Um destes dias detalho por aqui a cena do descanso mas por enquanto fica só a ideia de que ao contrário do que muita gente pensa, nem todo o pais estava debaixo de pesada chuva. Ainda que hoje, Quarta, a manhã tenha começado bem regada (parece que estava a adivinhar e o pequeno-almoço chegou já por volta do meio-dia), o dia de ontem e anteontem estiveram como se quer… Ou pelo menos, como eu quero. Já que tenho que ir à praia, já que tem que ser no Verão, então que seja assim, vazia, sossegada, com tempo para ler…

Certo. A leitura não era das mais profundas (nem vos passa o que vem na mala para ler) mas foi um reencontro com uma personagem da banda desenhada (comics será ao dia de hoje o mais correcto de se dizer neste caso) que há muito não via. Natalia Romanova (Natasha para os amigos) mais conhecida como Black Widow. Sim, sim… É essa mesmo. A personagem de Scarlett Johansson (muito procurada nos últimos dias depois do beijo da Sandra Bullock) no Iron Man 2.

Black Widow Deadly Origins

Ainda a Scarlett não tinha nascido já a Natasha Romanova cá andava… Em todos os sentidos. Apareceu nos livros pela primeira vez em 1964 mas o seu personagem vive desde a década de 20 do século passado e com mil e uma aventuras dignas de registo.

O livro Black Widow: Deadly Origin reúne os 4 fascículos em que a historia foi editada originalmente, numa edição luxuosa daquelas que ficam bem em qualquer colecção. Quanto à história propriamente dita, bem, essa deixa a desejar. Ainda que faça um review muito abrangente à vida amorosa de Natasha, deixa de lado algum glamour que a personagem impõe e isso é o suficiente para não encantar. Também a forma como finalmente se define o personagem de apoio à história de Natasha, Ivan Petrovich, o homem que a salvou de um destino cruel ainda bebé, não convence. Mais não digo para não estragar a leitura a quem o vai ler.

Scarlett Johansson

Ainda não é bem uma leitura certa… É um aproximar, um ver se arranjo tempo. Ainda assim, podia tentar ler um romance, uma qualquer história de ficção… Não adianta. Os olhos fogem para aqui, de uma forma ou de outra, sempre mundos paralelos…

Serve este só para vos dizer, que este homem era um senhor… E para quem gosta de fotografia, deve ser quase indispensável. Há que ler Walter Benjamin, e depois, concordar ou não. Mas há que o ler…

A Modernidade - Walter Benjamin

A Modernidade, Obras escolhidas de Walter Benjamin com edição e tradução de João Barreto, pela Assírio & Alvim.

Nota: A ler com atenção a “Pequena história da fotografia”.

Dizia-me o Luís Filipe Sarmento uma noite no Twitter:  “Olha que vale a pena. É um dos maiores filósofos da actualidade. Tema hipermodernismo (a tua onda)…“. Infelizmente, não pude comparecer. Para variar, o trabalho, a universidade, a família, o tempo que não estica… Mas é esse mesmo tempo que é sem duvida, caminho das memórias e a existência dele é garantia delas e como tal, tardou mas chegou.

O ecrã global” de Gilles Lipovetsky. Com tradução de Luís Filipe Sarmento (a quem desde já comunico publicamente que não me esqueci que temos um copo em atraso, e espero ver tal questão resolvida o quanto antes de forma a que possamos arranjar um novo pretexto ), pelas Edições 70.

Sem mais delonga, fica a nota. Tinhas razão caro Luís, é a minha onda. E a cada dia que passa,  deixando-me de alguma forma mais encantando pela Comunicação, pela forma e pelo sentido, pelo entendimento do futuro (que com o presente já há muito quem se preocupe), mais concordo contigo. É a minha onda…

Ecrã Global de Giles Lipovetsky