadrez), o tabuleiro começa sem peças, há que ir preenchendo o espaço, do vazio para uma completude.
É um jogo baseado na ideia de construir. Peças individuais transformam-se em grupos e os grupos em estruturas orgânicas, fortes e flexíveis, que vivem e morrem. Com o continuar do jogo, por todo o tabuleiro, irão ocorrer transformações constantes, momentos de florescimento, momentos de decadência, derrotas e vitórias…
GO é um jogo aparentemente muito simples, mas na realidade é talvez dos mais complexos jogos alguma vez criados. Dizem alguns entendidos na matéria que o numero possível de jogadas no GO é superior ao numero de átomos observável no Universo…
Na nossa casa, há muito que o conceito de Universo deu lugar ao seu plural. Imaginem a complexidade do GO por aqui.
Amo-te, e para o ano, encontrarei uma forma ainda mais rebuscada de to dizer.