A historia de Maria Buenos Aires e o seu grande amor, o Tango. Penso que esta é a melhor linha para descrever o magnifico espectáculo que se realizou na passada sexta-feira na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.

O Tango é um espectáculo que anda a correr Mundo e que, aparentemente não se cansará tão cedo. Só em Portugal foram 6 exibições em 6 cidades diferentes e se todas as salas tiveram a afluência que teve Aula Magna, garantidamente os artistas terão mais vontade de continuar.

A primeira hora do espectáculo leva-nos a uma viagem que começa no inicio do século passado num qualquer café de rua, viaja até aos loucos anos 20 para conhecer um bordel de então e termina num baile de salão da década de 50. O que une tudo isto? O tango passou por lá.

A segunda hora (sim, com 30 minutos entre elas) foca-se então na loucura de Tango e nas suas memorias, do mais negro dos seus infernos até à revelação da sua luz, no encontrar da sua razão, da sua Maria.

Há de tudo. Estalo, murro, pontapé, empurrão e navalhada. A prostituta que os corre a todos e as meninas mais recatadas. Os músicos são fenomenais e facilmente nos colocam em cada uma das salas. Os dançarinos… Bem, que dizer sobre eles e elas que rodopiavam sem tocar no chão e nos envolviam em passes de tremenda sensualidade. Um verdadeiro espectáculo digo-vos eu. E as vozes? Caludia Pannone e Sebastian Holz, Maria e Tango (serão fantasmas?) arrebatam cada cena, cada coração presente.

O Tango foi memorável e deixou a vontade de mais. Venham de novo que certamente lá iremos.

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