O Twitterverse nacional foi ontem animado durante algum tempo, com a argumentação entre o @BrunoFigueiredo e o @Karlus sobre quem seria melhor cozinheira (vamos ser correctos rapazes): A Nigella Lawson ou a Mafalda Pinto Leite.

Se bem me lembro, a conversa terá até começado na sequência dos já costumeiros debates no Twitter sobre a Vorwerk Bimby (sim, esta coisa do Twitter é cena de macho).

Ora, eu que até ando numa de perceber um pouco mais de culinária (acho que lá por casa a Susana agradeceria), ganhando algum conhecimento sobre a confecção em vez de me ficar no consumo, resolvi perguntar-vos, ó mestres de culinária, qual das três magas das cozinha, merece mais atenção: Nigella Lawson, Mafalda Pinto Leite ou Bimby?

Bimby vs Nigella vs Mafalda

É claro que, para vos ser sincero, tenho muitas saudades das horas frente ao People & Arts, em que nos deliciávamos com os brindes culinários da Clarissa Dickson-Wright e da Jennifer Paterson mais conhecidas como «The Two Fat Ladies» mas, o que lá vai lá vai, uma das senhoras até já morreu, nada a fazer.

Quanto à questão do Jamie Oliver, bem, não há questão. A malta gosta do que ele apresenta, tem tudo bom aspecto, e não parece haver necessidade de escolha, entre ele e o Manuel Luis Goucha (que ao que julgo saber, já nem faz programas de cozinha, que diga-se, não seriam os mesmos sem o bigode).

Voltamos então às concorrentes: Nigella Lawson, Mafalda Pinto Leite ou Bimby? Quem ganha a batalha pela Colher de Pau doirada?

Sanctuary não é propriamente uma nova série. Existe desde 2007 tendo começado por ser exibida unicamente na web.

Sendo uma série do SyFi Channel, tinha pelo menos dois pontos fortes para agradar ao publico alvo do canal: Amanda Tapping, mais conhecida pelos fãs da ficção cientifica como Samantha Carter, a cientista da equipa SG-1 em Stargate. Para além disto, Sanctuary é uma série cuja produção é essencialmente baseada na tecnologia. Muitos ecrãs verdes e muita animação por computador. Melhor. Tudo isto, muito bem feito.

Sanctuary

Sanctuary conta a história da Dra. Helen Magnus que, num mundo que não sendo o nosso, se parece muito com ele, mantém num misterioso palácio cercado por um campo de forças invisível (numa mistura de tecnologia e mística), um numero incerto de criaturas que, erros ou triunfos da natureza, são diferentes das outras e como tal, muitas vezes incompreendidas e perseguidas.

A própria Helen Magnus terá algo de diferente uma vez que, aparentemente, terá já 158 anos de idade (não se preocupem, ela parece-se com a Amanda Tapping de sempre) e, como uma brilhante cientista da época vitoriana, terá sido companheira de Nikola Tesla, Nigel Griffin, James Watson e John Druitt, um grupo de cientistas que se dedicavam à exploração das razões de ser do mundo físico, nem sempre da forma mais convencional…

Nesta aventura, a Dra. Helen Magnus é acompanhada pela sua filha Ashley Magnus (Emilie Ullerup), cuja beleza anda lado a lado com a força e destreza física tornando-a assim, o braço forte do Santuário sempre que é necessário recolher uma criatura mais rebelde… Magnus é também ajudada pelo Dr. Will Zimmerman (Robin Dunne), um psiquiatra forense, especialista nas ciências comportamentais cujo fascínio pelas explicações menos comuns levou ao seu descrédito entre os colegas de profissão. No santuário sente-se em casa… Como parte do staff original do santuário existe ainda Henry Foss, colaborador de Helen, geek dos computadores e de todas as coisas mais techie, é também o responsável pela criação das armas especiais usadas por todos eles assim como pela segurança hight-tech do espaço (coisa que por vezes falha).

Já na história como sendo a série com a primeira temporada mais vista de sempre no site Syfy.com (qualquer coisa como 3.9 milhões de visualizações na página da série), Sanctuary conta com 8 episódios na web e mais 13 da primeira série. A segunda série será para consumir nas férias que se avizinham mas o SyFy já anunciou: Novos episódios estão para chegar. Ainda este ano.


Já não é novidade para ninguem que eu gosto muito de ver séries e faço alguns sacrificios para as ver. Destes, o mais recente é esperar até á meia-noite e meia para assistir diáriamente a L Word (ou como lhe chamaram em Portugal, A Letra L) na 2. L é de Lesbian e é de lésbicas que a série nos fala. Pelo menos é assim que é apresentada e isso só por si faz com que algumas pessoas não queiram ver a série e outras estejam doidas para tal mas pelas razões erradas (erradas ou não as mais correctas ou ainda não as mais justas).

L Word mostra-nos a realidade diária de um grupo de mulheres lésbicas que vive em Los Angeles e que como toda a gente, procuram viver felizes sabendo que, devido a amarem de uma forma diferente da culturalmente estabelecida, tal nem sempre é facil. É um drama no sentido televisivo da palavra mas é na verdade uma série que nos mostra de forma muito bem humorada, sensivel e sensual (não vejo maneira de mostrar a relação entre mulheres que não assim), a luta para a realização pessoal e profissional destas mulheres enfrentando todos os entraves externos e não só (uma das personagens, Jenny, insiste em casar com o namorado mas descobre que o feminino é uma atração talvez mais forte) que lhes vão aparecendo. E estas mulheres são tal e qual todas as outras (e outros também). Não estamos a falar das lésbicas dos tempos das nossas mães, o estereotipo de blusão de cabedal pós 25 de Abril e cigarro ao canto da boca… Além disso, há as que querem ter filhos, as que só dão valor à carreira, as que querem alguem diferente todas as noites sem nunca assumirem compromissos.

L Word

A vida corre bem para aqueles lados. Está bem… É muito luxo, muito glam… Apartamentos lindos e telemóveis topo de gama. Profissões de sonho e tudo o mais. Não se esqueçam: é Los Angeles. Se fosse em Nova Iorque a coisa seria diferente…

A série merece a plenitude da bola vermelha que ganhou ao canto do ecran. Entre beijos apaixonados ou uma lingua que passa aqui e ali, cabeças que desaparecem entre pernas ou outras posições, sons e expressões que nos deixam adivinhar orgasmos que só elas poderão saber como se sentem, também as falas lá estão todas e desta feita até a legendagem ajuda. Quando se diz fazer amor é fazer amor mas quando se diz outra coisa é mesmo outra coisa que se lê. É certo que por vezes quase nos leva a pensar “Será que elas não pensam noutra coisa senão ir para a cama com outras mulheres?” ou “Será que as gajas lésbicas vão todas para a cama no primeiro encontro?” mas dizem para ai as más linguas que toda a gente pensa no assunto muito mais do que aquilo que admite. Mesmo assim, que não fique a ideia de que a série é só isto. Por exemplo o tema “sexo entre amigas” é muito focado com enfase no amigas e não no sexo. Sabem aquela conversa do “Pode o melhor amigo de um homem ser uma mulher?” Imaginem o pano para mangas que pode dar quando falamos de lésbicas…

Começada a exibir nos Estados Unidos ainda em 2004, L Word já conta com três epocas completas e prepara-se a quarta. Vai introduzindo novos personagens e novos tramas e ao que parece sem perder o interesse. Já há obviamente vozes que se levantam contra a série mas por enquanto, tendo em conta o que já vi fico naquela de que, vozes de burro não chegam ao céu…