Ó senhores do briefing, a ver se nos entendemos. Dizem Vossas Excelências na edição de Maio de 2011 que vão dar inicio a um barómetro E.life Portugal/briefing onde serão «analisadas as dez marcas mais portuguesas faladas diariamente no Facebook, em Portugal…»… Certo. As dez marcas mais portuguesas…

Briefing As 10 marcas mais faladas no Facebook em Portugal

Análise do dia 01 de Maio: Honda, Mercedes, Ford, Fnac, TAP, Coca Cola, ZON, BMW, Galp, iPhone… Vamos lá… Passemos rapidamente ao dia 07 de Maio porque entre pontas, o dia-a-dia não variou muito acreditem: Nokia, Coca Cola, Apple, Mercedes, BMW, iPhone, FNAC, VW, Nike, Ford…

Pois… Pode ter sido um descuido… As dez marcas mais portuguesas… Atentemos então ao texto:

São estas as principais conclusões do primeiro barómetro que a E.life Portugal, empresa especializada em inteligência de mercado a partir da Social media, publica, em parceria com o briefing, e onde são analisadas as 10 marcas portuguesas mais faladas diariamente no Facebook, em Portugal, na primeira semana de cada mês.

A sério? As dez marcas portuguesas mais faladas no Facebook? As dez marcas mais portuguesas faladas no Facebook? As… Chega. Já perceberam a questão…

Senhores do briefing, um pouco de atenção ao vosso copy. O texto, tal como está escrito, faria (ou fará) um sucesso na web. Cheio de palavras chave, tudo o que interessa a quem se interessa: Marcas, Facebook, análise… Mas não faz sentido.

Vamos lá então: um barómetro E.life/briefing onde são analisadas, diariamente, as dez marcas mais faladas no Facebook em Portugal.

Não é que não gostássemos de ter a Coca Cola ou a Nokia como marcas portuguesas mas, ainda nos falta um bocadinho para lá chegar…

Para fechar com chave de ouro a UXLx 2011, Don Norman deixa a audiência com um constante sorriso nos lábios…
Já alguem lhe chama o Obi-Wan Kenobi da usabilidade…

Inserido no programa IPAMaio 2011, que contempla seminários temáticos e trabalhos em grupo em torno do tema “A Publicidade e as Redes Sociais”, realizou-se ontem à noite, no IPAM (Instituto Português de Administração de Marketing) o seminário “Os Bloggers e a Comunicação nas Redes Sociais”.

Foram cerca de 3 horas de boa conversa, num formato não muito usual, sem slides nem filmes, mas que se revelou bastante proveitoso uma vez que o conteúdo foi fluindo a partir das questões, preocupações e interesses da audiência.

Como orador tive a oportunidade de expor a minha opinião sobre o papel dos blogs e a importância que os mesmos mantêm, ainda que de há uns tempos para cá, só se ouça falar de Redes Sociais. É bom lembrar a história (que aliás ainda se está a fazer) desta forma de comunicar, e discutir sobre o que com ela se pode fazer e inovar.

Os números que nos dão os recentes estudos da PEW (Generations 2010) e da Nielsen (Content is the Fuel of the Social Web) mostram que, ao contrario do que por ai se diz, os blogs não morreram. Estão cá, de boa saúde, e cada vez mais maturos.

É importante penso eu, que alunos e docentes como estes, das licenciaturas de Gestão de Marketing e Ciências do Consumo, tenham esta noção e que vejam nos blogs toda a potencialidade que eles podem ter para os seus objectos de trabalho e de estudo.

A todos os que lá estiveram e também aos que não estando contribuíram para o evento, o meu muito obrigado.

E então, que vos parece? Os blogs estão para durar?

O titulo deste post poderia perfeitamente servir para mais um debate interessante na cadeira de Discurso dos Media mas, ainda que seja uma ideia a reter, ele refere-se efectivamente à chamada Web Social (Bruno, amigo, desculpa lá. Eu sei que a Web sempre foi social mas não vejo como dar a volta ao texto).

Brian Solis da Future Works, juntamente com a Vocus, publicaram recentemente um estudo onde tentaram responder a uma grande questão que se coloca que se devia colocar, quando se discute a Web Social nas empresas: O que faz com que alguém seja influente?

O referido estudo, a que chamaram «Influencer grudge match: Lady Gaga versus Bono», mais do que tentar definir Influência, mostra-nos alguns dados interessantes, lógicos, esperados até, quando analisadas as situações à luz da razão.

estudo

Engraçado é porém, o facto de que, por mais que me esforce, não consigo deixar de ter a sensação de que, tal como nos inquéritos de rua em que ninguém admite ver a TVI ainda que seja depois o canal que vão sintonizar à noite, também aqui, muito CEO disse que sim e coiso e tal mas depois, na hora do investimento, na hora de falar com quem de direito, nos canais correctos, cortam-se à grande e lá vão eles, fazer mais um filme para a TV (intervalo da novela da TVI, que ninguém vê), mais um anuncio para o jornal…

Bem, vai dai, talvez não… Ainda que 14% das respostas a este estudo tenham vindo da Europa (cerca de 79% vieram da América do Norte), acredito que tenham sido poucos ou nenhuns os inquiridos em Portugal…

Podem fazer download do estudo completo aqui: “Influencer grudge match: Lady Gaga versus Bono.

A hora de almoço pode ser aproveitada para muitas coisas entre elas, escrevinhar umas quantas ideias, só porque sim, porque não as queremos esquecer, porque as queremos lembrar (a outros).

Assisti esta manhã, a uma breve apresentação sobre a importância da definição de posição, relativamente a esse «monstro» que é a web social. Entre sim e não, vou ou não vou, quero ou não quero, a ideia era, acima de tudo, deixar bem claro que a tomada de posição sobre a web social é essencial.

Convenhamos: A web social, como «monstro», é essencialmente, um Adamastor. Pelo menos assim o entende muita gente. O perigo, o desconhecido, a ruína para além do Cabo da Boa Esperança…

Gostei de ouvir (não era novidade. Quem me conhece já o sabe.) mas mais ainda, gostei que ouvissem, sobre a necessidade do esclarecimento. O processo não é simples. Por mais fácil que alguns consultores o queiram fazer parecer, é moroso, tem custos e nem sempre um ROI (Return On Investment. Como gostam algumas pessoas disto, ó Deusas…) memorável ou até mesmo imediatamente visível. Mesmo que para alcançar a posição de que nada se fará.

Nos dias que correm, até a inercia deve ser pensada. Não o fazer, é total irresponsabilidade.

A ver vamos.