Acabei ontem de ler “The last Templar“, uma das compras literárias feitas em Nova Iorque. O autor é Raymond Khoury e talvez alguns de vós conheçam o nome através da magnifica série televisiva da BBC “Spooks” (que passou por cá no AXN) da qual ele é um dos argumentistas. O tema é o da moda levada ao rubro com o Código DaVinci: conspirações religiosas.
A coisa começa muito bem com uma cena quase surreal no Met de Nova Iorque quando alguns homens a cavalo, trajados como Templarários entram pelo museu dentro, roubam umas quantas coisitas e cortam um cabeça. Nota: A exposição especial da altura tratava de reliquias do Vaticano. Meio caminho andando. Entretanto sabemos também que em 1291 os Cavaleiros do Templo sofreram uma grande derrota em Jerusalem ás mãos dos sarracenos. Houve alguns que fugiram de barco mas não estavam a desertar… Começamos a entender a história quase nem conhecemos ainda os personagens. Meio livro anda em torno de um misterioso aparelho roubado nessa tal cavalgada mas infelizmente, quando se esclarece a sua utilidade, desaparece resumido a uma importância quase nula. É nessa altura que começa uma viagem por terras do Islão mas não fiquei muito convencido sobre a forma como os nossos heróis lá foram parar… Os heróis. Pois. O policia crente (não por lhe ter apetecido mas sim levado à crença por um trauma de infância) e a bonita e mui inteligente arqueologa que irá encontrar Deus enquanto paixão e necessidade de crêr. Tudo isto, quando descobre a prova de que a história não é bem como foi contada…
Com bastantes dados históricos Raymond Khoury vai tentando dar uma certa credibilidade a uma acção que nem sempre a tem e oferece-nos um final que, satisfazendo os românticos, sabe a pouco a quem gosta de uma boa conspiração.
Foi um romance de estreia. Esperemos pelo próximo.