Já todos ouvimos falar sobre o poder do riso. Já todos ouvimos falar de Breaking Bad e de Seinfeld (já certo?). E se é para nós muito facil associar Seinfeld ao riso, o mesmo não podemos dizer de Breaking Bad que aliás tem sido constantemente nomeada para melhor série dramática. Não quer isto dizer que Breaking Bad não nos faça rir. Faz, mas não é disso que este post trata.

O autor do site MatinComedy resolveu juntar dois dos elementos vitais a cada uma destas séries televisivas: O drama de Breaking Bade o som do riso do publico de Seinfeld.

Tirem as vossas conclusões.

Vibrador. A palavra ainda hoje faz virar cabeças, desvia olhares e, frequentemente, é motivo de alguma estranha reprovação. Talvez agora deixe de ser.

Muitos talvez não saibam mas os vibradores já por cá andam desde o século XIX (e na altura, como quase tudo então, funcionavam a vapor) e não se prevê que desapareçam tão cedo… Ok, desviem essas mentes pecaminosas desta ultima observação…

Pois é precisamente da invenção dos vibradores, da “necessidade” que a sociedade tinha, para a “cura” da histeria feminina, que nos fala Hysteria, uma comédia a estrear no TIFF (Toronto International Film Festival).

Preparem-se para pérolas como “Não há mãos suficientes para fazer este trabalho” , “Prazer, não tem nada a ver com isto, posso assegurar” ou ainda espanadores eléctricos que só por si fazem a festa… Obviamente, gemidos e senhoras de pernas abertas também não faltam mas sempre com a maior da decência…

Por enquanto, fica o trailer e a esperança de que o filme não demore a chegar por cá.

Nota de rodapé: A minha colega da frente, Georgia Zavorgianou, a grega para os amigos, acabou de me chamar ingrato porque não escrevi aqui sobre quem me mostrou este video. Pronto. Redimi-me. Foi ela.

É verdade. Ele voltou. O mais famoso neurótico de Nova Iorque voltou à sua cidade num registo típico. Típico mas ainda assim, exacerbado. Whatever Works é real quanto baste para ser tão paranóico e desta feita, misantropo. Muito.

whatever_works

Woody Allen passa desta vez a batata quente do personagem para aquele que alguns dizem ser uma espécie de alter-ego de Allen, até talvez, uma espécie de Mr. Hyde: Larry David. Metade está dito.

A neurose deixa de ser quase introspectiva e passa para o mundo num registo quase violento. Allen enquanto Allen dificilmente é imaginado a rebaixar à ignorância (ainda que ela exista) quem a tem em evidência, de uma forma aberta, publica, sonora. Larry David é exímio em tal. Tanto que chega a irritar, a enervar, a dar vontade, de que a próxima vez que ele se virar para a câmara, lhe possamos dar um par de estalos.

Mas aqui ninguém bate em ninguém. Ao fim e ao cabo, trata-se de passar um bom bocado e nitidamente é isso que Allen quer que aconteça.


Whatever Works conta a história de Boris, auto-intitulado génio da Física, que a certa altura da vida, acredita conhecer já o sentido da mesma e que como tal, mais vale desistir. Tenta matar-se mas falhando tal tarefa, opta pela auto-exclusão, afirmando-se como um “outsider” e fazendo com que a sociedade o veja também como tal.

A vida corre-lhe bem (dentro do possível para quem acredita que pior não pode ser e enquanto tal, feliz) até ao dia em que lhe aparece à porta uma jovem loira de olhos azuis que lhe pede guarida para uma noite. Sim, pois. Esqueçam lá a originalidade do tema que isso agora não interessa para nada.

Melody St. Ann Celestine (Evan Rachel Wood), é um exemplar daqueles que em português de rua seria chamado em primeira análise de “loira burra”. No Estados Unidos de Nova Iorque (que são uns Estados Unidos diferentes dos outros) a melhor forma de representar o estereotipo é sem dúvida, a jovem loira, sulista, de roupa leve (calções curtos, pernas longas) e voz aguda. Foge de casa para procurar uma vida diferente da que experimentou atrás da roulotte do peixe frito e só para num beco escuro, à porta de Boris. A estadia de uma noite, junto ao homem que não tem qualquer tipo de interesse em interacções sexuais, já vai num ano quando se casam…

Não vos posso contar mais. Pelo menos não em detalhe pois tirava metade da graça. Digo-vos só que há mães, menáges à trois, pais, descobertas da felicidade bem depois dos 40, suicídios em barda e cereais. E também há alguma Nova Iorque. Sem o glamour romântico de outras obras mas com um toque de real, de Portobello em filmes do Hugh Grant…

Há quem diga por ai que Woody Allen está a ficar velho. Dizem-no com um sentido de ironia depreciativo… Mas não gostam de vinho do Porto de certeza…