Pois. A Guerra dos Tronos (como é carinhosamente chamada em terras lusas a fantástica série Game of Thrones) 6ª temporada, episódio 1, “A Mulher Vermelha” de seu nome. “Ah e tal, ok, isso a gente já sabe. E que mais?”. Mais nada. Fiquem por aqui que eu também fiquei.

A Guerra dos Tronos 6ª Temporada

Uma vez mais, obrigado SyFy Portugal, pelo convite que me fizeram para assistir à estreia da 6ª temporada de A Guerra dos Tronos numa sala de cinema. Definitivamente, é outra coisa. É outra coisa também pela atmosfera criada por centenas de fãs que ali estão, todos a esperar por noticias, por saber o que há de novo nos reinos.

Depois… Pois. A tal parte do saber o que há de novo nos reinos é que falhou… A Patrícia, assim que apareceram os créditos finais, diz-me: “Então? Só isto?”. Sim, foi essa a sensação. Só isto.

Com toda a tensão deixada no ar pelo ultimo episódio da 5ª Temporada, esperava-se pelo menos um pouco de alívio. Nada. Nickles. Baralha e torna a dar. Faites vos jeux.

A Guerra dos Tronos 6ª Temporada

A Arya (fantástica Maisie Williams) apanha porrada que se farta. A Melisandre (Carice van Houten) levanta (ou deixa cair, garantindo a dose recomendada de mamas por episódio) mais um véu, talvez o momento uau da noite ainda assim, mais pelo poder enigmático do que poderá dali advir do que pela espectacularidade da cena. A Sansa (Sophie Turner) é uma sonsa. Tem medo de agua fria mas deixa-nos a pensar ao sagrar Brienne (Gwendoline Christie) sua cavaleira, até onde a sonsice a levará. Por falar em Brienne, a Lady Tarth (como é estranho pensar nisso) continua igual a si mesma mas outra coisa não seria de esperar. Pergunto-me até onde ira a sua expiação…

Daenerys (fenomenal Emilia Clark) deambula, ora Zen ora nem por isso. Todos os seus nomes e títulos parecem de nada valer. Pelo menos se comparados com o facto de ser viúva de Khal Drogo. Isso sim, é importante. Tyrion (o genial Peter Dinklage) aparece, diz olá (sendo mal entendido por quem o tomava por um devorador de bebés, no sentido de os ter como uma boa refeição, literalmente) e continua a sua senda de ironia pela própria vida. Sabemos que lá por dentro há uma infindável e eventualmente maquiavélica congeminação mas, keep on, nothing to see here, move along

Guerra dos Tronos, Guerra dos Tronos… Então e o Jon Snow?

O Jon Snow (e eu sei que quem não viu ainda o episódio está à espera de saber do Jon Snow) continua morto. Pois. Que mais há a dizer sobre alguém que morreu na 5ª temporada e continua morto na 6ª temporada de A Guerra dos Tronos? Nada. Está morto. Esperem até ao próximo episódio e logo se vê, mais colar menos colar, mais anos de vida menos anos de vida…

Ah e tal, mas não escreveste nada sobre a Cersei (Lena Headey) e o Jaime (Nikolaj Coster-Waldau). Pois não. Não gosto deles. Posso?

Séries. Séries. Muitas séries de TV. De preferência as melhores. Cá por casa somos todos grandes fãs de séries e, todas as noites alguém pergunta: então que série vamos ver hoje?

Sim, temos a sorte da Patrícia já gostar de ver as séries de televisão que nós vemos. Facilita. Muito.

E agora, temos também outra sorte e das grandes. Estão para chegar a Portugal mais séries, muitas e das melhores. Dizem por aí que são tantas que vai ser até “queimar” o logotipo do canal no canto do ecrã. A ver vamos. Sim, a ver certamente.

Regressa hoje a série House of Cards. Há quem se admire quando houve dizer “O ser Humano é intrinsecamente mau.”. Há quem discorde e há até quem se revolte, indignado.

House of Cards nova temporada

De entre estes, há quem veja House of Cards. E há quem chegue junto a mim, depois de ver e ouvir Kevin Spacey como Frank Underwood, e me diga “já percebi o que querias dizer… Mas aquilo é ficção…”.

É nessa altura que penso em todos os argumentos que poderia utilizar para demonstrar mais claramente o meu ponto de vista. Mas depois, sou eu que penso em Frank Underwood e no seu papel em House of Cards. Termino quase sempre com um sorriso e um canónico (certamente mais no entendimento de quem o ouve do que no meu) “Está bem.”

Por cá, podem acompanhar House of Cards no canal TV Séries e este primeiro episódio da 3ª temporada será exibido já este sábado, 28, pelas 21 horas.

 

“Ah e tal, que cena mais parva… Aquilo parece uma daquelas séries para putos, com efeitos manhosos e cenas…” E os comentários a The Librarians ficam na sua generalidade, mais ou menos por aqui…

The Librarians Pedro Rebelo
Sim, cá por casa há uma caixa linda de The Librarians. Obrigado

De quando em vez, lá aparece alguém que diz gostar, que a série está engraçada, mesmo com efeitos manhosos e cenas… Convenhamos, nem todas as séries de televisão precisam de ter a profundidade filosófica de Childrens of Dune nem a carga emocional de Hit & Miss. Cá por casa por exemplo, onde todos, incluindo o gato Spock, somos fãs incondicionais do formato, assistimos com muito agrado a cada um de 64 episódios, ao longo de 5 anos, de Warehouse 13, uma série descrita pelo próprio canal que a produziu, como uma mistura de Ficheiros Secretos, Salteadores da Arca Perdida e Modelo e Detective. Como podem imaginar, longe dos exemplos citados anteriormente…

“Mas The Librarians não é Warehouse 13…”.

Não é efectivamente, mas Warehouse 13 já acabou. Então o que temos na TV actualmente, que possa preencher esse espaço? Sinceramente? Pouco ou nada. Mas temos The Librarians.

The Librarians não pretende ser mais do que aquilo que é, 40 minutos de entretenimento sem muito que pensar, umas quantas piadolas, umas com mais graça e outras nem por isso, uns efeitos realmente manhosos e… Já está. Mas não disfarça, não pretende ser outra coisa. E de quando em vez, faz falta que algo preencha esse espaço.

The Librarians é uma série baseada nos filmes The Librarian: Quest for the SpearThe Librarian: Return to King Solomon’s MinesThe Librarian: Curse of the Judas Chalice, que lançados entre 2004 e 2008, seguiam as aventuras de um eterno estudante, daqueles a quem não apetece fazer nada mais na vida para além de estudar, a partir do momento em que foi convidado por uma misteriosa organização a tornar-se um Bibliotecário,  a encontrar e proteger artefactos históricos, reais ou, pensava ele, pertencentes ao campo da ficção, tais como a Mona Lisa, a Caixa de Pandora ou a espada do Rei Artur.

Na série, a misteriosa organização, através de um processo de recrutamento para o próximo “Bibliotecário” chega até três possíveis escolhas:  Jacob Stone (Christian Kane, o Elliot de Leverage), Cassandra Cillian (Lindy Booth que já tinha aparecido precisamente num episódio de Warehouse 13) e Ezekiel Jones (John Kim que os australianos conhecem bem pela série Neighbours). Junta-lhes também Eve Baird (Rebecca Romijn, a Mystique dos X-Men) que será a guardiã dos Bibliotecários e por último, Jenkins (o veterano John Bernard Larroquette III que todos lembramos por exemplo, em Boston Legal), um tipo de curador, a trabalhar na Biblioteca há mais tempo do que aquele que alguém possa lembrar… Ainda assim, o Bibliotecário actual, que se mantém Flynn Carsen (Noah Wyle), não é substituído pois está ocupado tentado estabilizar a Biblioteca que de momento se encontra perdida pelo espaço e pelo tempo (olha o piscar de olho ao Dr. Who).

Se há mais com que passar o tempo? Sim, há. Podemos jogar Xadrez ou ir para a rua correr… Como não dá para jogar Xadrez a 3 (a quatro dava mas o Spock não é fã) e cá em casa ninguém é particularmente dado a corridas, bem, The Librarians é sempre uma opção. A ver no SyFy Channel.

Esta manhã, em conversa online com um costumeiro grupo de bons amigos, intervenho sem qualquer razão aparente com um estrondoso “Spooooooooooooorting!“. Assim, com ponto de exclamação e tudo.

Pedro Rebelo MEO

 

Mesmo contando com a referência que fiz nesse mesmo grupo a noite passada, a futebol e ao Sporting, não consegui evitar a estranheza dos participantes na conversa. É certo que não seria essa a minha intenção mas, para efeitos narrativos a frase fica bem aqui.

Resposta imediata de um deles: “Quem és tu e o que fizeste com o Rebelo?

É uma interjeição comum entre nós, perante uma atitude atípica de alguém que o grupo conhece bem, e que de alguma forma funciona como um pedido de explicação ou chamada à realidade. A minha resposta não se fez tardar e como de costume, deixava portas abertas para mais uma animada conversa:

Sou um Cliente MEO e vim do espaço para vos conhecer melhor. Trago comigo um livro e dou um prémio a quem adivinhar o título.

Juntem os pontinhos e digam de vossa justiça. Tudo isto tem um sentido e mais uma vez se comprova que há operadores de TV por cabo e operadores de TV por cabo, há livros e livros, há séries e séries, há amigos e amigos. E eu, digo-vos para além de qualquer dúvida, orgulho-me dos meus.

Basilio e Jorge Rosa, sabendo que para vós é claro, por favor, deixem que pensem.