Quando começamos a pensar no tema, até nos parece ter algum sentido: A Confissão e as Redes Sociais online. Mas normalmente nem nos lembramos de tal coisa.
Se até há uma semana atrás me viessem dizer que eu iria fazer, de minha livre e espontânea vontade, um trabalho em torno de Foucault, eu diria que estavam doidos. Sem qualquer tipo de desprimor para o autor mas, pensava eu que a licenciatura já me tinha chegado no que a tal pensador se refere. Pois que não. Foucault voltou é em força.
Não será uma abordagem original certamente, mas ainda assim, a relação entre as Redes Sociais Online e a Confissão, mais precisamente, a Exomologese, como referiu Foucault no seminário Technologies of the Self, a confissão pública dos pecados, é um tema por demais rico em conteúdo e interesse, devendo merecer na minha opinião, maior atenção a nível académico.
É certo que não sabemos, pelo menos por enquanto, quanto da nossa presença (e acreditem, a história da presença daria um outro post) nas Redes Sociais online é fruto de um exame de consciência, mas não nos restarão duvidas quanto ao facto de ser essa mesma presença, uma nova forma de Publicatio Sui (a publicação de si) em tempos a última e talvez agora constante, ritualização.
Aproveitando as Redes Sociais
Agora não se admirem se, nos próximos tempo, vos questionar sobre o tema, sobre as vossas práticas ou práticas de que tenham conhecimento e que se relacionem com o que pretendo estudar. Posso começar já?
Conhecem casos nas redes sociais online que, no vosso entender se enquadrem na figura da confissão? Notem que não questiono razões. Se uma confissão é feita em busca de redenção, de suporte, de afirmação ou por qualquer outra razão, será coisa a questionar mais tarde. O que vos pergunto agora é algo mais simples, mais publico e eventualmente objectivo. Já fizeram uma confissão numa rede social online? Conhecem quem tenha feito? Onde? Quando? Posso ver? Respondam-me nos comentários ou, se preferirem, através do formulário de contacto aqui do site.