Lembra o Público e muito bem, que se comemoram hoje os 70 anos de Spirou. Era uma boa ocasião para alguma editora (ASA ???) aproveitar e começar a publicar os albuns fora-de-série tais como Les Marais du Temps ou Le tombeau des Champignac (Les Géants Pétrifiés já foi publicado por cá ainda que só na colecção do jornal Público). Não somos assim tão poucos a gostar das aventuras do tipo vestido de paquete… Bem, às vezes pelo menos…
Livros
Já há uns tempos atrás tinha visto à venda na FNAC o livro “The Dangerous Book for Boys
” e fiquei impressionado. Ainda se vendem livros assim? Um novo clássico poderá ser chamado. O tipo de livro com que eu sonhava enquanto pedia à minha mãe que me comprasse o Manual do Escuteiro Mirim nos meados dos anos 80. Não só a encadernação nos faz sonhar com um daqueles livros para guardar como um tesouro mas o próprio conteúdo em si é um verdadeiro tesouro. Desde os nós, às bússolas, passando pela tinta invisível, tudo o que um jovem rapaz podia querer em tempos que não conheciam a Playstation. Mas era do mundo dos rapazes que ali se falava. E eu tenho uma filha.
Eis que pelos meus passeios na Internet descubro The Daring Book for Girls, que é como quem diz, a versão para raparigas do livro acima descrito. Ainda que o livro tenha especial interesse para as jovens americanas (foca alguns aspectos típicos daquela sociedade) não deixa de ser interessante para todas as outras. Entre histórias de rainhas e princesas o livro tem também histórias de exploradoras e inventoras, desportistas e cientistas… Tem histórias de espias e até de piratas (sabiam que Ching-Shih era uma mulher pirata do inicio do século XIX que comandava a frota da Bandeira Vermelha composta por cerca de 1.800 navios e 80.000 piratas?).
O “The Daring Book for Girls” ainda só está em pré-venda cá pela Europa mas já se pode comprar nos Estados Unidos onde aparentemente está a fazer grande sucesso. Basta que se diga que tem sido falado em círculos de influencia como a Ophra Magazine. Mas que não se desapontem os geek savy que me visitam. O “The Daring Book for Girls
” também já foi falado na Wired.
Silken Floss (ou Silk N. Floss) é a voluptuosa secretária de Mr. Octopus sedenta de vingança e que juntamente com este fará o perfeito dinamic duo do crime. Independentemente das suas qualidades como actriz devem ter sido as famosas curvas da voluptuosa Scarlett Johansson que lhe asseguraram a personagem em The Spirit, a adaptação cinematográfica da famosa banda desenhada de Will Eisner.
Em The Spirit Will Eisner sempre mostrou as mulheres com corpos sexys e voluptuosos, dando-lhes a importância devida numa história noir: Ou são a inocência em pessoa ou demoniaca femme fatale. A mais infame delas foi P’Gell e apresentou-se aos leitores de The Spirit com estas palavras: “O meu nome é P’Gell… E esta não é uma história para rapazinhos pequenos…”. Scarlett Johansson tem não só as formas como também (reconheço-o após Black Dahlia) o glamour para uma destas personagens.
The Spirit gira à volta do detective Denny Colt que em Central City encena a sua morte para poder assim voltar como um herois mascarado findo do além para combater o mal. Colt será interpretado por Gabriel Macht. O Mal estará aqui nas mãos de Samuel L. Jackson no papel de Mr. Octopus.
Das mãos de Frank Miller, depois de Sin City e 300, outra magistral obra da banda desenhada que passa ao grande ecran.
Para quem possa estar interessado pode adquirir na Amazon UK Spirit, the – Archives, Volume 1: June 2 – December 29, 1940: 1 (Spirit Archives). É sem dúvida uma boa forma de começar a conhecer a magistral obra de Will Eisner.
Depois de uma noticia que saiu há cerca de dois meses no site da Variety sobre a eventual adaptação ao cinema do romance Neuromancer de William Gibson, veio o próprio Gibson escrever no seu blog sobre o assunto Continue reading
Já lá vão dois dias e eu ainda não vos tinha dito nada mas digo-vos agora: Já não passo os dias no Deserto, desculpem, no Tagus Park. Já não bebo café no Martinho da Arcada quase de madrugada e já não viajo no corporativo.
Em compensação já vejo cores, ouço pessoas na rua (diabos, passaram duas manifestações hoje mesmo abaixo da minha janela) e buzinas. Não imaginam o quão bom é ouvir buzinas… Querem mais detalhe? Descer a Rua Augusta mas sem pressas, beber café de verdade mesmo antes de entrar (até me dizem bom dia e obrigado), ver que estão mesmo ali à mão os jornais do dia (sem contar com o Metro e o Destak), sentar-me e ter mais luz do Sol a entrar pela janela (e eu que até nem sou dessas coisas) do que luz branca das lâmpadas sobre a cabeça… E o rio. O rio está já ali ao fundo.
Já não faço parte de uma equipa de desenvolvimento. Agora faço parte de uma equipa de comunicação. Bem, o que eu fazia antes já estaria no âmbito da comunicação e não no do desenvolvimento mas… Não me vou alongar. Já sabem que não é meu costume por aqui escrever de trabalho. É daqueles temas em que não quero misturar os dois universos. Fico-me só pela alegria de vos poder contar que posso voltar a tirar fotografias, subir ao Chiado de manhã ou ao Castelo à hora de almoço. Ver o rio ao final do dia…
Por falar em fotografia, apresento-vos o conceito da minha mais recente aquisição: Já que conduzo pela cidade todo o dia, porque não documentar a cidade em fotografia a partir do meu carro? Sim, este é o tipo de ideia que eu poderia ter tido se conduzisse mas não fui eu o primeiro a lembrar-me de tal e sim um senhor de nome David Bradford e ele conduz um táxi em Nova Iorque. Mas atenção: David Bradford não é somente um taxista. Tem formação superior em desenho e ilustração e até já foi director de arte do famoso Sacks na Fifth Avenue. Um dia resolveu deixar de trabalhar por conta de outrem e passar a conduzir um táxi para ficar assim com mais tempo livre para os seus projectos pessoais. Lembrou-se de fotografar a cidade que nunca dorme enquanto conduzia de forma a ter nessas fotografias bases de inspiração para novos desenhos. Pois são exactamente 10 anos dessas fotografias que constituem o livro Drive-By Shootings. São imagens daquelas que qualquer pessoa que visite Nova Iorque gostaria de trazer consigo. O para-brisas serve muitas vezes como uma lente adicional. Os limpa para-brisas como efeitos, os espelhos retrovisores ajudam às montagens que não o sendo assim o parecem… Enfim, recomenda-se.
E mais uma vez, por falar em fotografias e em taxistas, não podia deixar de me lembrar de uma série de fotografias que tirei nos idos anos do inicio do século… A ver… A comentar ok? Taxistas de Lisboa.