Um destes dias a Patrícia pediu-me que lhe comprasse a revista Visão Júnior. Seguindo a ideia de que coisas para ler nunca são demais, lá lhe fiz a vontade e trouxe para casa o exemplar deste mês, o número 84.

Visão Júnior Elefante

Vista que estava, e lá lida à sua maneira, vai-se deitar e eu, como de costume, acompanho-a para a leitura de mais umas páginas das suas aventuras de vampiros. Ao voltar à sala, está a Susana a ler a Visão Júnior, mais precisamente, a secção de curiosidades do reino animal. Entre outras que me cita eis que vem esta:

Os elefantes dormem apenas duas horas por dia

Ora, a coisa podia ter ficado por ai mas, num toque de graça magistral por tão natural que foi, após um breve silêncio, a Susana levanta os olhos da revista e olhando para mim diz: “Amor, és quase um elefante.”

Sexy… Mas um pai (e um marido) vive para ouvir estas coisas… Lindas…

 

Eu sei, eu sei… O Dia do Pai já passou (ainda que eu defenda a ideia de que todos os dias deviam ser Dia do Pai) mas ainda assim, e considerando que tenho um certo gosto em partilhar convosco estas pequenas pérolas da paternidade, fica a nota: Há dias em que nem o Hamlet nos convence. Quando por exemplo somos mais facilmente convencidos com um marcador de livros feito à mão pela filha de 6 anos.

Foi no dia do Pai

“Para ti pai, porque tu lês muito…”.

p.s. O trabalho de casa nesse fim-de-semana foi: Dar muitos miminhos ao pai. E ela deu… Sem se cansar.

Novas e emocionantes aventuras nos esperam… Mas é que não tenho qualquer duvida… Se aos 6 anos já se juntou ao Lado Negro da Força…

Darth (she) Vader...

A esperança reside porém, no facto de que ainda, em momentos de verdadeira emoção, dizer que gosta muito do R2D2, do C3PO e do Chewie… E tratar o Yoda por Mestre Yoda…

Quem sabe, talvez haja uma verdadeira rebelde por detrás da máscara…

May the Force be with you Patrícia (desde que não te esqueças a diferença entre Star Wars e Star Trek).

Em pleno Planetário Calouste Gulbenkian, uma bela manhã de Domingo, tentamos dar uma lufada de ciência ao espírito inquieto e curioso de uma jovem Geek

No Planetario

Entre planetas e estrelas, num Universo aparentemente infindável, eis que ao longe surge uma forma vagamente familiar. Há medida da sua aproximação, a silhueta torna-se mais clara e já se identifica para além de qualquer duvida:

– Aquela ali – digo eu apontando para o ceu estrelado – é a nave onde viaja o Spock.
– Do Star Trek? Como é que se chama pai?
– Enterprise…

Ao mesmo tempo, dizia baixinho um pai na fila de trás, à filha igualmente curiosa:

É a nave da Guerra das Estrelas…

Pois…