Vindos do cinema, pergunta a Patrícia, do alto da sua imensa sabedoria e lá do banco de trás do carro:

Patrícia: Ó mãe… O que vai ser o jantar?
Susana: Línguas de perguntador…
Patrícia (após um curto silêncio): Ó mãe. Eu não vou comer isso. Hoje já comi sopa ao almoço…

É da boca das crianças…

nota: Acabou por ser um fantástico risotto de camarão regado com um Dão Quinta de Carvalhais Encruzado 2008 que é uma verdadeira maravilha…

“Pai, tenho uma coisa para ti…”. Esta frase é muito bonita não é? Todos os pais babados vão dizer que sim… Então um pai babado de uma filha geek (e desta vez foi a mãe que disse, nem fui eu), é capaz de dizer HIja.

Cylon by Filha de Geek

“Ó pai, é um daqueles Cylon’s. Não vês os olhos vermelhos?”.

Claro que vejo… Só não vejo melhor porque as lágrimas me turvam os olhos…

Não fosse o facto de as bruxas em Portugal serem sempre associadas à imagem de velhas feias e com verrugas no nariz (vinde a mim ó mitologia Celta), seria certamente de pensar numa visita a tais criaturas… Ao fim e ao cabo, como diria o outro, não há nada que não me aconteça…

Ora que foi a história da malfadada dor no braço que não só não passou como tem feito questão de se manifestar de forma mais vincada nestes últimos dias. A mais recente visita ao médico (ontem) aponta para uma operação e fisioterapia… Coisa pouca. A ver vamos o que diz o ortopedista especialista do ombro. Assim que tenha tempo para o visitar.


Entretanto, ainda a semana passada estava no inicio e a Patrícia apanhou uma gastroenterite. Medicamentos para cima e para baixo, diarreias e dores de estômago, febres e dores de cabeça. Para ela e para nós. Estava esta a curar-se e, pimba, aparentemente, um pico de gripe. Febres altas no fim-de-semana, muita tosse e mimos à mistura…

Eis que chega a nova semana. A Segunda-feira corre de feição. Bem, trabalhei até às 10 da noite porque aquilo por lá aperta mas, cheguei a casa e a pequena estava em paz, pronta para ir para cama, só à espera da estória que o pai lhe ia contar…

Terça-feira começa a ser um dia estranho. A meio da tarde chega o telefonema. Para ir buscar a Patrícia ao colégio que, entre muito choro lá perceberam que lhe doí muito um ouvido e já está cheia de febre. Conselho: levar a miúda ao hospital.

Duas horas no hospital do SAMS. Ao inicio, ainda sobre o efeito do Ben-u-ron que lhe deram no colégio, a coisa corria bem. Foi à triagem e pouco depois, vista pela médica, nem se queixava. Mas a médica não gostou muito do que lhe terá visto na garganta e pediu que lhe fizessem uma análise. Na meia-hora de espera pelo resultado, eis que regressa a dor e, tudo quanto era gente naquela pediatria ficou a saber qual o timbre da miúda…

Antibióticos (pela 2ª vez em 5 anos), mais Brufen, Ben-u-ron e umas quantas gotas, volta para casa sem se saber bem o que tem. Uma possível otite que a médica não conseguiu confirmar e uma garganta muito inflamada que diz a referida médica, dará que falar amanhã. Mais uma vez, a ver vamos como amanhece.

No meio de tudo isto, tenho um trabalho do banco para acabar (tem que estar pronto logo pela manhã) e, a grande preocupação da noite, porque nem seria noite se eu fosse dormir descansadinho: Ensaio de 3 páginas para a cadeira de Filosofia da Comunicação, a entregar amanhã.

Caro professor Luiz Carlos Baptista, juro-lhe que não é nada pessoal. Sou até capaz de lhe garantir que tenho uma vontade enorme de prestar mais atenção às suas aulas mas, sobre o ensaio, até à data, nada. Nicles. Népia. Niente. Nadica de nada. O tema já o escolhi: A teoria dos mundos possíveis. Dai para a frente? Bem, espero que esta noite passe algum desfile interessante no Fashion TV de forma a justificar o que por ai se diz de mim (vide bio no Twitter)… Quem diz Foucault, diz Kripke.

… um pai sabe quando fazer “sacrifícios” pelos filhos certo?

Estava a Patrícia há já uma semana sem me ver e ainda assim, foi esta uma das nossas primeiras conversas:

– Patrícia: Sabes pai, vai haver um concerto…

– Eu: Sim? De quem?

– Patrícia: D’aquele senhor, todo de preto, que fala “aassiiimmm” (tentando imitar uma voz cavernosa)…

– Eu: Mas quem? Não estou a ver…

– Patrícia: Aquele, da Guerra das Estrelas…

– Eu: Ah, o Darth Vader

– Patrícia: Sim, o Darth Vader… E sabes pai, ele se calhar vai lá aparecer. Ele não. Se calhar é um senhor, assim, mascarado. Pois, que ele, o Darth Vader, já morreu nos filmes não é pai?

– Eu: Ahhh… Sim. E tu queres ir ver?

– Patrícia: Sim, sim. Compras bilhetes e vamos os dois?

E pronto. Está tudo dito. Pai e filha, em Março, a assistir à grandiosidade prometida de Star Wars in Concert. Vai na volta será ela, do alto dos seus 5 anos, que me irá fazer ver Star Wars com outros olhos… Próximo passo: Ir com ela assistir a algo como um SFXWeekender.