Morreram quase todos… Ficou a Gwen. O Capitão Jack Harkness, como disse a Gwen, fugiu.
«You cannot just runaway» disse ela. «Oh yes I can. Just watch me…» e foi-se.
Torchwood «Children of Earth» veio tirar todas as duvidas a quem ainda as tinha sobre este spin off do clássico de culto Dr. Who. Vale por si.
Já faz mais de um ano que vimos as cenas finais desta magnifica série e na altura, parecia que tudo poderia acontecer. Para final, estava muito bem. Raios, quem via e gostava, sofria por não haver mais mas, estava muito bem, um bom final e não uma daquelas coisas parvas, de ultima hora, que se arranjam quando uma série é cancelada ou quando já ninguém pode com ela. Nada disso. Torchwood foi num crescendo fenomenal até ao ultimo segundo. Mas ninguém disse que era o fim. Podia voltar…
O culto foi crescendo. A web, os livros, os audiobooks… Há uns meses atrás, surgem os primeiros rumores: Torchwood está de volta. Já há manobras de bastidores…
«Children of Earth» fez sucesso quando foi transmitida nos Estados Unidos. Aliás, ao que consta, um sucesso nunca antes visto com uma série de Sua Majestade no outro lado do mundo. O sucesso deve ter sido tanto que de lá veio o empurrão final. Faça-se nova série. Dê-se Torchwood ao mundo.
No passado mês de Junho, num acordo celebrado entre a BBC Cymru Wales, a BBC Worldwide e a americana Starz Entertainment, a nova série de Torchwood foi oficialmente anunciada com a novidade de que desta feita, para além das ruas de Cardiff, a série irá também decorrer em várias localizações espalhadas pelo mundo. Foi também anunciado que Jack e Gwen (John Barrowman e Eve Myles respectivamente) lá estarão como não podia deixar de ser…
Se Torchwood já rebentava barreiras no que se referia à sexualidade (a bissexualidade assumida do Capitão Jack Harkness, a homossexualidade do falecido Ianto Jones, e as «experiências» sexuais de quase toda a equipa, extra-terrestres incluídos), que se esperará agora com a terra do Tio Sam a patrocinar a série?
Sexo alienígena à parte, Torchwood sempre contou com uma grande tensão erótica (mesmo quando toda a gente está vestida, o que aliás, se passa na grande maioria do tempo) entre os personagens para agarrar a história. No que ao erotismo se refere, ao contrário de muito do que se vê em ficção cientifica (nem sempre da melhor diga-se), Torchwood dá primazia às palavras sobre os decotes sobre lotados, de spandex metalizado. Tem classe…
Por cá, a série passou completamente ao lado dos principais canais televisivos (onde é que já ouvi isto) mas tem sido transmitida no canal por cabo Animax. Falta-lhe, ao canal, a promoção devida, levando a que se deixem escapar pérolas televisivas como esta. Em DVD, Torchwood viu lançada por cá, pela LNK, a primeira temporada mas mais uma vez, sem a promoção devida da série, presumo que tenha tido pouca procura e que, infelizmente, não se vejam as restantes.
Agora é só esperar. Serão 10 horas de história que, não estando ainda a filmar, já estão bem definidas e, segundo o criador da série, Russell T. Davies, dariam até, não para 10 mas para 20 horas de Torchwood.