Greve dos ArgumentistasJá se pode ler por todo o lado que a greve dos argumentistas norte-americanos acabou. Bem, ao que me parece ainda não acabou. O sindicato chegou a uma proposta de acordo que será votada agora durante dois dias para decidirem se a greve acaba ou não. Aparentemente, acaba. Espera-se que sim. Enquanto os senhores lá do outro lado do Atlântico já andam aos cucos por estarem a ver repetições dos seus talk-shows de fim-de-noite, nós por cá desesperávamos com a hipótese de não haver novos episódios de séries como 24, Galactica, Heroes e outros… A ver vamos como fica a coisa.

Entretanto, ainda no tema Writers Guild of America uma boa noticia. Mesmo não havendo entrega de prémios (ou se bem que é greve ou se bem que nem por isso), foram anunciados os Writers Guild Awards 2008 e o prémio da melhor série cómica foi para 30 Rock. Mais um garante para a dita…

Se eu aqui vos escrever sobre as crónicas da Sarah Connor muitos de vós não fazem ideia do que se trata certo? Foi o que pensaram os produtores da série que explora o filão “Terminator” ou Exterminador Implacável como foi chamado cá por terras lusas: “Terminator: The Sharah Connor Chronicles”. Aviso à navegação: Quem não gostou dos filmes quase certamente não irá gostar da série.


O episódio piloto que vi este fim-de-semana já por ai anda há algum tempo mas com a proximidade da exibição oficial da série na TV (o canal FOX nos Estado Unidos irá estrear a série este mês) e juntando a isso o facto de que, com a greve da Writers Guild, há pouco de novo no panorama das séries televisivas, achei que era uma boa altura para o ver.

“Terminator: The Sharah Connor Chronicles” começa mais ou menos onde termina Terminator 2. Segundo alguns, onde deviam ter terminado os filmes evitando assim T3. Não vou comentar pois ainda não vi T3 com tempo decente para tecer opiniões mais bem formadas. Adiante que aqui escreve-se sobre a série… Estamos em 1999 e Sarah Connor (Lena Heady) resolve uma vez mais fugir com o seu filho John (Thomas Decker) apesar de estar aparentemente segura a viver com um homem verdadeiramente apaixonado por ela. Mas nada é mais forte do que a insegurança que os sonhos de Sarah lhe trazem. E se ela sonha que John está em perigo, ao acordar. É hora de fugir. E desta vez foi a fuga que despoletou o perigo. Os tipos feitos de metal que viajam do futuro para garantir a morte de John Connor andam sempre por cá em cata de uma pista sobre o paradeiro do dito. Assim que o namorado de Sarah informa a polícia do seu desaparecimento o tal do robot de olhos vermelhos lá vê no seu computador de sala a fotografia da miúda e pronto, a perseguição começa novamente. Minutos depois já temos tiroteio de meia-noite num colégio com adolescentes em choque mais admirados com a perna robótica do assassino do que com as armas mortais que este empunha. É aqui que nos lembramos que nem todos os robots são, digamos, maus. O T2 por exemplo, era um sentimentalão (se é que se pode chamar tal coisa ao Arnaldo) lembram-se?

Terminator: The Sarah Connor ChroniclesPois aqui o papel do bom robot cabe a uma excelente Summer Glau (Firefly, Serenity e 4400) que tal como em papeis anteriores está mesmo ali entre a graça ingénua/marota da adolescência e a força e violência digna de uma Diva de wrestling. Cameron é também quem permite que Sarah e o filho escapem da morte certa com o cliché da ficção científica em que Terminator assenta: Viajam os três no tempo até 2007 em busca do inicio da maligna Skynet que Sarah pensava ter terminado mas que todos nós sabemos não ser bem assim. Assim acaba este episódio piloto.
Acção quanto baste parece ser a marca da série mas não descurando o lado mais emocional dos personagens e quase certamente Summer Glau terá algo que ver com isso. Cheira-me que não tarda ainda para aí tem John e Cameron numa da paixão avassaladora e amor impossível (ela é uma maquina pôrra.).

És fã de 24? Não perdes um episódio? Estás desesperadamente ansioso pelo inicio da 7ª série de forma a poderes sacar nos torrents as aventuras do Jack Bauer semanalmente? Preocupa-te a greve dos argumentistas em Hollywood? Calma. Podes ver aqui aquilo que meio mundo procura: O episódio perdido de 24. Jack Bauer salva o mundo em 1994 com um modem de 56 kbs. Sim, há mais de 10 anos que o fantástico Jack Bauer corre contra o relógio para salvar o mundo das mais terríveis ameaças terroristas. Aqui está a prova:

Send him the bomb schematics.” “It’s almost 50 kilobytes.” “Jesus, we’ll have to print it out and send a bike messenger!” Há coisas que nunca mudam. E o “damn it” também lá está. A ver e recordar algo que poderia ter sido mas felizmente não foi.

Isto por aqui não tem tido muito movimento ultimamente. Muitos projectos no trabalho e algum valor adicional dado às horas de sono não permitem que dê tanto tempo ao teclado (a este pelo menos) como desejaria. Eu ainda pensava que ter aderido ao pacote Funtastic Life da TV Cabo viesse a ter este efeito mas afinal, nem o raio do pacote me tem feito ficar acordado nos últimos dias. Tenho as series todas em atraso. Dois ou três episódios de Prison Break (sim, que eu não sou de desistir mesmo quando aquilo parece estar muito mau), mais dois ou três de Heroes (sim, que eu não sou de desistir mesmo quando a Susana se deixa dormir a cada dois minutos da aventura do Hiro no Japão), uns quantos Weeds e a segunda season de 30 Rock que, qual pecado, ainda não comecei a ver.Se a isso juntar os livros que já se começaram a acumular ali ao canto da sala (estou a ver alguém a proibir-me de comprar livros na próxima viagem) … Uiii. Preciso de descanso. A sério.

A Patrícia estará esta semana em casa do avô materno. Com um bocadinho de sorte tiramos a barriga de misérias e entre cinemas e restaurantes conseguimos umas férias “vá para fora cá dentro”. Assim o trabalho ajude (ou pelo menos, não atrapalhe).

Numa nota diferente do habitual:
Ele há coisas assim… Passam-se meses, por vezes anos sem se ver ou nem tampouco falar com determinada pessoa e depois, um qualquer dia, num daqueles sítios em que não se imaginaria a encontrar quem quer que fosse conhecido, eis que se encontra um amigo, um daqueles que sabe sempre bem encontrar, que nem dizem muito nem dizem pouco mas que parecem dizer tudo o que é preciso, na dose certa. Que nos relembram que são efectivamente amigos, que nos dizem toma lá que te deve dar jeito. E isto tudo, mesmo antes de se irem embora com um até qualquer dia sabendo de antemão qualquer um de nós, que o mais provável é que esse dia seja uma vez mais, daqui a meses ou anos, num qualquer sítio daqueles em que não imaginaremos encontrar quem quer que seja conhecido.