As preces são, ao que parece, sempre ouvidas. Por vezes são também atendidas. O jornal “Público” vai publicar a partir do próximo dia 7 de Março, todas as Quartas-feiras, um album de Spirou. São 20 albuns no total, com um preço de 5,40 euros cada.
Segundo o site Notas Bedefilas a lista de albuns a publicar é a seguinte:
- A máscara misteriosa, a publicar em 07-03-2007
- O chifre do rinoceronte, em 14-03-2007
- Os piratas do silêncio, em 21-03-2007
- O fazedor de ouro (“Le faiseur d’or”) INÉDITO, em 28-03-2007
- O anel de gelo (“La ceinture du grand froid”) INÉDITO, em 04-04-2007
- O homem que não queria morrer (“L’homme qui ne voulait pas mourir”) INÉDITO, em 11-04-2007
- O gorila, em 18-04-2007
- O gás do Kuko Jomon (“Du glucose pour Noémie”) INÉDITO, em 25-04-2007
- Z de Zorglub, em 02-05-2007
- Pânico na abadia (“L’abbaye truquée”) INÉDITO, em 09-05-2007
- A caixa negra (“La boïte noire”) INÉDITO, em 16-05-2007
- Paris submersa, em 23-05-2007
- Spirou e os herdeiros, em 30-05-2007
- Os ladrões do Marsupilami, em 06-06-2007
- Aventura na Austrália, em 13-06-2007
- Tora Torapa (“Tora-Torapa”) INÉDITO, em 20-06-2007
- A herança (“L’héritage”) INÉDITO, em 27-06-2007
- Os gigantes petrificados (“Les faiseurs de silence”) INÉDITO, em 04-07-2007
- O feiticeiro de Champignac, em 11-07-2007
- O ditador e o cogumelo, em 18-07-2007
Esta lista vem tapar algumas das falhas que existem na publicação desta colecção em Portugal com a publicação dos albuns inéditos. Para além disso, e ainda segundo o Notas Bedefilas corre o rumor de que as Edições ASA vão publicar já durante o mês de Março o 49º album da série: Spirou e Fantasio em Toquio que actualmente só se pode adquirir em françês.
Mas afinal, quem é o Spirou?
Spirou surge pela primeira vez em 1938 pela pena de Robert Velter para o lançamento do Journal de Spirou.
A personagem era um simpático groom (o moço do elevador) do Moustique Hotel e dai o uniforme com que se tornou famoso. Em 1943 as Edições Dupuis compraram a personagem a Robert Velter fazendo com que este não pertença a um autor especifico e permitindo assim que vários autores diferentes possam trabalhar o personagem. O primeiro desses vários autores foi Joseph Gillain (jijé) que em 1944 introduzio o personagem Fantásio na história tornando-o mais tarde no melhor amigo de Spirou. Como o trabalho pelo qual era responsável no Journal de Spirou lhe ocupava grande parte do tempo, em 1946 Jijé resolve passar o futuro de Spirou e amigos para as mãos do jovem André Franquin e foi este quem mudou radicalmente o conceito de Spirou. Deixamos de ter pequenas estórias e “apanhados” comicos e passamos a ter grandes aventuras com embrenhados enrendos. Foi também André Franquin que introduziu uma série de personagens que irão compor o universo de Spirou: Pacôme Hégésippe Adélard Ladislas de Champignac, conde de Champignac além de cientista e inventor (visto pela primeira vez em “O feiticeiro de Talmourol” – Il Y a un Sourcier à Champignac); Zantáfio primo de Fantasio e aspirante a ditador; Zorglub o cientista louco e a “adorável” Seccotine (que surgiu pela primeira vez no album “O chifre do Rinoceronte” – La Corne du Rhinocéros), jornalista incansável e que pode levar a estranhas paixões…
Franquin criou também para acompanhar Spirou um outro personagem que ganhou direito ao seu próprio Universo: Marsupilami, um bicharoco assim tipo macaco, amarelo com bolas pretas e com uma cauda capaz de realizar verdadeiros milagres de força bruta. Surgiu pela primeira vez em “Spirou e os Herdeiros” – Spirou et les Héritiers – em 1952. Foi precisamente com um documentário sobre este bicharoco feito na selva da Palombia que Secotine se tornou famosa (“O ninho dos marsupilamis” – Les Nids des Marsupilamis).
Em 1959 Franquin começa a trabalhar com Greg e Jidéhem no album “O prisioneiro do Buda” – Le Prisonnier du Bouddha. Esta estória começa, como algumas estórias de Greg na altura, com um enquadramento geo-politico real. “O prisioneiro do Buda” é passado na China fazendo claras referências à Guerra Fria que se começava a desenrolar. Também em “QBR sobre Bretzelburg” – QRN Sur Bretzelburg – Greg volta a ilustrar a realidade situando a acção entre dois paises (inventados) europeus fazendo lembrar a situação das duas Alemanhas. Esta estória foi originalmente publicada em tiras no Journal de Spirou entre 1961 e 1963 mas tomou mais tarde a figura de album em 1966. Foi aliás com Greg que Franquin criou o atrás referido Zorglub (“Z de Zorglub” – Z comme Zorglub – e “A Sombra do Z” – L’ombre du Z).
O último album de Spirou pela mão de Franquin foi “Amas secas em Champignanc” – Panade à Champignac. Publicado em 1969, este album começa com os nossos herois a irem tirar umas pequenas férias a Champignac para que Fantasio descanse um pouco do stress causado pela presença de Gaston Lagaffe na redação onde este trabalha. Aqui já se espelhava a importância que Franquin começava a atribuir a um personagem criado por si: Gaston Lagaffe. Em “Amas secas em Champignanc” vê-se claramente que Franquin estava já farto de Spirou e faz por mostrar isso criando vários fins possiveis para a estória num ofensivo “qualquer coisa serve”. O album finaliza com uma aventura extra (Bravo para os Brothers – Bravo Les Brothers) que o próprio Franquin descreve como uma aventura de Gaston disfarçada. Estava na hora de abandonar o barco mas o Spirou não morre. Passa para as mãos de Fournier na altura quase desconhecido mas um grande admirador de Spirou. Com Fournier Spirou começa a mudar de roupagem abandonando o uniforme de moço de elevador e mantendo unicamente o chapéu. É também com Fournier que Spirou passa a ser um heroi com uma mais vincada personalidade politica…
Esta estória continua mas não é hoje ok?
p.s. O texto acima é baseado em informação recolhida em várias instâncias da Wikipédia.
Eu vi mal ou isto teve aqui um template novo há uns minutos atrás? :P
Viste bem… Eu ando a pensar em mudanças… Mas ainda não acertei na base para o desenvolvimento e como gosto de trabalhar sempre em ambientes de produção… Andei a ver dias e horas de menor trafego para fazer uns testes… Fui apanhado.
Heheh.. cá espero (esperamos) novidades. Do pouco que vi do outro gostei ;)
nunca li muito do spirou… mas sou fã do gaston :)
Boas Ana. Não posso pronunciar-me muito sobre o LaGaffe pois conheço mesmo só o que vi no Spirou e pouco mais mas estou bastante curioso. Haja tempo e dinheiro para tal. Aproveita esta promoção (se estiveres por cá) para conhecer o jovem Spirou. Tenho a certeza que o irás achar encantador… Foi bonito não foi???
eu adoro o spirou é lindo. eu acho que a bd é uma ligação muito forte entre várias pessoas,uma amizade pode depender de duas pessoas gostarem da mesma bd.Eu faço bd para o jornal e vocês ?
eu adoro o spirou é lindo.