Pois que as férias (pelo menos em terras do Algarve – ainda se pode escrever só com um L não pode?) já terminaram. E as férias por Lisboa também estão quase a terminar. Agora é essencial focar o pensamento naquilo que verdadeiramente interessa: Planear as férias de 2008.

Se pode parecer piada não o é. Trata-se efectivamente de uma preocupação de maior uma vez que as férias de 2007 foram propicias a decisões de vida e planos de futuro (alguns dias menos solarengos) mas sobre tudo isso escreverei a seu tempo (se tiver tempo bem entendido). Agora 2007.

Voltámos a Altura. Mais propriamente à Praia do Cabeço. É verdade que cá por casa nunca fomos fans do Algarve (sem qualquer desagrado pelos algarvios entenda-se) mas confirmámos este ano a ideia com que ficámos o ano passado. Há mais do que um Algarve. E o Algarve de Altura é mais o nosso género. Não é o Algarve das festas e do Jet 5 (há muito pouco jet set em Portugal e não me parece que ande muito pelo Algarve), das marinas apinhadas de iates e botes nem dos cafés em que os empregados não falam português… É um Algarve um pouquinho mais calmo onde, para alem do areal infindável podemos também contar com as tais pequenas pérolas que toda a gente gosta como o mercado local para comprar o peixe fresco ou os restaurantes em que comemos o tal peixe com os pés enterrados na areia… Ali não há grande vida nocturna (nem diurna ao que parece) o que se revela óptimo para os nossos intentos. Bem, não deu propriamente para o descanso pois a Patrícia já não vai na conversa da sesta mas mesmo assim deu para esticar o corpo ao sol todas as manhãs e respectivos fins de tarde, deu para dar um pulo a Espanha para comer uns bocadillos na Cerveceria 100 Montaditos em Huelva e, não podia faltar, deu para ver uns episódios de Weeds (Erva cá por terras lusas) e ainda uns filmes que estavam em falta no curriculum.

Sobre Weeds já pouco se puderá escrever que não esteja já por ai em mil blogs por essa Internet fora… Politicamente incorrecta (para usar um cliché) esta série é apresentada pelo canal de televisão por cabo Showtime (que já nos deu outras maravilhas politicamente incorrectas como a fantástica Sleeper Cell) e em Portugal passa na 2 às Segundas à noite. Mesmo assim vale sempre a pena referir que é uma série a não perder. Sobre os filmes ficam curtas notas uma vez que também nenhum deles é novo. Vimos Scoop (uma falha imperdoável uma vez que se trata do inicio do período britânico do Mestre Woody Allen) e “As Bonecas Russas” que se trata de uma continuação do genial “Residência Espanhola“. Scoop é uma obra de génio sem qualquer dúvida. Um Woody Allen diferente mas genial como sempre. Já “As Bonecas Russas”” deixa a desejar. Ainda que tendo gostado (a opinião da Susana não foi a mesma), este filme não faz justiça ao anterior e devia pois rever a história daqueles estudantes do Erasmus e ver como seria a vida deles anos depois, daria certamente um grande filme… Não deu. Numa noite sem sono tive ainda a oportunidade de ver (também na 2) “Anything Else — A Vida e Tudo o Mais“. Este filme de Woody Allen (grandes férias hein?) foi o filme de abertura do festival de Veneza em 2003 e é fácil perceber porquê. Woody representa Dobel um escritor mais velho que tem como protegido Jerry Falks (Jason Biggs de American Pie lembram-se?), também escritor e com uma vida amorosa que não lembra ao diabo… Para quem não gosta de Woody Allen (atenção que se trata do Woody Allen de Nova Iorque. Aqui a cidade também é um personagem) certamente é um filme de fugir. Para quem gosta (como eu) é garantia de um momento bem passado e mais uma vez, de muito em que pensar…

Bem, já vai longo o texto só para vos dizer que já cá estou… Assim que possa há mais. Muito mais. Tipo Arroz de Lingueirão com linguado frito à acompanhar…