Um Sábado por Lisboa. Podia chamar-se assim o relato do Sábado que passou. O dia começou cedo e o carro ficou à porta de casa. Metro para conhecer a nova estação de Santa Apolónia e toca a subir até ao Panteão Nacional ali na Freguesia de São Vicente de Fora. É claro que há mil e um livrinhos explicando a história do Panteão e da Igreja de Santa Engrácia mas nada como uma boa guia para nos contar todos os detalhes. Conhecem o termo “obras de Santa Engrácia” (tipo túnel do Marquês ou Metro de Almada?)? Já sabemos a história. Tendo em conta que estava muito bom tempo com um dia bem solarengo ainda tivemos a sorte de nos levarem à cúpula e de nos deixarem passear por lá… Coisa pouca… Algumas centenas de degraus para cima e para baixo.

Entre todas as personalidades com direito a túmulo no referido Panteão, continuei sem saber porque diabo não foi para lá o de Fernando Pessoa.

A manhã já ia longa e fomos passear pela Feira da Ladra. Ainda não estávamos lá há 10 minutos e já tinha um trio de jovens nas minhas costas a tentar abrir a minha mochila da máquina fotográfica. Ora ai está uma boa razão para passar a chamar aquele “mercado” de Lisboa de Feira do Ladrão em vez de Feira da Ladra. Há já alguns (muitos) anos que não ia aquela feira mas sempre soube que a melhor altura para o fazer é mesmo pela manhã muito cedo, madrugada até. Tem menos policia e mais interesse…

O almoço veio logo depois. Descemos até Santa Apolónia e numa daquelas tascas num daqueles cafés lá comemos uns fantásticos filetes com arroz de tomate e salada, grelhada mista como prato de carne e ainda uma grande travessa de fruta fresca. Longe vai o tempo do bacalhau com grão como prato único…

O Sol ia ainda alto quando voltámos a subir desta feita por um pequeno beco em direcção à Igreja de São Vicente de Fora para conhecer o mosteiro em detalhe. E que detalhe. Da cisterna do sec. XVI às fábulas de La Fontaine pouco ficou por ver. Não sabíamos por exemplo que é ali que se encontra o panteão dos Branganças. Foi aliás nesse panteão, junto ao túmulo do Rei D.Carlos e do filho, o Príncipe Luís Filipe que a Patrícia apanhou um real susto com a estátua da mulher que chora junto a estes túmulos. A tarde caia e era já hora de descer à Baixa. Garrafeira Napoleão para abastecer um pouco e antes que o Sol se ponha, uma bebida para refrescar n’A Outra Face da Lua. O dia só iria terminar bem mais tarde em casa de amigos, com uma bela jantarada. Só então a Patrícia se deu por vencida e dormiu… Onde vai ela buscar a energia queria eu saber. Dar-me-ia muito jeito para a semana que agora começou…

5 thoughts on “A Lisboa de Sempre…

  1. O Fernando Pessoa está no Mosteiro dos Jerónimos…para ser mais específico, está no claustro do Mosteiro.

  2. Ah…e também eu, fiquei “impressionado” com a tal estátua junto dos túmulos do rei D. Carlos e respectiva família.

  3. Eu até sabia que o Fernando Pessoa está nos Jerónimos Phil. O que eu gostava de saber é porque não está no Panteão uma vez que esteve para ir…

  4. hum…..belo sabado!! E esteve um dia maravilhoso!!

    Não sabias que as miudas nascem com pilhas!?! Daquelas que não acabam NUNCA!!!!!!

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