Battlestar Galactica… Pois. Que lá vem ele outra vez escrever sobre as gajas boas que vieram agora ocupar o lugar dos robôs… Não, o gajo vai escrever que gosta da série mas não é por causa das gajas… É politica. E religião… Pois…

Pois que não é nada disso. Aliás, nem tão pouco venho escrever sobre a série. Bem, talvez só um pouco porque é muito difícil dissociar a série daquilo que hoje me leva a escrever: Battlestar Galactica, a banda desenhada (ou os comics para ser ainda mais correcto).

Não é novidade que gosto de banda desenhada e muito menos que gosto da Galactica. ora havendo a possibilidade de ter banda desenhada da Galactica não a podia deixar escapar.

Também não é nenhuma novidade ver uma série televisiva adaptada ao formato quadradinhos (ou quadrinhos como se diz do outro lado do atlântico e já tanta gente ouço a dizer por cá) e confesso que poucas foram aqueles que optaram por este caminho e das quais gostei mas esta é diferente. A Battlestar Galactica tem neste formato uma hipótese de continuar mesmo após o seu fim anunciado.

Ainda que confinadas a um nicho (assim me dizem os vendedores destas edições) estas edições encontraram um publico avido de mais um pouco daquele mundo fantástico. E digo edições porque, enquanto no mundo real muito se fala de Caprica (o tão esperado spin-off de Galactica) mas pouco se vê, no mundo dos comics em poucos anos assistimos não a uma mas a várias edições separadas: Battlestar Galactica, Battlestar Galactica: Season Zero, Battlestar Galactica: Origins, Battlestar Galactica: Zarek, Classic Battlestar Galactica e ainda ao one-shot (edição unica) Battlestar Galactica: Pegasus.

Tudo isto para vos dizer que adquiri recentemente o Volume 3 de Battlestar Galactica que é nem mais nem menos do que a compilação em edição de luxo dos volumes 09 a 12 dos comics mensais da Dinamyte Comics finalizando assim uma das séries.

Que eu gosto de banda desenhada não há dúvida. Já por aqui o afirmei mais do que uma vez. E não é só franco-belga e coisas do género. Também gosto de uma boa dose de american comics.

E se a estes se juntar uma boa dose de conspiração, religião, tipos que são suicidados e coisas do género, já se está mesmo a ver que o interesse sobe em flecha. Tudo isto misturado com um bom desenho e estou completamente rendido.

Revelações

Ora aqui está um sumário das boas razões para ter comprado “Revelações” ou Revelations no original.

Antes de mais foi uma boa surpresa ver a edição nacional da BDMania. Uma qualidade invejável que saltava à vista entre tantas outras edições da estante. A combinação cor / papel é meio caminho andado para folhear o livro.

Entretanto chega o desenho. Num estilo quase cartoon, os desenhos parecem fluir de página para página com bastante expressividade e a forma como são coloridos parece dar corpo à história, fazendo com que, apesar de negra, nos encha os olhos.

Depois chega o enredo. Com ele chegam detectives, padres e cardeais, suicídios no Vaticano, sexo, advogadas jeitosas, sociedades secretas e… O quarto segredo de Fátima!

O detective Charlie Northern vai ter muito com que alimentar as suas tão apreciadas teorias da conspiração.

Já vimos isto em algum sitio não?

O Codigo DaVinci? sim. E depois? Quantas histórias, boas e más, giram à volta destes temas? Esta é mais uma. Das boas.

Lembra o Público e muito bem, que se comemoram hoje os 70 anos de Spirou. Era uma boa ocasião para alguma editora (ASA ???) aproveitar e começar a publicar os albuns fora-de-série tais como Les Marais du Temps ou Le tombeau des Champignac (Les Géants Pétrifiés já foi publicado por cá ainda que só na colecção do jornal Público). Não somos assim tão poucos a gostar das aventuras do tipo vestido de paquete… Bem, às vezes pelo menos…