Os computadores portáteis são peças caras. Não é novidade. Mesmo aqueles mais baratos, tipo 400 ou 500 euros, são caros. E todos, mas todos sem excepção (ainda que uns menos que outros) são frágeis. Estas são duas boas razões para proteger bem os computadores portáteis. Eles são portáteis certo? A sua principal função é andarem connosco de um lado para o outro e debaixo do braço não dá jeito.

Sou utilizador de computadores portáteis há mais de 10 anos e juntamente com os ditos não consigo evitar o transporte de mais uma série de coisas mais ou menos relacionadas e que podem ir do transformador e rato até a uma miríade de discos externos e dvd’s passando ainda pelas canetas, cadernos, revistas, chapéus de chuva, enfim, uma quantidade de tralha que por vezes custa a acreditar. Em todo este tempo já tive várias malas para computador portátil. Umas mais pró outras menos mas nunca variando muito pois o fato e a gravata do dia-a-dia não dá espaço a grande criatividade. Ainda que ai por idos anos de 2001 tenha usado durante alguns meses uma mochila (tive em trabalho durante esse tempo autorização para deixar a gravata em casa), a mala típica tem andado sempre pelo estilo Samsonite. Com a compra de um novo computador portátil, algumas das queixas que vinha tendo da minha mala (sim, uma Samsonite) acentuaram-se. O novo portátil é um pouco maior e um pouco mais pesado que o anterior e a dor nas costas de quem carrega a mala ao ombro (a alça de transporte das Samsonite é curta para tiracolo) vai piorando com o tempo. Aproveitei a ocasião de estar na loja certa e comprei uma mala nova.

Caterpillar Black Classic

Caterpillar Black Classic.

Ora e porquê uma Caterpillar? Porque não é sempre uma boa resposta mas consigo arranjar outras…

    a) Porque há já muitos anos que uso calçado da Caterpillar e sei que material para ser maltratado e mesmo assim durar que se farta é esse.
    b) Porque a escolha de uma mala tipo messenger bag (vulgarmente conhecida entre nós como tiracolo) sóbria quanto baste para quem anda de fato e gravata não é assim tão diversificada quanto isso.
    c) Porque gostei efectivamente deste modelo.
    d) Porque não custava uma pequena fortuna mais custos de envio e taxas alfandegárias como algumas que encontrei na Internet e das quais gostei.

A Caterpillar Classic Black é grande sem ser em demasia. Carrega perfeitamente com um Caterpillar Classic Black Viewlaptop 15,4′ no espaço que tem reservado para o efeito mas já lá vamos. A “tampa” é a típica de uma messenger bag. Grande e cobre a frente da mala até ao fundo. Tem dois grandes bolsos que ocupam a quase totalidade da superfície da mesma que, a terem algum sistema de fecho seriam muito úteis. Assim servirão sem dúvida para levar a revista da ocasião, o jornal ou até um pequeno guarda-chuva. Não será aconselhável nada de valioso correndo o risco de desaparecimento. Por dentro a “tampa” tem ainda espaço para uma etiqueta de identificação.

Levanta-se a tampa e temos 3 grande divisões. A da frente a dois terços com fecho tipo CAT Viewzipper, é só espaço vazio. Para mim, é óptima para cabos, transformadores e tralha do género. Logo de seguida temos outra divisão mas a toda a altura. Igualmente com fecho tipo zipper mas desta vez o fecho está ao topo e abre até meio permitindo que a divisão fique bem aberta e com as subdivisões e bolsos bem acessíveis. E são várias as divisões dentro desta. Um bolso aberto que por sua vez suporta um outro com zipper, um outro aberto e três aberturas para canetas. Ao lado uma outra divisão com zipper que permite levar perfeitamente uma garrafa de agua 0,33 ou até mesmo 0,50cl. Claro que poderá ser usada para outras coisas mas a garrafa cabe perfeitamente.

Chegamos então à divisão maior. Esta é fechada ao topo com um zipper e lá dentro CATdivide-se em duas. Uma delas, a indicada para transportar o laptop, é levemente almofadada dos lados e na base tem uma tira igualmente almofadada que prende à base da mala através de velcro. Admito que estando habituado ao tipo de protecção dado pelas malas Samsonite, tive um pouco de receio as primeiras vezes que ali coloquei o meu novo computador portátil mas já deu para ver que é infundado. A protecção parece-me ser suficiente. A área é ampla, bastante ampla até, levando à vontade qualquer portátil de 15.4′ mesmo que seja bastante largo. Logo atrás está uma outra divisão, sem fecho, e onde se transportam razoavelmente bem alguns livros por exemplo ou outro material informático. E a mala fecha-se novamente. Mas ainda não acabou… Por fora, nas “costas” desta mala Caterpillar, encontra-se ainda outra divisão uma vez mais com um zipper e a toda a extensão da mala. Pessoalmente uso-a para transportar os cadernos de notas de forma a que estejam mais protegidos mesmo estão ali à mão.

Esta mala é um produto tipicamente Caterpillar. A robustez do material está a par com os acabamentos. Cada costura desta mala é coberta com um tipo de película de reforço garantindo assim maior resistência a ao mesmo tempo, maior impermeabilidade. A alça é larga o quanto baste e o suporte de ombro é confortável. De um dos lados a alça é fixa cosida fortemente à própria mala. Do outro está presa à mala por uma argola metálica permitindo assim o correcto ajuste do tamanho da alça. Penso que em toda a mala, a haver um ponto menos forte será este. Tenho tendência a abusar na carga e estou até curioso para ver até onde aguenta ela.

Por um preço que não chega aos 100 euros, pareceu-me uma muito boa compra. Agora é esperar que as minhas costas o confirmem.

Há mais fotos desta mala no sitio do costume.

Fomos ver “Jogos de Poder” que foi o nome dado em Portugal a “Charlie Wilson’s War“. antes de mais a questão: Mas porque fazem eles isto? Porque mudam de forma tão radical o titulo dos filmes? Bem fazem os tipos como o George Lucas quando proibem os seus filmes de terem outros nomes que não aqueles que ele lhe dá… Ponto. Adiante.


Jogos de Poder. Grande filme. Soft Hollywood meets soft Oliver Stone. Contado daquela forma custa a acreditar que a coisa se tenha mesmo passado assim. “Jogos de Poder” conta a história de como um congressista norte-americano (representado por Tom Hanks) sem grande desempenho politico para além do desenrasca, uma sulista milionária (a fantástica Julia Roberts a envelhecer com a graça de um vinho requintado) com queda para o radicalismo de direita e um agente da CIA na prateleira (um fenomenal Philip Seymour Hoffman, alma de todo o filme), conseguem mudar a história do mundo. dizer que um Homem faz a diferença já é um lugar comum mas por vezes, faz. E talvez na história da invasão soviética ao Afeganistão tenha feito.

Charlie Wilson era congressista norte-americano a 25 de Dezembro de 1979 quando a União Soviética invadiu o Afeganistão. O problema poderia ter-lhe passado quase ao lado não fosse um pedido de uma das suas muitas paixões (o homem era um bon-vivant) para que visitasse o Paquistão e desta forma tivesse um conhecimento mais próximo da tragédia humana que a invasão estava a causar… Assim fez. E a história mudou.

Charlie Wilson’s WarOs diálogos entre a mui loira Julia e o meio grogue Tom são dignos de um episódio de “Os Homens do Presidente” tal como as saidas estarordinárias de Hoffman. Não será alheio o facto de terem argumentistas em comum certamente mas não estamos muito habituados a tal qualidade de escrita em filmes politicos no cinema que se faz ultimamente. Num concentrado de menos de 100 minutos o realizador Mike Nichols consegue de brilhantemente apresentar de forma bastante acessivel alguns problemas politicos da altura, cuja complexidade deu e dará ainda muito que falar…

Como quase sempre, as minhas “reviews” não são para vos mostrar o mundo mas sómente para desbravar terreno aos nobres exploradores mas fica ainda uma nota final sobre este filme que infelizmente me parece irá passar um pouco desprecebido: Quando Charlie e Gus conversam com vista sobre DC sobre um tal rapazinho e um certo mestre zen, parece que passa ao longe um avião sobre eles… Vão ver o filme e entendam como quiserem…

Se eu aqui vos escrever sobre as crónicas da Sarah Connor muitos de vós não fazem ideia do que se trata certo? Foi o que pensaram os produtores da série que explora o filão “Terminator” ou Exterminador Implacável como foi chamado cá por terras lusas: “Terminator: The Sharah Connor Chronicles”. Aviso à navegação: Quem não gostou dos filmes quase certamente não irá gostar da série.


O episódio piloto que vi este fim-de-semana já por ai anda há algum tempo mas com a proximidade da exibição oficial da série na TV (o canal FOX nos Estado Unidos irá estrear a série este mês) e juntando a isso o facto de que, com a greve da Writers Guild, há pouco de novo no panorama das séries televisivas, achei que era uma boa altura para o ver.

“Terminator: The Sharah Connor Chronicles” começa mais ou menos onde termina Terminator 2. Segundo alguns, onde deviam ter terminado os filmes evitando assim T3. Não vou comentar pois ainda não vi T3 com tempo decente para tecer opiniões mais bem formadas. Adiante que aqui escreve-se sobre a série… Estamos em 1999 e Sarah Connor (Lena Heady) resolve uma vez mais fugir com o seu filho John (Thomas Decker) apesar de estar aparentemente segura a viver com um homem verdadeiramente apaixonado por ela. Mas nada é mais forte do que a insegurança que os sonhos de Sarah lhe trazem. E se ela sonha que John está em perigo, ao acordar. É hora de fugir. E desta vez foi a fuga que despoletou o perigo. Os tipos feitos de metal que viajam do futuro para garantir a morte de John Connor andam sempre por cá em cata de uma pista sobre o paradeiro do dito. Assim que o namorado de Sarah informa a polícia do seu desaparecimento o tal do robot de olhos vermelhos lá vê no seu computador de sala a fotografia da miúda e pronto, a perseguição começa novamente. Minutos depois já temos tiroteio de meia-noite num colégio com adolescentes em choque mais admirados com a perna robótica do assassino do que com as armas mortais que este empunha. É aqui que nos lembramos que nem todos os robots são, digamos, maus. O T2 por exemplo, era um sentimentalão (se é que se pode chamar tal coisa ao Arnaldo) lembram-se?

Terminator: The Sarah Connor ChroniclesPois aqui o papel do bom robot cabe a uma excelente Summer Glau (Firefly, Serenity e 4400) que tal como em papeis anteriores está mesmo ali entre a graça ingénua/marota da adolescência e a força e violência digna de uma Diva de wrestling. Cameron é também quem permite que Sarah e o filho escapem da morte certa com o cliché da ficção científica em que Terminator assenta: Viajam os três no tempo até 2007 em busca do inicio da maligna Skynet que Sarah pensava ter terminado mas que todos nós sabemos não ser bem assim. Assim acaba este episódio piloto.
Acção quanto baste parece ser a marca da série mas não descurando o lado mais emocional dos personagens e quase certamente Summer Glau terá algo que ver com isso. Cheira-me que não tarda ainda para aí tem John e Cameron numa da paixão avassaladora e amor impossível (ela é uma maquina pôrra.).