Dance Factory…, originally uploaded by Browserd (Pedro Rebelo).

"I like the way you move…"
Eu sabia que havia uma razão para o "Dance Factory" da Playstation não ser o meu jogo de eleição… Só não me lembrava que razão era essa. A Patrícia fez questão de me recordar. Saltos e pulos nunca foram a minha especialidade e em casas de soalho português, com tudo a abanar, é mais facil perceber porquê.

Nem podia ser, vindo de quem vem.

Aqui fica, a prenda de aniversário que a Patrícia me deu este ano. Como foi desenhado na escola, imagino a dificuldade que ela teve em explicar às professoras o que era aquilo que estava a desenhar e imagino igualmente que, com a explicação, as professoras tenham encontrado justificação para algumas das dúvidas que eventualmente as assombravam («Com um pai assim, claro…»).

The King of all Cylons

De notar que o Cylon acima não é um Cylon qualquer. É o Rei dos Cylons. Não me digam que não dá para perceber logo. Basta olhar para a coroa…

Daqui a uns anos filha, quando juntos assistirmos à Galactica, sentados no sofá, e a discutir se as Colónias do Cobol são ou não as Tribos de Israel, iremos com saudade lembrar estes desenhos… Depois trocamos de dvd e rogaremos pragas à SyFy por ter cancelado o Caprica.

Obrigado filha.

“Faz hoje dois anos que morri e sinto-me lindamente. Para alguém que está morto há algum tempo, evidentemente. Foi assim que tudo aconteceu: certa noite, o carro em ue viajávamos despenhou-se num barranco. Nós não demos por nada. Foi como se alguém tivesse apagado a luz, e nós, adormecido. Morremos: o Pai, a Mãe, o Avô, a Dentinho e eu.”

Depois de ter passado a noite fora, numa festa de Halloween, que outra coisa poderia uma criança de 6 anos pedir antes de ir para a cama? Bem, a criança cá de casa – a mais pequena entenda-se, que a maior queria estar no sofá a pôr as séries em dia (e a Susana também, convém esclarecer) – só poderia querer, uma história de vampiros…

… e levou com ela a Patrícia e os pais…

Foi no CCB, integrado na iniciativa do Festival Europeu de Música e Aventura para crianças. O espectáculo chamava-se Banjazz «Um bichinho esquisito». E gostámos muito. Aliás, a Patrícia ficou fã de «música Jazz». Digam lá de vossa justiça.

Eu sei, eu sei… Para os pais de longa data isto é coisa de nada… Os primeiros trabalhos de casa… Comparado com o que ainda está para vir, isto não é nada, certo? Pois. Talvez não seja mas convenhamos, para pais de primeiras aguas, ainda que seis anos de dilúvios, os primeiros trabalhos de casa podem ser uma carga de… Trabalhos!

A semana passada fizeram-se I’s cá por casa e a coisa não correu mal. Estava decidido que os trabalhos viriam antes dos desenhos animados na manhã de Domingo. Assim foi. Entre letras pontilhadas e uns desenhos para colorir, foi um instante enquanto os trabalhos se acabaram.

Este Domingo a coisa foi diferente. Tínhamos U’s para fazer e toda a gente sabe que o U é uma chatice. Ursos…

Ó porque não lhe apetece, ou porque são difíceis, ou pura e simplesmente porque «o que eu queria perceber é como é que isto de fazer trabalhos de casa pode ser bom se é uma verdadeira seca?». Isso mesmo. Sem tirar nem pôr.

Uma birra, duas lágrimas, troca de palavras mimosas menos agradáveis… Salva pela Susana que entretanto chegava a casa, lá deu um toque da sua graça e fez jus à sua fama de «criança muito expressiva» (inserir som de choro fajuto e ainda a precisar de um certo aperfeiçoamento para ser verdadeiramente convincente). Eu vou à minha vida (que é como quem diz, volto ao Heidegger e às suas preocupações com a técnica) e vejo a pequena criatura que fica a «engonhar» durante a hora seguinte, para fazer metade (só metade) dos trabalhos…

Mais uma hora se passou até que entre a sala e o quarto lá aparecesse um singelo «Desculpa pai». É claro que desculpo. Desculpo sempre. Mas o pior estava para vir… «Sabes pai, eu gosto mesmo muito de ti. Mas se tivesses um bigode grande e farfalhudo, ainda gostava mais.». Certo. O resto dos trabalhos. Já.