Media Ecology. And what’s that? Well, according to Wikipedia media ecology theory is all about the idea that technology more than influencing our society, controls virtually everything in our lives; As a field of academic research it is a study of the ways that media and communication processes affect our perception and understanding of the world around us. The use of the term ecology is regarding the environment in which the medium is used – what they are and how they affect society.

So, that said, we can for sure understand that each country has it’s own media ecology. With that approach in mind, Professor Luiz Batista designed a course for foreign students at FCSH to provide them with “an overview of the changes underwent by the various Portuguese media in the last 25 to 30 years, particularly regarding the widespread use of the internet and mobile communications technologies”.

The idea is to provide to those young students the tools for an academic approach to the Portuguese media environment. For that, Professor Batista, or Luca as he likes to be called, has a selection of relevant readings and obviously promotes regular in class discussions on the subject. He also invites several guest speakers so that they can bring to class a different kind of insight, more hands-on, with some more practical views on some of the topics of the course.

This year was the second year Luca as invited me as one of those guest speakers, to talk to the class about Internet in Portugal and how the Portuguese people use it. For me it is a great honor believe me. Not only because I had the honor of being one of Luca Batista students (he was my Communication Philosophy teacher) and now he is reaching out to me, trusting that I can also teach something to his students, but also because it is to talk about one of my favorite subjects in one of my favorite places, FCSH, and passing to others my way of understanding digital culture in general. And of course, also for having the students, from all over the world, listening to me, hour after hour and in the end, having questions.

Yesterday, in the classroom we had students from the United States of America, Spain, Netherlands, Germany, Turkey, England … And now, they’ve heard about several things they never heard before. They’ve heard about the importance of the number 42, they’ve heard about War Games, BBS’s, Gopher, Newsgroups … Dial-up connections. They saw numbers on Facebook, on Twitter and about what a heck people do on these networks in Portugal.

Media Ecology book sugestions

They’ve met Morozov, Negroponte and Sherry Turkle. I’ve asked them to be themselvs.

And believe me or not, we’ve talked about high-heels shoes and luxury lingerie … Yeap, that’s all about the Internet. To me, it seemed that it all went very well.

Once again, Luca and everyone on the class, thank you very much for the opportunity.

 

Leituras na manhã de Sábado: A Modernidade

Lembro-me que, aquando da minha primeira passagem pela Academia, nos idos anos 90 do século passado, na entrada para um exame oral, perante a observação de um professor sobre a bandeira monárquica de Dona Maria II que ostentava na minha capa, referindo que ele não era particularmente a favor dos ideais politicos que aquele símbolo representava, dei-lhe como resposta que eu não era particularmente a favor dos ideais politicos que o partido ao qual ele pertencia representava, mas que nem por isso lhe tinha menos respeito como professor ou lhe reconhecia menor valor. Correu bem a prova oral. Acabei com 16.

Na Academia do Século XXI

Na minha mais recente aventura no mundo académico, com outro intuito e, felizmente, com outro juízo, relembro também que perante o professor que dizia que o Twitter não era relevante para os jornalistas em Portugal, insisti e provei (mérito reconhecido ao grupo – meninas, vocês sabem quem são – e a uma professora de outro departamento que testemunhou de forma irrefutável a entrega do trabalho contra o argumento do docente de que não teria sido entregue atempadamente) o contrário.

Com outros docentes, argumentei, justificando a minha discordância com o facto de num exame com consulta não ser permitido consultar o computador. E quando achei que Powerpoint’s com 10 anos estariam desactualizados, quando me disseram que o conhecimento do contexto do autor não era relevante para o entendimento da obra e quando me disseram que a entrega do trabalho era para uma semana antes do que tinham dito de inicio. Enfim, argumentei, discordei, discuti (sim, chegou até a haver palavrões pelo caminho) sempre que acreditava ter a razão do meu lado e verdade seja dita, sempre me encontrei perante verdadeiros exemplos de saber estar, de saber ser, pessoas que independentemente da posição, perante argumentações em que de alguma forma poderão ter encontrado sentido (ou não), mesmo que contrariadas e em publico, mostraram uma hombridade que, no meu entendimento, deve definir a carreira que escolheram, nunca tendo eu sentido que fui prejudicado por ter livremente expresso a minha opinião e discordância.

Um destes dias, numa agradável conversa sobre o meu interesse numa possível carreira académica, dizia-me um amigo (que por razões várias não terá o nome aqui citado) que, na Academia, a partir de um certo ponto (seria o Mestrado) se pensamos em seguir carreira académica, se pensamos em obter uma bolsa para Doutoramento, o melhor que temos a fazer é aceitar quando o docente diz que dois mais dois são cinco. Aceitar, agradecer e subscrever. “Deixa-te dessas coisas de marcar posição. Deixa as discussões filosóficas sobre o que está certo e errado para outro forum…”.

O apreço e carinho que tenho por este amigo é grande acreditem. Assim como é grande a sua genialidade. É grande como ele. E reconhecendo esse génio, entendo perfeitamente o que quer dizer quando as suas palavras me dão a entender que, em certas alturas, devemos recordar que o sujeito é aquele que se sujeita e que na expressão de desejo nosso, o sujeito somos nós. Percebo-o e sei que é por bem, para meu bem, que ele me lembra de tal, mas ainda assim, e em particular neste domínio que é a Academia, tela branca onde cada pincelada pode pintar futuro, desculpa amigo, mas não posso ficar calado.

Questionar a Academia

Que melhor forum para dizer não, que melhor lugar para questionar? Lembro a expressão na cara do Professor Doutor Adriano Rodrigues quando corri para ele e lhe contei sobre o que tinha escrito num exame de Fotografia. “Escreveste que o Benjamim queria dizer isso ou que tu pensas que o Benjamim queria dizer isso?”. “Que acredito que ele queria dizer…” disse eu. “Então não te preocupes. Se o soubeste justificar, estás safo..:”.

Cresci contrariando vozes que me disseram muitas vezes “Nós não vimos, não ouvimos, não dizemos…”. Hoje, ensino à minha filha, a cada dia, que a opinião dela deve ser ouvida, discutida e, se correcta, reconhecida. Que deve lutar por isso, lembrando-a que nem sempre encontrará a tal hombridade que é devida e que, lutar por aquilo em que se acredita por vezes custa, por vezes dói. Que encontrará contrariedades e que terá que aprender a viver com elas, sendo que uma das formas de o fazer é aceitar sempre que reconheça estar errada e nunca deixar de acreditar quando souber que está certa.

Eu gostava que ensinassem isso na Academia. E vocês?

Lembras A Idade da Razão quando, aos 40, apresentas um trabalho académico intitulado “A Narrativa Transmedia Dentro de Uma Cabine Telefónica”.

This Is Not A Tardis by Pedro Rebelo

Considerações especiais para todos quantos ao ler isto pensaram: “A de Thomas Paine ou a de Jean-Paul Sartre?”

E hei-de fazer um Mestrado pois então… Diacho, deve haver algures um plano, uma esboço transcendente, um mapa do destino ou algo do género, onde se escreveu um dia que eu iria fazer o Mestrado. E como eu gosto de coisas escritas, não irei desapontar.

Mas há um limite para tudo, até para coisas escritas certo?

A Internet e os livros em torno dela...

Eis senão quando me encontro frente a esta pilha de coisas escritas livros, criteriosamente seleccionados, todos eles de alguma forma versando a temática de um dos trabalhos a apresentar este semestre para o Mestrado em Ciências da Comunicação (Culturas Contemporâneas e Novas Tecnologias) na FCSH. Um dos trabalhos. Sim, um. Dos vários.

A sério. Tenho mesmo que controlar esta coisa do recolher informação. Eu sei onde a encontrar. Sei como a procurar. Distinguir a que interessa da que nem por isso. Ainda assim, é muita. É demasiada. Ok, there’s no such thing as too much information. Está bem, é o desespero de perceber que por mais que queira não consigo com que o dia tenha mais que 24 horas…

Bem, agora que falo nisso, feitas as contas, entre fusos horários, talvez se conseguisse qualquer coisa com um investimento razoável em bilhetes de avião… Haverá informação sobre isso? Vou pesquisar.

Escreveu o sociólogo Alberto Gonçalves na ultima página da revista Sábado de 12 de Julho deste ano:

Nas nações civilizadas, apenas se chama “doutores” aos médicos, não porque se queira cobri-los de honrarias, mas porque é esse o nome do respectivo ofício.

E mais à frente, sendo certo que se referia aos políticos mas tomando a liberdade de alargar o sentido a grande parte da população nacional de “doutores”:

…a única coisa pior do que recusar o “dr.” é nem sequer ter um “dr.” para recusar. Dai a popularidade das licenciaturas obtidas ou tentadas por métodos que um bárbaro estranharia e que este encantador país ergueu a prática corrente.

Terminava o sociólogo desta maneira:

Quanto mais essencial é o título, menos interessa aquilo a que o título respeita: a veneração da forma resume o conteúdo a uma irrelevância  Como Portugal, no fundo. E, graças a tantos equívocos e trafulhices similares, “no fundo” é a expressão exacta.

Não é meu hábito fazer posts exclusivamente à base de citações mas neste caso, e por tantas razões que a razão (ou o bom senso) me inibe de aqui expor, este fica assim.

Deixo-vos também o citado artigo, completo, do Alberto Simões. Espero que o autor não leve a mal.