Não há como não ser apreciador da Vanity Fair. A sério. A revista surpreende a cada edição. Scarlett Johansson e Javier Bardem n’ A Janela Indiscreta do Mestre Hitchcock? A Charlize Theron em Chamada Para a Morte? Pelo menos os originais estão muito bem representados e não haverá ninguém a dar voltas na tumba…

Charlize Theron em Chamada para a morte

Uma fantástica produção fotográfica em que actores e actrizes actuais possam em cenários montados para reconstituirem cenas dos classicos de Alfred Hitchcock. A Vanity Fair ainda nos dá a benesse de poder ver a cena original com um clique em cima das fotos. A não perder.

Scarlett Johansson em A Janela Indiscreta

Juno é… Fantástica. Juno é uma fantasia de adolescente meio geek. E quem não gosta de fantasias de adolescente? Mesmo que sejam meio geeks? Sim. Juno não toca em computadores nem nada que se pareça mas sabemos que se tocasse seria fenomenal. Assim como se fosse estudante de Filosofia ou de Religiões Comparadas. Juno é inteligência somada a esperteza daquela que sabe bem. Juno é o Little Miss Sunshine do ano.

Juno tem 16 anos (ainda que Ellen Page tenha 20) e descobre com 3 testes de gravidez no mesmo dia, graças a garrafões de Sunny Delight, que está grávida. O pai da criança é o seu melhor amigo Bleek interpretado por Michael Cera com quem ela teve relações sexuais (fez “o amor” diria eu) uma única vez.

Juno Poster

Juno é nas primeiras impressões uma chata. A miúda é irritante. Irritante que até chateia. Chateia tanto que é bom… Quando ela diz “Silencio old man!” nós sabemos que há ali muito valor. Mesmo com o telefone em forma de hamburger ou com meias às riscas indicando o quão miúda ela é, Juno tem em si uma mulherzinha, decidida o quanto baste para querer dar “a coisa” para adopção. Assim. Sem mais nem menos mas com uma maturidade (que Juno sabe a certa altura ainda não ser suficiente para tudo o que a vida lhe reserva) invejável. Aqui mais uma vez os jovens pais (como eu e a Susana) podem apreciar como a sua influência pode ser decisiva para o carácter dos seus filhos. Os pais de Juno são do melhor que já se viu… Assim é a filha. Assim será (fica no ar) um dia a mãe…

Não. Não vos vou contar mais. Vejam o filme. A sério. Ouçam a banda sonora. Está tudo muito bom.

Eis que chegamos à cena final. Sim, Juno podia ser assim quase que um conto de fadas tal a preciosidade com que nos é apresentada a cena final. Frente à porta de casa do Bleek, juntos tocam e cantam, apaixonados, numa cena longa e visualmente marcante pela simplicidade aparente mas que nos deixa a pensar em tudo o que lá está.

Uma ultima referência a Diablo Cody, nome de guerra de Brook Busey-Hunt uma ex-stripper de Minneapolis que um dia resolveu escrever sobre a sua vida no blog The Pussy Ranch. Passou depois para a escrita em papel com Candy Girl: A Year in The Life of an Unlikely Stripper e dai foi convidada a escrever um argumento de cinema originando Juno. Ora, Portugal que tem em tão boas graças os livros escritos por strippers, prostitutas, garotas de programa e outras que tais (para um pais que não lê) nunca por cá viu nada de Diablo. Porque será? Talvez tenha palavras muito complicadas…

Cena lésbica de chocar entre a Scarlett Johansson e a Penélope Cruz. É do que se fala na web do cinema. Ao que parece Woody Allen quer dirigir a cena mais erótica da história do cinema no seu mais recente filme Vicky Cristina Barcelona e tem à partida dois grandes trunfos para tal. A expressão mais referida é algo do género: Extremamente chocante.

Basicamente, em Vicky Cristina Barcelona Scarlett Johansson e a Penélope Cruz entram numa câmara escura de revelação fotográfica (daquelas de luz avermelhada estão a ver a coisa?) e pronto, lá irão protagonizar a cena mais escaldante das suas carreiras (até à data).

Vicky Cristina Barcelona Scarlett Johansson e a Penélope Cruz
Vicky Cristina Barcelona é uma comédia romântica que conta a história das aventuras românticas de Vicky e Cristina no Verão que passam em Barcelona juntamente com um pintor que lá conhecem, protagonizado por Javier Bardem, e a sua completamente louca e muito gira ex-mulher, papel interpretado por Penélope Cruz. Rebecca Hall é Vicky, rapariga certinha e prestes a casar.


Scarlett Johansson é Cristina, miúda gira e dada a grandes aventuras numa de espírito rebelde. Aqui, aventuras e rebeldia devem conotar-se de imediato com sexo. A coisa complica-se quando eles efectivamente se começam a enrolar todos.

Espera-se que Vicky Cristina Barcelona nos faça rir (no sentido WoodyAllenesco do termo) mas também que seja um filme sexy (talvez aqui passando um pouco os conceitos usuais do Mestre). Que Woody Allen está diferente já ninguém tem dúvidas. A sua saida de Manhattan deixou a sua paranóia voar por campos outros que não só o seu aparentemente neurótico eu. Ainda bem digo eu. Pelo menos por enquanto mas admito que gostaria de o ver de volta um destes dias, que mais não fosse, a passar férias. Mas isso será outro post.

Tal como diz o titulo, Natalie Portman nua? Será verdade? Nua mas mesmo nua? Ou só um bocadinho? Será só de rabo à mostra? Foi através do Phil’s Mind Spot que descobri o famoso video de que tanto se fala ultimamente (pelo menos entre aqueles que, como eu, são fans incondicionais da Natalie Portman desde a pequena Mathilda em Leon uma das obras incontornáveis de Luc Besson).

Mas acalmem lá os ânimos e sosseguem esses corações. A menina que tanto cruzou os dedos jurando que nunca se iria despir em palco, não faltou assim tanto ao seu juramento e a imagem de pura e inocente mantem-se quase, quase imaculada. Natalie Portman despe, ou melhor, é despida. Deixa ver um pouco do rabo e pensar em tudo o resto. Mas só isso nada mais. E nem é isso que interessa pôrra. O que interessa é o filme. Hotel Chevalier. Hotel Chevalieré uma curta-metragem a servir de prólogo para The Darjeeling Limited o novo filme de Wes Anderson e passa-se pouco tempo antes da acção deste. Natalie Portman vai ao encontro de um amigo num quarto de hotel em Paris. Anda que anda, mexe que mexe, engate disfarçado e entre conversas aparentemente sem sentido já estão os dois à beira da cama. Despe isto e despe aquilo, orelha na boca e boca sabe-se lá onde e… Calma. Vamos lá com calma. Prometo que nunca serei teu amigo. Sim. Afinal somos amigos. Especiais, mas amigos. E eis que a janela nos mostra a vista de uma cidade calma (lembram-se da Paris de Amélie Poulin? Troquem o verde da tarde pelo azul da manhã)… Atenção que tudo isto se passa ao som (bem alto) do “Where Do You Go To (My Lovely)” cantado em 1969 por Peter Sarstedt e como podem imaginar, a coisa não é propriamente fácil de levar.

As criticas são de morte. Ninguém gosta de Hotel Chevalier. Mas porquê pergunto eu? Eu gosto. Aliás, muito. E garanto que não é pelo rabo da Natalie… Mas vejam vocês e digam de vossa justiça.