New York, New York… Nova Iorque. E ainda me dizem que Las Vegas é a cidade do vicio. Não é. Pelo menos, não para mim. Vicio é mesmo Nova Iorque.
Já se passaram quase 2 anos desde que estivemos em Nova Iorque. No dia em que de lá saímos deixámos bem claro que, se tudo corresse bem, em 2 anos lá estaríamos novamente. Assim vai ser. Daqui a 2 meses lá vamos nós.
Mas, chamar uma viagem de 2 em 2 anos de vicio é talvez um pouco demais não?
A questão é que o vicio não se fica pela viagem. Abrange uma série de coisas que conheci por lá e que, dois anos depois continuo a consumir como se por lá estivesse.
Uma dessas coisas é a revista New York. Não, não é a New Yorker (que também leio de ponta a ponta sempre que a compro) mas sim a mais terra-a-terra, mais comercial e até cor-de-rosa, New York. Porquê? Gosto da revista e assim que a folheio cheira-me a maçã. A grande maçã. Tem de tudo. Boas entrevistas, artigos, noticias, muita coscuvilhice e publicidade, Carradas de publicidade. Mas, tudo aquilo é Nova Iorque. De fio a pavio.
Leia-se a magnifica edição comemorativa dos 40 anos da revista New York. Woody Allen. Haverá nova-iorquino mais famoso? Algumas páginas sobre o que era a Nova Iorque de Woody Allen há 40 anos atrás e o que é hoje. E sim, a psicanálise de então… Os judeus de Nova Iorque serão ainda o que eram? O que mudou neste grupo de indivíduos tão bem definido numa cidade de mesclas sem fim? 14.600 noites de festa. 40 anos em imagem pela noite da cidade que nunca dorme (até o Michael Jackson preto está lá). Até temos 2 páginas dedicadas à Times Square famosa pelo sexo de há quase 30 anos atrás…
Esta edição apresenta-nos ainda um espectacular portefólio fotográfico de retratos de actores de Nova Iorque por Dan Winters. De Meryl Streep a LAuren Bacall, de De Niro a Steve Buscemi e Christopher Walken, de Julianne Moore a Glenn Close e tantos outros…
E depois, como sempre, os espectáculos da Broadway e de tudo quanto é sala da cidade, concertos, stand up, as exposições nos museus, galerias, jardins… Leituras e restaurantes enfim… New York, New York. Não há como não gostar.