Dias difíceis sim senhor. Quem me tem seguido no Twitter tem acompanhado verdadeiros momentos de agonia em directo (obrigado passarinho azul por me permitires tais desabafos).

Entre o trabalho que aperta (calha a todos e não levo ninguém a mal por isso) com lutas constantes pela razão e bom senso (o esforço que faço para convencer alguém de que é possível, conveniente e até necessário mudar mentalidades é por vezes hercúleo), e um irritante sentimento de insatisfação (as vezes que tenho lembrado Baudelaire e o seu Spleen são agora sem conta), a coisa não tem estado fácil.

Sendo também que os anos passam e que os cigarros já não me fazem companhia para levar noites a fio frente ao ecrã, tenho cedido a Morfeu mais vezes do que gostaria (e do que sou feito assumidamente).

Há duas ou três semanas que carrego diariamente a minha máquina fotográfica e todo o aparato que a costuma acompanhar. Há duas ou três semanas que pouco ou nada dispara.

Os livros (vicio tremendo que espero deixar de herança) acumulam, de páginas marcadas entre os sofás e qualquer canto. As revistas (companheiras pobres ou menos nobre dirão alguns mas paixão a valer no meu caso) ficam por abrir adivinhando o desanimo quando as olhar com olhos de atraso sentindo-as tão ontem…

Ainda assim tem-se safado a música que teima em repetir versos longos, derrotistas ou quando não, testemunhando forças difíceis de explicar mas que, invariavelmente, nos deixam sozinhos, reis e senhores do Mundo. Mas do nosso, não do dos outros.

Mas não está ali árvore nenhuma… – Por isso mesmo…