Que eu gosto de banda desenhada não há dúvida. Já por aqui o afirmei mais do que uma vez. E não é só franco-belga e coisas do género. Também gosto de uma boa dose de american comics.
E se a estes se juntar uma boa dose de conspiração, religião, tipos que são suicidados e coisas do género, já se está mesmo a ver que o interesse sobe em flecha. Tudo isto misturado com um bom desenho e estou completamente rendido.
Revelações
Ora aqui está um sumário das boas razões para ter comprado “Revelações” ou Revelations no original.
Antes de mais foi uma boa surpresa ver a edição nacional da BDMania. Uma qualidade invejável que saltava à vista entre tantas outras edições da estante. A combinação cor / papel é meio caminho andado para folhear o livro.
Entretanto chega o desenho. Num estilo quase cartoon, os desenhos parecem fluir de página para página com bastante expressividade e a forma como são coloridos parece dar corpo à história, fazendo com que, apesar de negra, nos encha os olhos.
Depois chega o enredo. Com ele chegam detectives, padres e cardeais, suicídios no Vaticano, sexo, advogadas jeitosas, sociedades secretas e… O quarto segredo de Fátima!
O detective Charlie Northern vai ter muito com que alimentar as suas tão apreciadas teorias da conspiração.
Já vimos isto em algum sitio não?
O Codigo DaVinci? sim. E depois? Quantas histórias, boas e más, giram à volta destes temas? Esta é mais uma. Das boas.
Já estive com esse livro na mão um par de vezes mas nunca me levei a comprá-lo.
É verdade que os dois nomes são de peso, tanto o Paul Jenkins como o Humberto Ramos já têm créditos firmados nos Comics.
A arte do Ramos é absolutamente fantástica, quase tocando o surreal na maneira como ele parece tornar as personagens exageradamente humanas e expressivas. Uma pessoa olha para o trabalho dele e consegue realmente acreditar que ele deve ter-se divertido a fazer o livro bem mais do que nós a lê-lo, e isso significa qualquer coisa.
Pode ser que faça como fiz com o Wanted. Comecei a ler um dia por acaso, na Fnac, enquanto fazia tempo para um jantar, e na 2ª feira seguinte, na primeira papelaria por onde passei, comprei logo o livro para poder acabar de o ler no conforto do lar…