Saltos altos. O tema é polémico. Os saltos altos fazem parte do nosso imaginário (leia-se sonhos), da nossa herança cultural. Saltos altos sem saltosOs saltos altos são objecto de estudos sérios (e outros menos sérios) há muito tempo. Uns relacionados somente com a saude e outros focando outro dos motores da sociedade: o sexo. Alguns destes estudos juntam o útil ao agradável e focam ambos os temas (vejam o exemplo no artigo recentemente publicado na BBC Online referindo um estudo que chega à conclusão de que o uso de saltos altos pode melhorar a sua vida sexual).

Saltos altos e a libido

É claro que não é necessário nenhum estudo para sabermos que o uso de saltos causa efeitos sobre a libido da maior parte dos homens. E sabemos também que o efeito existe em muitas mulheres (referência subtil ao meu post sobre L Word). Só por isso, os saltos altos já devem ser considerados património da humanidade mas enfim, lá se desculpa ainda ninguém se ter lembrado de tal. Sempre vai valendo aos admiradores da verdadeira arte a Internet e os seus mil e um sites dos mais fantásticos fetiches…

Saltos altos sem… saltos?

Agora de repente, eis que de forma verdadeiramente macabra e monstruosa, querem acabar com os saltos altos. Sim, leram bem. Querem acabar com os saltos altos. Criaturas como a Victoria Beckham (que infelizmente servem de inspiração a muito boa jovem que por ai anda – e eu escrevi muito boa jovem e não jovem muito boa note-se) já pagam cerca de 3.000 euros para andarem em cima destas verdadeiras aberrações que são os sapatos de salto alto sem salto.

As opiniões que se encontram pela Internet vão na sua maioria no mesmo sentido: Não faz sentido. Alguém escrevia um destes dias:

Do I hear Briton Antonio Berardi laughing his ass off in the background? Yes, I do. Because he came up with impractical stupid shoes and attached an insanely overpriced price tag to them, and the next thing you know, there are A-List celebrities who paid him his money to wear the heels with no heels. Congrats to the winners.

E com toda a razão. Também eu no lugar do Berardi (criador das peças aqui apresentadas) estaria a rebolar no chão agarrado à barriga de tanto rir. Assim como o meu gerente de conta.

Estou preste a começar o movimento Salvem os Saltos Altos.


Pois que leve mais leve do que o MacBook Air parece não haver. nem mais fino. Tão fino que vai para o lixo misturado com os jornais velhos da semana… E não sou eu quem o escreve. ou melhor, sou, mas refiro-me ao que aconteceu a Steven Levy, editor sénior da Newsweek e responsável pela secção The Technologist dessa mesma revista.

Um fim de semana de contrastes é a melhor forma de definir a experiência gastronómica de Sábado e Domingo passado.


O Sábado foi celebrado (numa ténue referência ao Dia Internacional da Mulher) com uma visita a um restaurante vegetariano (a segunda deste ano) ali na Av. José Malhoa. Green Pepper. Um ambiente muito agradável com uma decoração moderna e simples e uma musica ambiente a condizer eram complementados com simpatia. Explicado que estava o funcionamento da casa (buffet livre e pratos à la carte) é sugerido o sumo do dia (laranja e banana) e sirvam-se se faz favor. Sendo que sou avesso a coisas como tofus e sojas que não rebentos pensei por momentos ficar limitado a folhas de alface e rodelas de tomate mas rapidamente se esfumou a impressão (o termo talvez não seja o mais correcto mas enfim…) com o buffet apresentado. A sopa de alho francês estava deliciosa. Não investindo o paladar em coisas que me são mais estranhas como legumes estufados, arroz integral ou até mesmo pimentos recheados fiquei pelas saladas compostas com grão, feijão, pepinos e cebolas e fiquei muito bem mas garante a Susana (para quem deambulações pelo vegetarianismo são mais facilmente aceites do que por mim) que estava tudo o resto muito bom.

Sendo que ao almoço a escolha de buffet é tipo menu fixo, o preço foi igualmente uma agradável surpresa deixando-nos a caminho de casa com a sensação de que estávamos bem em todos os sentidos.

Já o Domingo iria deixar-nos com uma sensação radicalmente diferente ainda que extraordinariamente boa. Combinámos com um grupo de amigos um almoço em grande. Levar os miúdos e fazer uma daquelas refeições prolongadas. O sitio escolhido foi o restaurante “A Escola” em Cachopos perto de Alcácer do Sal.

O edifício só por si inspira certa graça. ainda que de entre os presentes ninguém tivesse estudado em tais escolas, todos nós reconhecíamos as instituições Estado Novo em que estudaram os nossos pais. A letras ainda lá estão a anunciar a “Escola Primária”. Entra não entra espera não espera está lá servido e pronto a beber o moscatel da região (Setúbal) para ajudar a passar o tempo. Junta a este a ardósia de outros tempos e uma ou duas carteiras das antigas estrategicamente mantidas para dar um toque de encanto a todo o restaurante. A reserva feita com algumas semanas de antecedência revelou-se uma grande mais valia. Não só não havia mesa vaga (a não ser as nossas que aguardavam) como quem atendia o telefone à entrada repetia insistentemente que não tinha como sentar mais ninguém sem reserva).

As entradas chegaram à mesa em forma de cenoura aberta, linguiça frita, pimentos desfiados, salada de atum envinagrada enfim, uma série de pequenas delicias. Pouco depois (dando ainda assim tempo a que se repetissem algumas das iniciais iguarias) chegavam os peixes. Arroz de choco com camarão do rio. Um choco delicioso, suave sem ser mole acompanhava um arroz solto e caldoso que a toda a gente agradou. Seguiu-se um ensopado de cherne. Houve logo ideia por alguns de que pão molhado não era comida de bom gosto mas provado que foi o ensopado com o tal do pão torrado lá dentro e o cherne no ponto, a ideia se desfez e poucos foram os que não repetiram.

Em ritmo correcto vieram depois as carnes começando por um magnifico entrecosto com batata de rebolão. Foi comer até fartar (que havia sem duvida comida à farta). Como nestes almoços parte essencial da festa é a conversa, ainda alguns de nós mal tínhamos provado a tal batata e já estava outra pérola da casa em cima da mesa. Empada de coelho bravo. Com um aspecto fenomenal e um sabor que em nada lhe fica atrás, este foi para muitos dos presentes a estrela da tarde. Pela minha parte tudo o que veio à mesa fez brilhar a constelação d’A Escola. Mas sim, esta empada era algo de outro mundo.

Vieram por fim os doces em forma do já tradicional pijama ou seja, as travessas com um pouco de tudo o que é tradicional pelos campos do Alentejo (um pão de rala memorável até para quem não gosta de gila) e mais um pouco (um bolo de brigadeiro de chorar por mais). Para fechar em beleza foi servido um licor de bolota que faz qualquer um lá voltar por mais… 4 horas à mesa do melhor que se tem provado.

Antes da partida ainda deu tempo para que os mais novos brincassem um pouco (não fosse aquilo uma escola) entre escorregas, baloiços e cavalinhos de madeira…

A sensação já sobre a ponte Vasco da Gama era de que não haveria jantar para ninguém.

Restaurante A Escola
Estrada Nacional 253 – Cachopos
7580-308 ALCÁCER DO SAL

Telf: 265612816

(Siga Estrada Nacional 253.
Entre Álcacer do Sal e Tróia está a localidade de Cachopos, onde se encontra o restaurante.)

Restaurante Green Pepper
Avenida José Malhoa 14 Loja 2 – Lisboa
1070-158 LISBOA

Telf: 217260001

A Planeta DeAgostini salvou a honra do Pais e editou a mini-série Galáctica por terras lusas. De entre todos os admiradores deste épico espacial não havia (há) quem entendesse o porquê desta edição não existir. A Universal editou a primeira série e passado algum tempo editou a segunda. Ainda se pensou que a mini-serie fosse editada com a primeira época mas nada. Moral da história: só os fans aguerridos que andaram meses a acompanhar Galáctica pela Internet à medida que ia sendo exibida noutros países, compravam as edições portuguesas em DVD (Alguns. Eu comprei as edições espanholas quase a metade do preço). Bem, havia sempre os incautos que compravam a primeira série por curiosidade e levavam a decepção de não entenderem o começo e a razão de tudo aquilo que estavam agora a ver. Já não compravam a segunda. Agora já podem comprar. E a Planeta DeAgostini parece mesmo interessada em que comprem tal é a quantidade de spots publicitários que está a passar em todos os canais de televisão.

Anuncio da série Battlestar Galactica pela Planeta DeAgostini