Deixar de fumar voltou a ser assunto. Da campanha protagonizada pelo Diogo Infante às várias opiniões que se vão espalhando pela Internet, deixar de fumar é novamente um tema de grande valor. No dia de Natal de 2005 eu escrevi por aqui: Como deixar de fumar? Simples. Metendo o maço ao bolso e dizendo: Agora não fumo mais. Nesse dia fazia um ano que tinha decidido deixar de fumar.
Muitas vezes disse (para mim e a outros) que deixava de fumar quando quisesse. Não havia quem acreditasse. A fumar desde os 12 anos e ao ritmo de 40 cigarros por dia (estamos a falar de um dia normal, sem grande stress, sem noitadas…), parecia quase impossível. Principalmente porque eu sempre fui daqueles fumadores que gostam do fumo. A dia começava com um cigarro (ou seis quando saia de casa) e terminava com um cigarro. Um café implicava, no mínimo, dois cigarros. As noites de Verão tinham um gosto especial quando ficava no pátio a olhar para o céu e de cigarro na mão. As noites de Inverno também mas o cigarro fazia companhia frente ao monitor (de cantos já amarelados) e enchia o teclado de cinza… Mas eu mantinha a minha. Deixava de fumar quando quisesse.
Deixar de fumar. De vez!
No dia em que a Patrícia gozava o seu primeiro Natal sai de casa para beber um café. Já levava dois ou três cigarros fumados. Mais um a caminho do café, um ou dois a acompanhar e outro cigarro para o regresso. Já a chegar à porta de casa pensei que seria uma boa prenda de Natal para todos lá em casa se deixasse de fumar. Apaguei o cigarro com o pé antes de entrar e não disse mais nada. Não tinha medo de recaída nem nada do género. Achei que os meus cigarros eram uma coisa minha (note-se que não escrevo “um problema meu”) e teria que ser eu a enfrentar o que estava por vir. Três dias se passaram e ninguém notou que eu já não fumava… Ninguém. E eu tinha a casa cheia de gente.
Nesse final de ano estive de férias mas fiquei sozinho pois a Susana estava a trabalhar. Óptima oportunidade para mais uma prova de fogo. O almoço no restaurante. Nunca gostei de almoçar sozinho. Ainda hoje prefiro não almoçar a não ter companhia para almoço. Pois naqueles dias lá fui, de maço de tabaco no bolso, sentar-me à mesa do restaurante. Do frango assado ao cozido à portuguesa, sempre com direito a sobremesa. Não fumei nenhum cigarro. Estava cada vez mais confiante. Deixar de fumar. Tal como eu dizia, bastava querer.
Os dias foram passando, voltei ao trabalho e com a novidade para todos: “Deixei de fumar pessoal!”. Ninguém acreditou. O fumo andava sempre ali à volta. Eu brincava quando alguém perguntava se podia fumar: “Sim, sim. Por favor. Acende o cigarro e não fica aqui perto…”. Não fumei nenhum cigarro. Com o passar do tempo as provas sucederam-se. As noitadas com amigos em casa, as idas a bares e discotecas, as chatices do dia-a-dia… Não fumei nenhum cigarro.
É raro o dia em que não ouço alguém a dizer que quer deixar de fumar e não consegue. Se calhar não quer é a conclusão a que chego. Vejo pessoas que passam de um maço de tabaco por dia para três ou quatro cigarros. “Ah e tal, mas depois fomos sair e acabei a fumar um maço nessa noite.” Pois. “Eu no trabalho não posso fumar mas quando chega à noite vingo-me.”. Alguém me explique. Se mais de metade do tempo que estão acordados conseguem estar sem fumar…
Hoje onde trabalho, tenho vários colegas que fumam (quase todos). Não fumo nenhum cigarro. O segredo para deixar de fumar? Querer. A sério. Não consigo imaginar outro. Ainda hoje tenho os dois maços de tabaco que tinha no dia em que deixei de fumar. Um em casa e outro no trabalho. A ideia na altura foi garantir que, se quisesse fumar fumava. Se não fumasse então era porque não queria e nunca por falta de tabaco. A pior coisa que eu podia imaginar era querer fumar um cigarro e não ter.
Voltar a fumar?
Não digo que não voltarei a fumar. Ao fim e ao cabo “sempre fui daqueles fumadores que gostam do fumo”. Mas se voltar a fumar um dia sei que o farei por que quero. E depois, só tenho que deixar de fumar outra vez. Mas era uma verdadeira estupidez não era?
Deixei de fumar com adesivos de nicotina durante um ano. O processo não foi tão mal como esperava…tosse nas primeiras semanas, alguma irritação mas nada de grave. O pior mesmo foi o aumento contínuo de peso (8 kilos) e ver que a roupa deixava de servir e não sentir motivação para fazer exercício físico. Agora dois anos depois de voltar a fumar, quero parar! Mas, quero usar a experiência mal sucedida do passado para me ajudar. Espero conseguir.
Olá! Estive a ler os vossos testemunhos e gostava também de deixar o meu. Com 33 anos e após 17 anos como consumidor de tabaco (17 cigarros/dia +/-), parei de fumar há 2 meses e meio, sem qualquer ajuda química ou de outro tipo. Ajudou-me imenso a leitura do livro de Allen Carren – “O Método Simples para deixar de fumar”, que me ajudou a reconhecer as barreiras psicológicas a quebrar. E assim foi, de um dia para o outro… parei… aumentei a actividade física com caminhadas de 1 hora e passadeira intensiva de 20 minutos, para ajudar a manter o peso… meus amigos… o que eu saliento mesmo é a ENORME diferença nos sentidos (cheiros; sabor;…), a vitalidade física, o prazer de superar o dia-a-dia…
Força a todos os que querem iniciar o caminho de libertação da ilusão do cigarro…
Boas
ainda tou sem fumar desde janeiro. nao me tem custdo muito, tem sido ainda mais facil que da 1º vez, nao sinto mesmo falta nenhuma. Comprei uma BTT ainda antes de deixar de fumar e diferença de rendimento é brutal, o coraçao trablaha com muito menos esforço e respriração é muito mais facil, sintia-me um mês depois de deixar muito mais leve e muito mais resistente à fadiga, no inicio 15 km ja me partia todo, agora faço entre 30 a 40 km sem qualquer problema.
Noto tambem que tou bastante intolerante com o fumo dos outros, enjoa-me só o cheiro, nao o suporto. Quanto aos kg a mais foram muito poucos 2,5 kg.
Neste momento sinto-me muito bem com folego pra corer atraz dos meus putos e jogar a bola com eles sem cair pro lado pouco depois.
Exacto. Força de vontade. É tudo o que é preciso para deixar de fumar como, digo eu, para deixar qualquer outra coisa na vida… excepto a doença e a morte.
A questão, no caso, e digo-o enquanto fumador inveterado que nunca tentou nem quer tentar deixar de fumar, é que ainda é necessária mais força de vontade para não transformar uma opção individual (fumar ou deixar de fumar) numa cruzada militante. Com tantos problemas (sérios, graves) no mundo, a tentação totalitária pelo antitabagismo – feroz e acéfalo – acaba por demolir qualquer argumentação putativamente altruísta de tão frívola quanto violenta campanha em prol da “saúde” a qualquer preço. Aliás, esta campanha segue a mesmíssima linha “ideológica” das outras, concomitantes: pela magreza compulsiva, pela beleza obsidiante, pela juventude forçada.
É bom, é excelente, que as pessoas deixem de fumar e que, principalmente, não se iniciem nesse hábito (de facto) pernicioso. Mas o terreno da “virtude” é extremamente escorregadio: pode tornar-se mesmo, quando obsessivo, num vício de efeitos extremamente nefastos: o vício da catolização. A fixação pela superioridade moral terá, inevitavelmente e por definição, efeitos práticos muito piores do que aquilo que teoricamente considera inferior e que pretende por isso mesmo erradicar.
Contestando algo que li aqui:
“Parabéns pelo objectivo alcançado”
Deixar de fumar não é um objectivo que se alcança! É um objectivo que se vai alcançando… :)
Eu tb foi igual! Um dia decidi deixar de fumar. Não disse a ninguém, mas a minha mãe é matreira e num almoço com a família ela disse a toda gente. “Ele já não fuma à uns dias…”
Enfim, Mãe é Mãe, mesmo quando se tem 32 anos!
Já lá vai um mês sem fumar. Tb tenho um maço em casa, sem vontade de lhe tocar. Ou melhor. Com muita vontade de lhe tocar mas… esforço é esforço!
Entretanto à 15 dias fui a um concerto. E fumei 2 cigarros seguidos. Depois disso e no dia a seguir continuei sem fumar com a mesma “dificuldade/força” como no dia anterior.
Estou preparado para se sair à noite, e fumar um maço de “penalti”, no dia a seguir terei de continuar a fazer o esforço que tenho feito sempre! Não sei se é boa ou má política. Mas eu acredito que possa fumar como se bebe um wiskie! De meses a meses… E eu era tão “viciado” como o autor do texto em cima!
Abraços e força para deixar o vício!
Começei a fumar aos 11 anos e larguei o tabaco dia 7 de Fevereiro de 2008, com 44 anos. Foram 33 anos a fumar 2 maços por dia, charutos e cigarrilhas…Em Outubro disse neste blog que iria deixar de fumar e consegui-o com Champix. Ao principio quando me enervava ficava logo com vontade de fumar, e tb engordei 18 kg em 2 meses. Agora ando num ginasio a tentar recuperar a forma e ja consigo respirar bem e nadar seguidamente. Fiz o tratamento e ao fim de 2 meses resolvi começar a desmamar o champix. Quando estava a deixar de fumar, tudo mudou: tinha excesso de sono, dormia 36 horas aos fins de semana, estava sempre cansada, tinha muita fome de doces, ausencia de concentração e haviam periodos em que só me apetecia desistir de tudo e voltar a fumar, pois haviam alturas em que sentia ainda vontade de fumar. Ainda bem que não o fiz…agora ja me concentro novamente, durmo normalmente, ja nado seguidamente e ja nao sinto vontade de fumar! ja nao sou ansiosa e sinto-me bem !
Foi custoso mas o meu lado racional venceu o lado emocional… Ainda hoje o cheiro do tabaco é-me agradável e consigo estar em zonas de fumadores e com amigos que fumam , assumindo-me como ex-fumadora recente. Valeu bem todos os esforços que fiz para deixar de fumar, pois agora sinto-me LIVRE !!!!
Não sei se voltarei ou não a fumar, mas se o fizesse, não seria uma grande irracionalidade ????
Parabéns. Eu tb fiz o tratamento com o Champix e teve uns meses sem deixar de fuma e mais 6 Kilos na balança. Deixei de ter dores de cabeça, respirava melhor, mas 6 kilos a mais na balança para um ex anorectico é algo de insustentável. Sentia-me um elefante. Kd ia começar o desmame com o Champix, tive de ser operado e suspender de imediato o tratamento, um mês antes da operação. Na véspera n podia comer, beber ou mascar pastilhas elásticas. Então fumei o dia todo, pensando, dp paro. Qual quê! dp da operação, devagar devagarinho….voltei a fumar à grande e à francesa. Irritada comigo mesma pk dp de tanto sacrifício o vício venceu, mas ao mm tempo, alegre, pk em 2 semanas havia voltado a ser a “Olívia Palito”. Acho k irei novamente à luta contra o vício, mas tenho de estar com o querer bem firme e só com a garantia k a balança n vacila.
Rosa Carvalho, o e-mail que recebeu deve-se ao facto da Rosa ter deixado um comentário aqui no site (www.browserd.com) em Outubro do ano passado. Respondeu ao e-mail que recebeu e essa resposta veio para mim, autor do site. No entanto, não sou eu que lhe posso responder à sua questão. A melhor forma de obter resposta à sua questão é coloca-la aqui no site, mais precisamente na caixa de comentários deste artigo.
jA FUMO A CERCA DE 20 ANOS. ESTOU A PENSAR DEIXAR DE FUMAR SEI QUE NECESSITO DE MUITA FORÇA DE VONTADE, A CADA DIA QUE PASSA MENTALIZOU-ME QUE TEM QUE SER. sE CALHAR VOU PRECISAR DE AJUDA DO CHAMPIX OUVI DIZER QUE FUNCIONA. sEI QUE VAI SER UMA GRANDE BATALHA QUE SÓ A MINHA FORÇA DE VONTADE PODE VENCER
Eu não sei o que é esse champix! Mas se funcionasse as pessoas não engordavam como engordaram! Repare-se: A Helena e a latinRose laragram/tentaram largar o vicio com o champix e engordaram 18 e 6 kilos respectivamente.
Se champix resultasse elas não teriam procurado enganar o vicio com doces e apetites culinários repentinos!!!
Não se enganem, só deixam de fumar com força de vontade. Eu deixei à quase 2 meses… Não engordei porque ando num ginásio à 4 meses…
Li em muitos lados que quando se deixa de fumar sentimos isto e aquilo, etc etc… eu ainda não senti nada e respiro exactamente da mesma forma!
lol