A sério. Sofre coração. Por mais lamechas que pareça não há outra expressão para definir os estado de alma de quem espera por Galactica. Depois do melhor final de temporada que se viu desde há muito muito tempo ( e acreditem que eu já o vi e revi mil vezes para ter a certeza de que não me enganava), eis que surge o vídeo promocional para a quarta série. Ver a Starbuck deitada no chão e a gritar “Nós vamos na direcção errada!”… Uuuuiii. De morte. E depois aparecem para ai umas miúdas a dizer que a malta gosta da série por causa das gajas… Humpf…! “… Look on my works, ye mighty, and despair!”!

Não vi nenhuma gaja nua neste clip e não é por isso que deixam de ser 45 segundos geniais. E só para recordar, fica abaixo o final da série anterior. De ir às lágrimas…

Galactica o filme? Mais Galactica? Razor é o nome. “Mas a Galactica não era aquela coisa das naves espaciais e dos robots?” pergunta-me um colega… O mundo mudou. O nosso e o deles. A Galactica é agora algo de muito mais adulto. E não. Não se trata das novas (velhas) personagens interpretadas por mulheres, loiras, morenas, esculturais ou por homens saídos da passerele sem aqueles penteados ridículos da década de 80 . Passem lá essa parte. Não tem nada a ver.


É politica, é religião, é drama a sério. E agora vem em filme. A estrear em Novembro próximo, Razor conta a história da nave Pegasus e do caminho que esta tomou aquando do ataque Cylon até se juntar mais tarde à Galactica (dos episódios mais apreciados da segunda série de Battlestar Galactica). Apesar de não ser uma continuação da terceira série, alguns dos factos neste filme serão decisivos para a acção da quarta série a estrear em Fevereiro de 2008.

Razor traz de novo aos ecrans a Almirante Helena Cain (interpretada pela magnifica Michelle Forbes) que morreu no episódio Resurrection Ship Part II mas que deixou muitas saudades nos fans da série. Talvez para manter a memória da Almirante viva consta que em Razor, Cain mantem uma relação lésbica com Gina (a Numero Seis interpretada por Tricia Helfer) Mas nem só de tripulantes da Pegasus vai viver Razor. Ao que consta vamos poder ver outras caras conhecidas de Galactica e até conhecer alguns detalhes do seu passado (a primeira missão de Lee Adama por exemplo) com flashbacks que irão até à Guerra dos Cylons original.

O lançamento de Razor (que será pouco tempo após a sua estreia na televisão lançado em DVD), vai fazer-se acompanhar de alguns “minisodios” (mini-sodes como lhe chamam os americanos) com dois ou três minutos cada, a serem transmitidos em Outubro no Sci-Fi Channel (e que estão também disponiveis na Internet) onde poderemos ver cenas da juventude do Almirante Adama e onde este descobrirá uma arma Cylon que o irá atormentar para o resto da vida (o que será?). A ideia segue a estratégia de sucesso dos webisódios (Battlestar Galactica: The Resistance) lançados pela Sci-Fi na transição da segunda para a terceira temporada da série.

Como facilmente se percebe, muito está ainda para vir do universo Battlestar Galactica. Ainda que, como em quase todas as boas séries, tenha tido alguns momentos menos bons na terceira temporada, a quarta está quase a chegar e mesmo que seja a última, esta será definitivamente (e tal como a série original) uma série a recordar.

Por enquanto fica o trailer de Razor e como pérola adicional, um pequeno filme sobre “as mulheres da Galactica”. serve também de boca descarada para uma certa loira que um dia me disse que entendia bem porque é que eu gostava tanto da Galactica… Embrulha.

Battlestar Galactica - Crossroads Part II

“Como todas as coisas humanas, a Justiça é imperfeita. Tem falhas e imperfeições. Mas são precisamente essas imperfeições que nos distinguem das máquinas e que talvez tornem a nossa espécie digna de salvação.”
– Juiza no julgamento de Gaius Baltar

Que final meu Deus. Que agonia será agora esperar 10 meses (mesmo 10 dias que fossem). O vicio é alimentado pela qualidade. Frases como “Let’s make a Cylon baby” ou “I want a toaster love” fazem cada vez mais sentido. E este episódio “Crossroads Part II” de Battlestar Galactica… É quase como se eles não estivessem lá, perdidos no meio do espaço. É quase como que um episódio de Teias da Lei mas muito, muito à frente… O discurso da testemunha final (quem diria???) é hipnotizante. Lá, sentados no lugar do Juiz, decidiríamos nós de diferente forma?

A entrada do Coronel Tigh e da Tory Foster na Sala de Comando, as suas disponibilidades apresentadas… A cena é de outro mundo. Eles acabaram de se consciencializar de que são na realidade máquinas, iguais às que tanto odeiam.

E a música? O efeito desta enquanto os Vipers saem dos tubos de lançamento? Mesmo quem nunca gostou do senhor Dylan (haverá quem?), mesmo quem nunca ouviu o Hendryx. Aquela música, All along the Watchtower, foi feita, premonitóriamente, para aquele momento.

O aparecer da Starbuck (a fazer lembrar uma entrada de nave espacial série B, década de 60, puxada por arames, ocupando o ecrã todo) sem ser esperada mesmo quando todos sabemos que só pode ser ela e mais ninguém a sombra que foi avistada pelo Apollo. A serenidade com que ela lhe diz, nos diz, para não nos preocuparmos, que ela nos vai levar à Terra. Um anjo, nuvens brancas, um riso.

Para quem nunca viu Battlestar Galactica está aqui um episódio para se apaixonar.

Nota: Este post foi escrito muito, muito a quente. Já revi o episódio 3 vezes e certamente ainda há muito para dizer mas fica para mais tarde. So say we all.

Battlestar Galactica. A série dramática do Sec. XXI. A inovar em todos os aspectos. Battlestar Galactica Videomaker Toolkit é um conjunto de mais de 50 efeitos visuais e de audio para os fans da série poderem criar os seus próprios mini-filmes de 4 minutos. Estes pequenos videos podem depois ser colocados no site do SCIFI para serem apresentados aos outros fans. O video favorito do produtor será depois transmitido durante uma emissão de BSG.

O Domingo passado começou cedo. Oito da matina e já estava eu em frente à televisão. Silêncio na casa. Mãe e filha dormiam ferradas e eu vi nisso a oportunidade de poder finalmente assistir a Exodus part II, o quarto episódio da terceira season de Battlestar Galactica. E Deuses, que episódio este. Aliás, que série esta. Tudo o que se pode querer de boa ficção cientifica. Mas vamos por partes que nem toda a gente sabe do que falo certo? Pois bem, falo de uma nova série (nova, bem, já vai na terceira season não é???) que fez por se distinguir daquilo que alguns insitiam já em chamar de remake da Galactica da década de 80.

Corria o mês de Setembro de 1982 quando os Sábados passaram a ter como fim de tarde garantida, uma estadia frente ao televisor para assistir na RTP 1 à série Galactica. Assim foi até Março do ano seguinte. Galactica 1980 foi depois transmitida até Outubro desse ano. Estas Galacticas do seculo passado mereceram lugar de destaque e mantiveram-se como referências para muitas pessoas da minha geração (trintões). Mesmo que os detalhes fossem já vagos, as aventuras de Apollo e Starbuck contras os Cylons e as suas luzes vermelhas dançando ao som de um “by your command” metálico, mantiveram-se bem vivos.

Eis que em Dezembro de 2003, mais de 20 anos depois, surge Battlestar Galactica 2003, a mini-série. Ficámos a saber que os Cylons tinham sido criados pelos Humanos mas que 40 anos antes da acção, se tinham revoltado e após uma violenta batalha partiram em busca de um espaço próprio. Foi construida uma estação espacial para servir um único propósito: Tentar criar uma relação diplomática entre Cylons e Humanos. Durante 40 anos os Humanos enviaram um representante. Os Cylons nunca o fizeram. Até então…

Os Cylons evoluiram. Eles podem agora parecer-se com seres Humanos. Eles movem-se por uma fé e não por um qualquer ditador com chapéu à Badaró. Os Cylons acreditam em Deus, uno e omnipotente. Os Humanos são politeistas. Que melhor motivo para tudo começar?

Assistimos à destruição das 12 Colónias pelos Cylons e à sobrevivência de 47.000 humanos que partem pelo espaço em busca da 13ª Colónia: A Terra.

Já deu para reparar que se trata de algo completamente novo não? Duas amigas diseram -me há uns dias atrás que esta nova série deve estar a fazer sucesso devido às gajas… Pois. Isso é efectivamente um detalhe importante. Tal como eu referi atrás os Cylons podem agora ter formas humanas (skin jobs como lhes chamam os Humanos) e por acaso, o género preferencial é o feminino. Ainda por cima abusando das formas esculturais, lá se vão multiplicando (sim, existem muitas cópias) entre loiras e morenas… No entanto há que ter em consideração que, essas mesmas amigas que fizeram o comentário sobre as gajas disseram também que a Galactica antiga é que era, que mais não fosse para ver o Apollo, lindo de morrer… Pois…

Os primeiros quatro episódios foram a mini-série melhor cotada de sempre no Sci-fi Channel. A série em si ganhou o galardão da melhor série televisiva de 2005, atribuido por entidades nem sempre associadas ao publico apreciador de ficção cientifica tais como a revista Time ou a Rolling Stone… Agora digam-me que é só por causa das gajas…

Agora voltando a Exodus Part II. A cara da Starbuck quando percebe que Kacey não é sua filha, a cara de Saul enquanto Ellen lhe morre nos braços, morta por ele, pensando que o amor entre duas pessoas pode fazer esqueçer tudo. A cara de Gaius Baltar enquanto uma Number Three lhe pergunta se ele realmente acredita que a guerra um dia possa terminar. O argumento dessa mesmo Number Three… A Galactica a entrar na atmosfera de New Caprica, os Vipers no ar e puuff… Já foi. O sacrificio da Pegasus e o filho desobediente… A cena final em que Adama corta o bigode, volta para o meio da tripulação. Grande mudança. Ele mudou. Tudo mudou. Passam por ele. Saudam-no. Ele já não tem bigode. Está tudo na mesma. Nada mudou. Em busca da 13ª colonia: A Terra.

Nota: Em Agosto do ano passado, mais precisamente no dia 15, feriado, Segunda-feira, a SIC transmitiu de uma assentada só a mini-série (os tais quatro episódios) Battlestar Galactica 2003 como se fosse um telefilme. Alguém viu? Entre o dia e a hora, é certo que não. Desde então não mais se ouviu falar em tal coisa nas nossas televisões. Recentemente em Portugal foi editada em DVD a série classica pela Universal. Ao contrário do resto do Mundo onde a série foi tratada digitalmente e até apresenta som 5.1, a nossa edição parece ser uma cópia e de pouca qualidade de uma qualquer edição em VHS e com o som 2.1. Pois. É para ser fiel ao original certamente.

Quanto a esta nova série, ao público Português restam apenas duas opções: Ou vai comprando as excelentes edições em DVD que vão saindo por esse Mundo fora (sem legendagem em Português) ou então grava as emissões da MulaTV ou da TorrentTV… Que remédio…