Nos idos anos 80 do século passado (e não vos passa pela cabeça o gozo que me dá escrever isto), já a série de televisão Galactica se mostrava ao mundo como algo de único, até na forma como nos mostrava o futuro, prevendo-o.

A cena:

Líder Imperial: Chama todos os raiders para defenderem a nave base…
Centurião: Todos os nossos raiders foram destruídos.
Líder imperial: Destruídos? Como? Nós atacámos de surpresa…
Centurião: Aparentemente, não foi uma surpresa tão grande como nós esperávamos que fosse…

Talvez umas das melhores saídas dos loucos anos 80…

Quem tiver interessado, pode comprar a série completa Battlestar Galactica [1978] na Amazon.

Tal e qual… Foi esta a expressão usada pela Patrícia ontem à noite enquanto eu preparava as coisas para mais uma sessão de Primeval… Enquanto liga e não liga o leitor de DVD, eis que a televisão estava como de costume, no AXN, e precisamente quando está a começar mais um episódio de CSI.

Não há como resistir e dificilmente se consegue argumentar que já é hora de ir para a cama.

“CSI? Então não vamos ver Primeval?”

É mais uma daquelas a ficar na história de uma miúda que, ou muito me engano, ou até vai gostar dessas cenas assim… Geeks…

Primeval tem sido a dose de ficção diária nestes dias em que a produção de séries anda em repouso por esse mundo fora. Trata-se de uma série de origem britânica, já de 2007 e que já nos oferece 3 temporadas completas sendo que a quarta começou a ser transmitida no inicio deste ano.

Grosso modo, anomalias no tecido espaço-temporal permitem que criaturas do passado e do futuro passem através delas para o nosso tempo. Em consequência disso, diversas situações se proporcionam levando a alterações da realidade. Tudo isto no contexto de um grupo de investigadores académicos e um departamento governamental que tenta perceber o fenómeno ao mesmo tempo que faz tudo por tudo para o esconder da sociedade civil.

Com alguns exageros, vai garantindo momentos de interesse e diversão frente à televisão nas noites da semana. Para nós e para a Patrícia como se percebe…

Será que é desta? Comprei os DVD’s da primeira série de Dr. Who. Agora é que não tenho desculpa…

Já várias pessoas me perguntaram, como era possível eu não ver Dr. Who. Pois que ainda não me deu para esse lado… Bem, para dizer a verdade, deu, há cerca de 2 meses atrás mas, acabei por não ter tempo. Agora é que vai ser.

Dr. Who Season 1

Esta é a primeira série depois de Dr. Who ter estado fora do ar (em transmissões regulares semanais diga-se) durante 6 anos. Por isso é chamada de Série 1. No entanto, os fãs mais ferrenhos insistem em chamar a esta temporada exibida entre 26 de Março de 2005 e 18 de Junho desse mesmo ano, de série 27, diferenciando-a assim da Série 1 original transmitida entre 23 de Novembro de 1963 e 12 de Setembro de 1964.

Nesta nova Série 1 de Dr. Who, a BBC fez um verdadeiro refresh à história de forma a lembrar (ou dar a conhecer aos novos seguidores) conceitos base e personagens. Dá ainda a conhecer personagens, que muito darão que falar num certo spin off sobre o qual escreverei em breve…

São 13 episódios entre eles Rose, que me foi particularmente aconselhado pelo Luís Alves e pela Teresa quando questionei no Twitter sobre por onde começar a ver Dr. Who.

A série está dividida em duas caixas, cada uma contendo dois discos. A primeira parte é apresentada com uma capa de cartão contendo a vulgar caixa de DVD lá dentro mas, a segunda parte da série, já não teve direito a tantas mordomias e vem só com a caixa plástica. Infelizmente, não vejo esta série a vender em nenhum dos pontos de venda habituais o que me leva a pensar, que talvez tenha sido curta a edição e, provavelmente, estaremos perante mais uma que ficará no limbo. Esperemos que não.

A ver vamos então, se é desta que este clássico geek ganha mais um fã.

Já poucas coisas nos surpreendem vindas da China mas, ainda assim, eles tentam. E conseguem.

Mesmo que dificilmente cabendo nos mais «wild dreams» do mais radical dos Geeks, não posso deixar de imaginar (ainda não lhe coloquei a vista em cima mas já há manobras de bastidores) como será esta fantástica obra televisiva, aqui numa edição contendo as 4 temporadas de Battlestar Galactica.

A novidade é que esta edição no presenteia com um pouco de Star Trek (porque outra razão apareceria a Enterprise na capa?) e também um pouco de Stargate (aquele portal lá atrás não engana ninguém).

Battlestar Galactica meets Star Trek meets Stargate

via Nerdist

Foi há mais de 25 anos que Jeremy Brett nos apresentou Sherlock Holmes. «O» Sherlock Holmes. O maníaco, depressivo, analítico, compulsivo, sarcástico, apaixonado, solitário Sherlock Holmes. Jeremy Brett tem sido desde então, a representação ideal do génio dedutivo criado por Sir Arthur Conan Doyle.

Tal era a perfeição que o mito se fez verdade. Dizia Jeremy Brett que muitos actores diziam que, se representassem Sherlock por muito tempo, o personagem lhes roubava a alma. Terá sido o que lhe aconteceu.

15 anos depois da sua morte, e várias tentativas menos felizes de representar Sherlock Holmes depois (na tv e, mais recentemente, no cinema), surge em terras de Sua Majestade uma nova série televisiva. O nome, Sherlock Holmes, é por si só provocativo. Vem da BBC e isso a mim, fã confesso, só me aguçou o apetite.

Sherlock Holmes 2010

Mini-série. 3 episódios. Cerca de hora e meia cada um. Preparados? A acção decorre na Londres do Século XXI. E que bem que ela se dá por lá. Poderá apaixonar miúdos pelo clássico da literatura inglesa? E porque não?

Depois de sermos apresentados ao Dr. Watson, depois deste ser apresentado a Holmes, de sabermos que Holmes toca violino (não sabiam?), de passarmos por Mycroft, de ouvirmos falar de Moriarty, enfim, de corrermos por alguns becos londrinos, de apanharmos meia dúzia de táxis, depois de tudo isto, fica a sensação de que, estamos a ver Sherlock Holmes novamente. Finalmente. É um Holmes moderno, tal como o outro. Escreve sms’s em vez de cartas e tem um web site: The Science of Deduction. Estabeleceu-se como um consulting detective. O único no mundo. Assim parece efectivamente.

Benedict Cumberbatch está a ser um muito bom Sherlock Holmes. Tem uma expressão própria, cerca daquela que o seu personagem afirma como sua, a de sociopata. A qualquer minuto, pode saltar da cadeira e recitar um poema de Byron ou baixando a cabeça, fazer o mesmo, com o mesmo impacto. Martin Freeman é também um bom Watson, mas temo que a curta duração da série não o vá deixar mostrar ao mundo, a importância do personagem.

Não avançando mais para não cair em spoilers, fica a nota: Televisões do meu pais, não percam a oportunidade de mostrar às gentes de Portugal, mais uma grande produção da BBC: Sherlock Holmes.