Já lá vão dois dias e eu ainda não vos tinha dito nada mas digo-vos agora: Já não passo os dias no Deserto, desculpem, no Tagus Park. Já não bebo café no Martinho da Arcada quase de madrugada e já não viajo no corporativo.
Em compensação já vejo cores, ouço pessoas na rua (diabos, passaram duas manifestações hoje mesmo abaixo da minha janela) e buzinas. Não imaginam o quão bom é ouvir buzinas… Querem mais detalhe? Descer a Rua Augusta mas sem pressas, beber café de verdade mesmo antes de entrar (até me dizem bom dia e obrigado), ver que estão mesmo ali à mão os jornais do dia (sem contar com o Metro e o Destak), sentar-me e ter mais luz do Sol a entrar pela janela (e eu que até nem sou dessas coisas) do que luz branca das lâmpadas sobre a cabeça… E o rio. O rio está já ali ao fundo.
Já não faço parte de uma equipa de desenvolvimento. Agora faço parte de uma equipa de comunicação. Bem, o que eu fazia antes já estaria no âmbito da comunicação e não no do desenvolvimento mas… Não me vou alongar. Já sabem que não é meu costume por aqui escrever de trabalho. É daqueles temas em que não quero misturar os dois universos. Fico-me só pela alegria de vos poder contar que posso voltar a tirar fotografias, subir ao Chiado de manhã ou ao Castelo à hora de almoço. Ver o rio ao final do dia…
Por falar em fotografia, apresento-vos o conceito da minha mais recente aquisição: Já que conduzo pela cidade todo o dia, porque não documentar a cidade em fotografia a partir do meu carro? Sim, este é o tipo de ideia que eu poderia ter tido se conduzisse mas não fui eu o primeiro a lembrar-me de tal e sim um senhor de nome David Bradford e ele conduz um táxi em Nova Iorque. Mas atenção: David Bradford não é somente um taxista. Tem formação superior em desenho e ilustração e até já foi director de arte do famoso Sacks na Fifth Avenue. Um dia resolveu deixar de trabalhar por conta de outrem e passar a conduzir um táxi para ficar assim com mais tempo livre para os seus projectos pessoais. Lembrou-se de fotografar a cidade que nunca dorme enquanto conduzia de forma a ter nessas fotografias bases de inspiração para novos desenhos. Pois são exactamente 10 anos dessas fotografias que constituem o livro Drive-By Shootings. São imagens daquelas que qualquer pessoa que visite Nova Iorque gostaria de trazer consigo. O para-brisas serve muitas vezes como uma lente adicional. Os limpa para-brisas como efeitos, os espelhos retrovisores ajudam às montagens que não o sendo assim o parecem… Enfim, recomenda-se.
E mais uma vez, por falar em fotografias e em taxistas, não podia deixar de me lembrar de uma série de fotografias que tirei nos idos anos do inicio do século… A ver… A comentar ok? Taxistas de Lisboa.
qualquer coisa é melhor que o tagus park , então o centro de lisboa é o melhor para trabalhar…civilização…Pedro entra com o pé direito e encontramo-nos por aí…tambem trabalho no chiado….
Irra!! que estava dificil chegar aqui!!!
Vai pondo fotos da cidade para me matares de inveja…vai!!!
Devo ser caso único, não gosto de Lisboa para trabalhar. Os transportes e transbordos deixam-me letargica e irritadiça. Por acaso o marido agora está pelo Tagus durante uns meses num projecto.
Obrigado pelo link do drive by shootings. Está a fazer um ano que lá fomos e sinto-me nostálgica como nunca. Vivo a cuspir nos EUA (bush), mas dava um braço para lá voltar. Mas agora a West Coast, talvez Vegas ou SanFran area… Dou por mim a ver empregos para aquelas bandas…
Como se costuma dizer “Quem espera sempre alcança”.
Agora já não tens razões para te queixares… estás nas tuas “7 quintas”.
Fico à espera das dezenas..centenas de fotografias que irás tirar…
PS: centro de Lisboa = civilização? e o resto = a quê?
Boas Ana. Desculpa só agora te responder. Tal como já referi à loira noutro post, isto tem andado complicado e sem tempo. Vale o facto de estar efectivamente a trabalhar onde quero e a fazer o que gosto… Quanto ao almoço, ora pois muito bem, temos que combinar qq coisa para um destes dias…
SS, já te respondi noutro post… Beijinhos.
LG, para ti não te mando beijinhos ok? Tu tens barba… Onde andas miúdo? Vê lá se apareces por aqui já que tens tanta disponibilidade… Desde que vim para aqui trabalhar já fui almoçar com dois ou três amigos com quem não almoçava há muito, muito tempo… Sim, isto aqui não é o bcp rural… Isto aqui, como diz a Alburcas, é a civilização.
Boas Célia… Desculpa só agora responder ao teu comentário mas só agora vi que ele estava na área de moderação. Relativamente a trabalhar em Lisboa e ao gosto por tal é capaz de ter muito que ver com o facto de eu ser Lisboeta e viver em Lisboa… Tipo, sair de casa às 08h15m para chegar ao trabalho às 08h30 (loira, fica a roer-te de inveja). Isso conta muito. Mas para alem disso há também o facto de que, ver cores, gentes e formas ajuda muito quando tens que fazer um trabalho que exige algo de criativo mas ao mesmo tempo controlado ou seja, dá-te ideias mas dá-tea conhecer também as verdadeiras “trends” que passam por ti na rua.
Ah NY, NY… Ainda ontem falei dela (haverá dia que não falo???) mas também estava a comentar com a Susana que gostávamos de visitar New Orleans… A ver vamos se um dia…
Tanta disponibilidade?!?! Deixa-me rir….
Ando perdido nos limites da civilização (Algés)… Por isso não dá tempo para almoços…