Morreu… Um verdadeiro ícone americano. Morreu o Capitão América. O pais está de luto. A CNN fez a cobertura, o New York Daily News também e até o Youtube já tem a sua versão . Veio a Fox News e o USA Today… Aquele que lutou contra todas as grande ameaças que o pais (e até por vezes, a própria Humanidade) enfrentou encontrou um fim ao revoltar-se contra uma lei que achou injusta para com aqueles que, tal como ele próprio, usavam as suas capacidades especiais em beneficio dos outros.

RIP Captain

Steve Rogers
1917 – 2007

As preces são, ao que parece, sempre ouvidas. Por vezes são também atendidas. O jornal “Público” vai publicar a partir do próximo dia 7 de Março, todas as Quartas-feiras, um album de Spirou. São 20 albuns no total, com um preço de 5,40 euros cada.

Spirou no Publico

Segundo o site Notas Bedefilas a lista de albuns a publicar é a seguinte:

  • A máscara misteriosa, a publicar em 07-03-2007
  • O chifre do rinoceronte, em 14-03-2007
  • Os piratas do silêncio, em 21-03-2007
  • O fazedor de ouro (“Le faiseur d’or”) INÉDITO, em 28-03-2007
  • O anel de gelo (“La ceinture du grand froid”) INÉDITO, em 04-04-2007
  • O homem que não queria morrer (“L’homme qui ne voulait pas mourir”) INÉDITO, em 11-04-2007
  • O gorila, em 18-04-2007
  • O gás do Kuko Jomon (“Du glucose pour Noémie”) INÉDITO, em 25-04-2007
  • Z de Zorglub, em 02-05-2007
  • Pânico na abadia (“L’abbaye truquée”) INÉDITO, em 09-05-2007
  • A caixa negra (“La boïte noire”) INÉDITO, em 16-05-2007
  • Paris submersa, em 23-05-2007
  • Spirou e os herdeiros, em 30-05-2007
  • Os ladrões do Marsupilami, em 06-06-2007
  • Aventura na Austrália, em 13-06-2007
  • Tora Torapa (“Tora-Torapa”) INÉDITO, em 20-06-2007
  • A herança (“L’héritage”) INÉDITO, em 27-06-2007
  • Os gigantes petrificados (“Les faiseurs de silence”) INÉDITO, em 04-07-2007
  • O feiticeiro de Champignac, em 11-07-2007
  • O ditador e o cogumelo, em 18-07-2007

Esta lista vem tapar algumas das falhas que existem na publicação desta colecção em Portugal com a publicação dos albuns inéditos. Para além disso, e ainda segundo o Notas Bedefilas corre o rumor de que as Edições ASA vão publicar já durante o mês de Março o 49º album da série: Spirou e Fantasio em Toquio que actualmente só se pode adquirir em françês.

Mas afinal, quem é o Spirou?

Spirou surge pela primeira vez em 1938 pela pena de Robert Velter para o lançamento do Journal de Spirou.
A personagem era um simpático groom (o moço do elevador) do Moustique Hotel e dai o uniforme com que se tornou famoso. Em 1943 as Edições Dupuis compraram a personagem a Robert Velter fazendo com que este não pertença a um autor especifico e permitindo assim que vários autores diferentes possam trabalhar o personagem. O primeiro desses vários autores foi Joseph Gillain (jijé) que em 1944 introduzio o personagem Fantásio na história tornando-o mais tarde no melhor amigo de Spirou. Como o trabalho pelo qual era responsável no Journal de Spirou lhe ocupava grande parte do tempo, em 1946 Jijé resolve passar o futuro de Spirou e amigos para as mãos do jovem André Franquin e foi este quem mudou radicalmente o conceito de Spirou. Deixamos de ter pequenas estórias e “apanhados” comicos e passamos a ter grandes aventuras com embrenhados enrendos. Foi também André Franquin que introduziu uma série de personagens que irão compor o universo de Spirou: Pacôme Hégésippe Adélard Ladislas de Champignac, conde de Champignac além de cientista e inventor (visto pela primeira vez em “O feiticeiro de Talmourol” – Il Y a un Sourcier à Champignac); Zantáfio primo de Fantasio e aspirante a ditador; Zorglub o cientista louco e a “adorável” Seccotine (que surgiu pela primeira vez no album “O chifre do Rinoceronte” – La Corne du Rhinocéros), jornalista incansável e que pode levar a estranhas paixões…

Franquin criou também para acompanhar Spirou um outro personagem que ganhou direito ao seu próprio Universo: Marsupilami, um bicharoco assim tipo macaco, amarelo com bolas pretas e com uma cauda capaz de realizar verdadeiros milagres de força bruta. Surgiu pela primeira vez em “Spirou e os Herdeiros” – Spirou et les Héritiers – em 1952. Foi precisamente com um documentário sobre este bicharoco feito na selva da Palombia que Secotine se tornou famosa (“O ninho dos marsupilamis” – Les Nids des Marsupilamis).

Em 1959 Franquin começa a trabalhar com Greg e Jidéhem no album “O prisioneiro do Buda” – Le Prisonnier du Bouddha. Esta estória começa, como algumas estórias de Greg na altura, com um enquadramento geo-politico real. “O prisioneiro do Buda” é passado na China fazendo claras referências à Guerra Fria que se começava a desenrolar. Também em “QBR sobre Bretzelburg” – QRN Sur Bretzelburg – Greg volta a ilustrar a realidade situando a acção entre dois paises (inventados) europeus fazendo lembrar a situação das duas Alemanhas. Esta estória foi originalmente publicada em tiras no Journal de Spirou entre 1961 e 1963 mas tomou mais tarde a figura de album em 1966. Foi aliás com Greg que Franquin criou o atrás referido Zorglub (“Z de Zorglub” – Z comme Zorglub – e “A Sombra do Z” – L’ombre du Z).

Amas secas em ChampignacO último album de Spirou pela mão de Franquin foi “Amas secas em Champignanc” – Panade à Champignac. Publicado em 1969, este album começa com os nossos herois a irem tirar umas pequenas férias a Champignac para que Fantasio descanse um pouco do stress causado pela presença de Gaston Lagaffe na redação onde este trabalha. Aqui já se espelhava a importância que Franquin começava a atribuir a um personagem criado por si: Gaston Lagaffe. Em “Amas secas em Champignanc” vê-se claramente que Franquin estava já farto de Spirou e faz por mostrar isso criando vários fins possiveis para a estória num ofensivo “qualquer coisa serve”. O album finaliza com uma aventura extra (Bravo para os Brothers – Bravo Les Brothers) que o próprio Franquin descreve como uma aventura de Gaston disfarçada. Estava na hora de abandonar o barco mas o Spirou não morre. Passa para as mãos de Fournier na altura quase desconhecido mas um grande admirador de Spirou. Com Fournier Spirou começa a mudar de roupagem abandonando o uniforme de moço de elevador e mantendo unicamente o chapéu. É também com Fournier que Spirou passa a ser um heroi com uma mais vincada personalidade politica…

Esta estória continua mas não é hoje ok?

p.s. O texto acima é baseado em informação recolhida em várias instâncias da Wikipédia.

Acabei de ler “O Último Papa” de Luis Miguel Rocha. Para quem não conheçe estou a falar de um livro que já era famoso antes de estar escrito. Para terem uma ideia estou a falar de um livro cujos direitos de adaptação cinematográfica foram comprados por Hollywood ainda nem havia uma tradução decente de português para inglês. A polémica vende. E neste caso é bem vendida. Em “O Último Papa” o autor funde a ficção e a realidade de forma perigosa quando nos mostra a loja macónica P2 em plena actividade ou quando nos apresenta um (podemos tirar essa conclusão ao fim) elemento da Santa Aliança (os serviços secretos não declarados do Vaticano) completamente desprovido de sentimentos que não o da lealdade à sua missão.

“O Último Papa” começou a fazer furor quando em 2005 na Feira de Livros de Frankfurt Luis Miguel Rocha anunciou que estava a escrever um livro sobre a morte de do Papa João Paulo I em que implicava a P2 e uma conspiração dentro do próprio Vaticano. Ora, outra coisa não seria de esperar uma vez que a morte do “Papa do Sorriso” está envolta em mistério desde o primeiro minuto e o Vaticano nunca fez nada para o clarear muito pelo o contrário. Também deve ser tida em conta a onda gerada pelo romance de Dan Brown que veio animar as hostes para tudo o que é relacionado com escandalos na Igreja e mistérios que podem mudar o mundo. Ao fim e ao cabo Luis Miguel Rocha não é o primeiro a falar sobre o assunto (lembram-se d’ O Padrinho III?). A isso há que somar as declarações do autor quando diz que sabe mais do que Lucia (a vidente de Fátima) ou que a ideia original para o livro lhe foi sugerida por alguem dentro do Vaticano… Enfim, uma campanha bem montada. Quanto ao livro tenho a dizer que já há algum tempo que não lia um livro tão depressa quanto este. Gostei. Bem, o autor passa o tempo todo a falar comigo e por vezes tem aquela mania irritante de escrever coisas do género “se te disser tenho que te matar e por isso não digo” mas mesmo assim rapidamente nos habituamos ao estilo e as páginas passam quase sem dar por isso. O fim do livro… Pois… Se eu encontrasse por ai o Luis Miguel Rocha, mandava-lhe com o calhamaço à cabeça (e não é assim tão pequeno) para ver se ele gostava. Mas que raio??? Claro que não o vou aqui contar mas acreditem que seriam bem capazes de partilhar a minha opinião.

Ficarei assim à espera do próximo livro deste escritor português de trinta e poucos anos, que entretanto já deve ter enriquecido com o livro actual. Sabe-se que temos outro Papa na calha e de um atentado que este sofreu. Desde que não seja a história da bala contada na primeira pessoa…

Acabei ontem de ler “The last Templar“, uma das compras literárias feitas em Nova Iorque. O autor é Raymond Khoury e talvez alguns de vós conheçam o nome através da magnifica série televisiva da BBC “Spooks” (que passou por cá no AXN) da qual ele é um dos argumentistas. O tema é o da moda levada ao rubro com o Código DaVinci: conspirações religiosas.

Continue reading

“Animem-se. Depois de amanhã já e Domingo e na Segunda-feira já estamos de volta ao trabalho.” Foi esta a frase com que um amigo me brindou a Inbox logo pela manhã. Obrigado. Tudo o que eu precisava ler estava ali, naquela curta mas tão alegre missiva.

O dia foi o que se pode esperar de uma Sexta. Horrivel. Não foi à toa que a Sexta-Feira 13 original (lembram-se, Templários, Clemente V, Rei de França…) foi numa Sexta.

Bem, a Quinta só por si também não foi muito melhor. Entre a Patricia que teve que ficar em casa com 38.5º de febre (que entretanto, com a ajuda da avó Vicência, já passou) e a conta de telemóvel pós-ferias (quase 350 euros hein???), também ficará na memória.

Ainda uma nota de registo para uma compra que fiz ontem: Vasco Granja. Uma vida… 1000 imagens. Uma magnifica edição da Asa para recordar aquele por quem muitos de nós esperávamos frente ao ecran da televisão mesmo sabendo que teriamos que apanhar com as histórias de amor impossiveis entre uma lata de sardinhas aberta e um clip de papel já meio enferrujado. Tudo porque, tal como depois da tempestade vem a bonança. também depois das mil e uma peripecias das animações de leste, surgia triunfante a Pantera Cor-de-Rosa. Foram mais de 1000 programas e se tivermos em consideração que só existiam dois canais… Como se lia num numero da revista Premiere “… um volume imprescindível para o conhecimento de um dos maiores dinamizadores portugueses das artes visuais das últimas três décadas.”

Ainda uma nota de registo para uma compra que fiz ontem: Vasco Granja. Uma vida… 1000 imagens. Uma magnifica edição da Asa para recordar aquele por quem muitos de nós esperávamos frente ao ecran da televisão mesmo sabendo que teriamos que apanhar com as histórias de amor impossiveis entre uma lata de sardinhas aberta e um clip de papel já meio enferrujado. Tudo porque, tal como depois da tempestade vem a bonança. também depois das mil e uma peripecias das animações de leste, surgia triunfante a Pantera Cor-de-Rosa. Foram mais de 1000 programas e se tivermos em consideração que só existiam dois canais… Como se lia num numero da revista Premiere “… um volume imprescindível para o conhecimento de um dos maiores dinamizadores portugueses das artes visuais das últimas três décadas.”