Já referi aqui no browserd.com em post anterior, algo a que a revista briefing chamava na altura de Barómetro Facebook (ainda que o chamasse também de barómetro E.life Portugal/briefing).  Nesse post escrevi:

Senhores do briefing, um pouco de atenção ao vosso copy. O texto, tal como está escrito, faria (ou fará) um sucesso na web. Cheio de palavras chave, tudo o que interessa a quem se interessa: Marcas, Facebook, análise… Mas não faz sentido.

Efectivamente, o texto em questão estava escrito num português que dificilmente um português entenderia. A coisa passou e confeso que não mais prestei particular atenção ao tal Barómetro Facebook.

Ontem, como se não bastasse um dia em volta dos temas das redes sociais, das interwebs e outros mundos da virtualidade (o que me apeteceu escrever isto todo o santo dia não vos passa pela cabeça), resolvi fazer-me acompanhar na viagem do trabalho para casa pela revista Fibra (o novo agregador das comunicações). Num folhear rápido eis que deparo com algo que me é familiar: a fotografia da Joana Carravilla, country manager da E.Life. Encabeçava um artigo de duas páginas intitulado, pasme-se, Barómetro Twitter. Lembrei-me obviamente da primeira experiência com barómetros e, mais do que ao conteúdo, prestei particular atenção à forma.

Fibra.pt Barometro TwitterFicam aqui algumas pérolas:

As redes sociais (Facebook e Google+) continuam a liderar a quantidade de buzz gerada no Twitter…

A saber: Mas então o Twitter não é uma rede social?

… um pico de horário muito variado, entre as 10 e as 21h00.

Certo. Até eu que de quando em vez primo por uma prosa rebuscada, teria dificuldade em sair-me com esta.

Surgiram ainda muitos comentários relacionados com a disputa entre a Apple e a Samsung, com a criação de videojogos pela Universidade do Minho e a situação económica da empresa na bolsa em comparação com a Microsoft.

Estará a criação de videojogos pela Universidade do Minho de alguma forma relacionada com a disputa entre a Apple e a Samsung? Muito bem, sou eu que me estou a esticar. Então expliquem-me lá a que empresa se refere a autora do texto…

Pela variedade de assuntos, os picos de comentários são muito variados…

Um conclusão. Enfim, que não digam que daqui nada se conclui.

Qualquer semelhança, não será pura coincidência mas ainda assim, não poderei deixar de comentar:

Senhores da Fibra, um pouco de atenção ao vosso copy. O texto, tal como está escrito, faria (ou fará) um sucesso na web. Cheio de palavras chave, tudo o que interessa a quem se interessa: Marcas, twitter, análise… Mas não tem sentido.

 

 

Eles inventam… A cada dia que passa, eles inventam e voltam a inventar… Ainda ontem o Facebook apresentava uma nova funcionalidade em que os updates dos nossos “amigos” apareciam como um feed do Twitter e eis que hoje aparece:

A nova Facebook Timeline.

A nova Facebook Timeline

Convenhamos, isto já não é bem uma coisa de “Rede Social”. É assim mais algo do tipo… Sei lá, vejam com os vossos olhos… Ainda não tive tempo para o explorar convenientemente mas cada vez mais me convenço que o Zuckerberg quer conquistar o mundo…

Nota: A imagem acima é efectivamente a do meu novo perfil do Facebook mas só é visível a Developers. Em principio será visível a todos a partir de dia 30 de Setembro.

 

Um bom vinho tinto, alentejano, Touriga Nacional, Syrah, Cabernet Sauvignon. E porque não?

E ainda dizem que o Facebook não dá nada a ninguém. A mim deu-me. Bem, não foi propriamente o Facebook mas sim a página dos vinhos Hobby no Facebook… Sim, já foi há muito, muito tempo… Em Outubro do ano passado para ser mais exacto mas, peripécias à parte, foi agora que abri a caixa de 6 garrafas de Hobby 2007 que ganhei num dos concursos que esta marca de vinhos tem promovido no Facebook.

Detalhe da imagem do concurso vinhos Hobby

E que dizer então do vinho Hobby 2007?

Antes de mais, que se aguenta bem na garrafa, mesmo que em sitio incerto. Que a rolha saiu perfeita e que o cheiro é algo capaz de nos convencer assim que se abre a garrafa… Sim, o cheiro é de imediato marca distintiva. Complexo quanto baste, com um aparente toque a chocolate e também com um cheirinho de cereja, escura, madura.

Diz-nos a garrafa que este é um bom vinho para acompanhar saladas, peixes grelhados ou carnes brancas. Não se deixem enganar. Aqui por casa acompanhou um fantástico prato de massa fresca e cogumelos salteados com bacon. E tenho quase a certeza que, tivesse acompanhado umas boas migas com carne do alguidar também não ficaria mal.

Não sei se será o ideal para me levar «..para o Pais das Maravilhas» como se lê no rótulo mas que pode ser uma boa companhia para uma noite despreocupada… Pode.

Pode ser que sim. Por razões claras o tema do Facebook perder utilizadores é hoje um tema polémico. Imagino quantas agências estiveram e estão, desde ontem, a justificar perante os seus Clientes o post publicado pelo blog Inside Facebook: Facebook Sees Big Traffic Drops in US and Canada as It Nears 700 Million Users Worldwide.

É certo que o post em questão nos fala essencialmente do abandono do Facebook no mercado norte-americano e canadiano mas o mais interessante é ver que o crescimento do Facebook é atualmente mantido essencialmente por países que tardiamente lá chegaram.

Segundo o post que o Inside Facebook publicou no dia seguinte, Available Data Shows Facebook User Numbers Growing Quickly, or Slowly, or Falling, os países em que esta rede já tem alguma maturidade foram demonstrando ao longo dos últimos anos, constantes variações no numero de utilizadores do Facebook mas ainda assim, sendo o crescimento no numero de utilizadores a variável mais estável. Talvez o cenário esteja a mudar…

Não se trata de forma alguma de assumir a posição de arauto da desgraça mas, convenhamos, a questão não está longe daquilo que ando a dizer há já algum tempo: Ainda que seja uma plataforma muito relevante, não nos devemos esquecer de que o Facebook não é a única rede social e a história da Net já nos mostrou que os grandes, dão por vezes grandes quedas.

Ó senhores do briefing, a ver se nos entendemos. Dizem Vossas Excelências na edição de Maio de 2011 que vão dar inicio a um barómetro E.life Portugal/briefing onde serão «analisadas as dez marcas mais portuguesas faladas diariamente no Facebook, em Portugal…»… Certo. As dez marcas mais portuguesas…

Briefing As 10 marcas mais faladas no Facebook em Portugal

Análise do dia 01 de Maio: Honda, Mercedes, Ford, Fnac, TAP, Coca Cola, ZON, BMW, Galp, iPhone… Vamos lá… Passemos rapidamente ao dia 07 de Maio porque entre pontas, o dia-a-dia não variou muito acreditem: Nokia, Coca Cola, Apple, Mercedes, BMW, iPhone, FNAC, VW, Nike, Ford…

Pois… Pode ter sido um descuido… As dez marcas mais portuguesas… Atentemos então ao texto:

São estas as principais conclusões do primeiro barómetro que a E.life Portugal, empresa especializada em inteligência de mercado a partir da Social media, publica, em parceria com o briefing, e onde são analisadas as 10 marcas portuguesas mais faladas diariamente no Facebook, em Portugal, na primeira semana de cada mês.

A sério? As dez marcas portuguesas mais faladas no Facebook? As dez marcas mais portuguesas faladas no Facebook? As… Chega. Já perceberam a questão…

Senhores do briefing, um pouco de atenção ao vosso copy. O texto, tal como está escrito, faria (ou fará) um sucesso na web. Cheio de palavras chave, tudo o que interessa a quem se interessa: Marcas, Facebook, análise… Mas não faz sentido.

Vamos lá então: um barómetro E.life/briefing onde são analisadas, diariamente, as dez marcas mais faladas no Facebook em Portugal.

Não é que não gostássemos de ter a Coca Cola ou a Nokia como marcas portuguesas mas, ainda nos falta um bocadinho para lá chegar…