E eis que sem mais nem porquê, uma mão cheia e mais alguns indivíduos, casados, pais de família (ok, nem todos mas fica bem na sinopse) saíram de suas casas a meio da noite (tipo 2h30m da manhã), partilhando boleias e deixaram a cidade rumo à beira mar.
Juntos ao chegar, rapidamente se carregam os estaminés, uns às costas e outros debaixo do braço, cena d’homens que a vida não é facil. Pede-se silêncio ou pelo menos pouco barulho. Adiante.
4 horas da manhã. Rua acima, rua abaixo já se sabe onde ir. A coisa desce à praia que a luz inspira e o mar está sereno. Foge que ainda te molhas rapaz. E não te esqueças de sacudir a areia da bainha…
Mais uma rodada que é bom termo entre irmandades. Roda o palco mantém os actores que não é fácil de os arranjar tão bons. A baía é já ali e antes da hora acabar mais uma salva…
Andar, andar que se faz tarde. A caminho da encruzilhada, onde haveriam de desacelerar os incautos com medo das máquinas que no escuro não se deixam reconhecer, o ponto alto da noite. Qual Lynch, qual Copolla.
Pela primeira vez sem álcool (goelas havia que já o beberiam assim houvesse) e o resultado está à vista. Um Darth Vader esquizofrénico, um Chewbacca envergonhado (até ter solto a franga) e uma relação familiar desconhecida. Fez-se história. Ainda que não aconselhável a menores, ficará nos anais (sem piada por favor) da geekalhada…
Vá-se agora explicar a graça a cônjuges ou amigos que só gostam de futebol…
Fica então para vossa critica, ainda que daqui nada tenham percebido. Muito haveria a dizer, desde a razão (inspirada, internacional) ao sentimento (viva a galhofa que a caça ao riso fica para outras distopias) mas não vale a pena. São só doidos, varridos, às 4 da manhã.