Social vs Search [infographic by MDG AdvertisingPorque não vale a pena inventar a pólvora quando ela já foi inventada, fica aqui o link para o artigo Social vs Search que a MDG – Florida Marketing Agency publicou recentemente sobre a questão que também a mim já me foi colocada várias vezes: Investir em Search Marketing ou em Social Media?

É sabido que as imagens ajudam certo? A imagem acima vai directo para a infografia mas de qualquer maneira, resumindo o tema, ficam já a conhecer a conclusão:

Tanto o Social Media como o Search Marketing proporcionam benefícios evidentes para as organizações que os utilizem convenientemente. Quando coordenados num plano de marketing globalizante, podem reforçar-se mutuamente contribuindo assim para o sucesso do plano de marketing da empresa.

Certo. Não é novidade. Mas a abordagem gráfica é original…

 

Estive ontem a assistir à Conferência Anual da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) subordinada ao tema  “Compreender o Novo Consumo de Media em Portugal“.  Sala cheia no Auditório do Millennium bcp na Rua do Ouro. Garantidamente, uns para ouvir umas coisas e outros para ouvir outras. Ainda assim, quase todos ouviram tudo, do principio ao fim.

A conferência iniciou com a apresentação de um estudo encomendado à Metris GFK  cujo propósito era precisamente elucidar sobre o tema. Considerações um pouco mais abaixo.

De seguida uma apresentação de Joel Postman, colaborador da CISCO e autor do best seller SocialCorp: Social Media Goes Corporate. Um bom momento em que foram ditas algumas daquelas coisas que alguns CEOS e outros responsáveis devem ouvir sobre o papel das redes sociais no negócio, na presença das grandes empresas.

Passou-se de seguida a uma animada conversa entre Nuno Markl e seis jovens entre os 15 e os 19 anos sobre como consomem eles os Media, qual a sua relação com os Media em geral e com os Media Digitais em particular.

A sessão encerrou com um breve discurso do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

Sai de lá um pouco apreensivo. Não pela mesma razão que muitos dos presentes terão saído é certo. O Ministro anunciava:

Um dos canais da televisão pública será privatizado e o outro deixará de ter publicidade comercial.

Confesso: Não é a minha guerra. Não me preocupa. O que me preocupa efectivamente é tudo aquilo que ouvi antes do Ministro falar…

Comecei por me preocupar com alguns dados do estudo que a APAN apresentou… De alguma forma, e principalmente quando se referia aos jovens, não podia deixar de estranhar os números que eram apresentados. Não se pareciam com as opiniões que vou ouvindo pelos corredores e nas esplanadas da FCSH… Por exemplo, aqueles jovens com quem falo no dia-a-dia e aliás, aqueles que estavam na sala, não parecem dar tanta importância à televisão como o estudo demonstrava… Enfim, talvez fossem outros jovens…

Preocupa-me também o facto de que continuo a ler em alguns estudos, que há uma certa percentagem de pessoas que “acede à Internet” e uma outra percentagem de pessoas que “acede às redes sociais”. Ora, não consigo deixar de me perguntar, onde raio ficarão essas tais redes sociais que não estão na Internet…

Eu sei que a minha preocupação com o facto de que para muitas pessoas a Internet parece ser o Facebook já foi aqui referida anteriormente, da mesma forma que já a referi noutros fóruns mas, faço-o novamente precisamente por ser uma preocupação. A Internet tem muito mais para vos mostrar para além do Facebook.

A ver vamos se nos entendemos:

A Internet não é o Facebook.
A Internet não é o Twitter.
A Internet não são as redes sociais.

As redes sociais são parte da Internet. Se hoje elas são, sem qualquer dúvida, grande parte da Internet, é outra questão, obviamente pertinente mas não deixa de ser outra questão.

Preocupa-me que quem questiona a sociedade sobre estes temas não se preocupe igualmente em fazer tal distinção, em esclarecer devidamente quem não sabe ou tem dúvidas, deixando eventualmente que se responda em erro.

Preocupa-me ainda que, quando questionados sobre se frequentam outros sites na Internet que não os sites das redes sociais, grande parte dos jovens responda que não mas logo de seguida respondam também que, quando lhes dizem algo nas redes sociais, quando um “amigo” lhes fala de algo, eles não aceitam à primeira, que desconfiam e procuram saber mais sobre o tema. Então onde vão eles saber mais sobre o tema? Não dizem. O que é que está mal aqui? Garantidamente algo parece não bater certo. Se não confiam nas redes (parecerá mal dizer que sim?), em quem confiam eles? No que lhes dizem as marcas? Não os tenho em tal conta. Mas se não visitam blogs, se não frequentam fóruns, se não vão a outros sites? Em 30 minutos de conversa alguém referenciou o Expresso e a Visão. (ponto).  A sério?

A iniciativa foi excelente e louvável. Eram jovens que ali estavam e claramente falavam à vontade. Do jovem surfista ao jovem viajante que se juntou à conversa a partir da Russia via Skipe, foi uma conversa animada onde Nuno Markl foi o melhor “desbloqueador” que aquele painel podia ter tido. Ainda assim, sai de lá apreensivo… Já o tinha referido?

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E pensava eu que estava de férias no que a leituras obrigautorias se refere… Nem por isso.

Social Media, Social Networking, Redes Sociais, o que quer que lhe chamem… Desta feita, em defesa da honra que é como quem diz “Então mas nós não andamos a falar disso há uma série de anos? A ler livros, participar em conferências diacho, até a fazer coisas vejam lá vocês…”.

Há efectivamente coisas que me incomodam, que me chateiam, algumas até, que quase me tiram do sério mas desiludam-se aqueles que pensam que é por isso que meto a viola no saco, o saco as costas, dou corda aos sapatos e me faço a estrada. Nem por isso. Venham de lá mais umas leituras…

Para que não restem dúvidas, ó Google, tu és efectivamente o maior. Gosto de ti chiça! E essa coisa do “Google is evil”… Bem, é mais uma piadinha do que outra coisa qualquer ok? Já dizia a Wired em 2003:

Evil,” says Google CEO Eric Schmidt, “is what Sergey says is evil.

Google I love you

Mas pronto, as más línguas ganham mais força com o que se escreve do que com o que se diz, e para todos os efeitos, não é “Don’t be evil” o que está escrito no Ponto 6 da vossa “declaração de intenções”

Não se preocupem. Pelo menos comigo… Gosto de vocês assim. Diz o meu director:

Tenho um colaborador que acredita que o ser humano é intrinsecamente mau…

Adivinham quem possa ser?

Pode ser que sim. Por razões claras o tema do Facebook perder utilizadores é hoje um tema polémico. Imagino quantas agências estiveram e estão, desde ontem, a justificar perante os seus Clientes o post publicado pelo blog Inside Facebook: Facebook Sees Big Traffic Drops in US and Canada as It Nears 700 Million Users Worldwide.

É certo que o post em questão nos fala essencialmente do abandono do Facebook no mercado norte-americano e canadiano mas o mais interessante é ver que o crescimento do Facebook é atualmente mantido essencialmente por países que tardiamente lá chegaram.

Segundo o post que o Inside Facebook publicou no dia seguinte, Available Data Shows Facebook User Numbers Growing Quickly, or Slowly, or Falling, os países em que esta rede já tem alguma maturidade foram demonstrando ao longo dos últimos anos, constantes variações no numero de utilizadores do Facebook mas ainda assim, sendo o crescimento no numero de utilizadores a variável mais estável. Talvez o cenário esteja a mudar…

Não se trata de forma alguma de assumir a posição de arauto da desgraça mas, convenhamos, a questão não está longe daquilo que ando a dizer há já algum tempo: Ainda que seja uma plataforma muito relevante, não nos devemos esquecer de que o Facebook não é a única rede social e a história da Net já nos mostrou que os grandes, dão por vezes grandes quedas.